Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

sexta-feira, 19 de abril de 2013

POETAS DA SOBRAMES-CEARÁ. 18/04/2013


(Sociedade Brasileira de Médicos Escritores)

À MINHA MÃE
(In Memoriam)

 José Maria Chaves

Ah! Se poder eu tivesse
ao passado voltaria
e se reviver pudesse
certamente gritaria:

Mamãe, quanto eu te amo!
Quão grande é minha alegria!
Com beijos eu te proclamo
Sucessora de Maria

Santa Cleomar chamaria
e isto me faz lembrar
uma trova que'eu dizia
vendo-a contrita a rezar:

"Eu ví minha mãe rezando
aos pés da Virgem Maria.
Era uma santa escutando
o que a outra Santa dizia"
Em 10.05.2009.


QUERO HOMENAGEÁ-LA

Vicente Alencar

Quero homenagear meu amor,
com meu sorriso,
com meu olhar, com meu poema.
Quero homenagear meu amor,
com uma rosa vermelha
com gotas de chuva, 
pacientemente aparadas.

Quero homenagear meu amor,
com uma porcelana chinesa
que tem mil anos esperando
a hora de faze-la feliz.

Quero homenagear meu amor,
com suco de frutas,
feito especialmente
para adocicar
mais ainda a tua boca.

Quero homenagear meu amor,
com uma estrela colhida à noite,
em belo luar de prazeres,
num céu pleno de paixão.

Quero homenagear meu amor,
com a água límpida de um córrego,
que mata a sede dos pássaros
e oferecer-lhe fresco banho.



LÁBIOS

Francisco Tomás Ramos.

Lábios que beijei em tempos de namoro
lábios suaves, palpitantes, quentes,
lábios que dizem coisas diferentes
lábios mudos, pintados com decoro.

Lábios que embalam quando ouvem o choro
lábios que falam coisas que tu sentes
lábios que cantam para os filhos doentes
lábios que brigam, dizem desaforos.

Estes lábios ficaram tão calados
porque morreu o amor que antes existia
já não discutem mais, estão cansados...

Emudeceram, simplesmente, agora
vocês não sentem a casa tão vazia? 
Já não reclamam porque foram embora!




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