Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 23 de abril de 2013

CLUBE DOS POETAS DE FORTALEZA 22/04/2013


CLUBE DOS POETAS DE FORTALEZA
FUNDADO EM 6 DE OUTUBRO DE 2000.

Divulgando nossos valores:

EFÍGIE
Poetisa Zinah Alexandrino

Meu pai deu adeus...
livrou-se do cansaço dos anos
E da sua consciência abstrata.
Semeou o bem, não plantou desenganos.
Mas sua imagem ficou: 
Na memória da estante da sala,
Onde está seu tesouro: 
Os livros que tanto citou; 
hoje seu maior legado,
que uma traça banqueteou 
ficou na memória da quina da mesa,
na cadeira do canto da varanda,
nos retos caminhos que trilhou
E nas horas da minha saudade.
Meu pai deu adeus...

E eu, aceno chorando.
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RECADO
Poetisa Vera Maia

Sinto lhe dizer
que não morri.
Que "apesar de você"
estou melhor do que ontem.
A rosa não tem o mesmo viço
Nem o girassol desafia
a inclemência do sol.
As raízes estão fortes
e farão desabrochar novas flores,
apesar do adubo medíocre
colocado com suas 
"mãos de tesoura".
Sinto-lhe dizer
que estou feliz.
O pássaro voa e canta bonito
livre do seu abraço mortal.

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DOCEMENTE
Poeta Vicente Alencar

Docemente,
com uma ternura que somente
o amor pode explicar,
escrevi uma sonata morena,
onde os compassos são medidos 
pelos cabelos pretos,
pelo sorriso aberto,
e mãos tão belas
e carinhosas.
Os sons executados
idênticos a tua voz
transportam-me ao êxtase.
Docemente,
coloquei a partitura
em aveludado estojo,
destacando-a,
lembrando tua imagem
que reina imponente
em noite de festas.

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2 comentários:

ANTONIO disse...

Parabéns pelo BLOG. Já sou seu ouvinte e do CID CARVALHO na Rádio Cidade AM 860.
Toni Ferreira
Belém-PA

ANTONIO disse...

Nenhum conterrâneo de José de Alencar e de tanos grandes escritores e poetas pode queixar-se de não ser poeta. Gosto muito de sonetos decassílabos e sou membro da Academia Virtual de Poetas e Escritores com sede em Balneário Camboriú Santa Catarina.
Eis um de meus sonetos, que enviei à poetisa portugues Maria João de Sousa:
BRAVIA LUSA

Sei que vês assim toda essa miséria,
Que à tua pátria doam os barões,
Como se a coisa não fosse tão séria,
Levando esse bravo povo aos porões.

Bem que sei de todas as vossas glórias,
De muitos e muitos descobrimentos,
Bravos feitos, conquistas e vitórias,
Que enaltecem todos os sentimentos.

Quando todo o mundo forte galopa,
Buscando o maior desenvolvimento
Não se admite essa história confusa.

Querem aniquilar toda a Europa,
Impondo ao povo muito sofrimento,
Desafiando assim a bravia lusa!
BRAVIA LUSA

Sei que vês assim toda essa miséria,/
Que à tua pátria doam os barões,
Como se a coisa não fosse tão séria,/
Levando esse bravo povo aos porões.

Bem que sei de todas as vossas glórias,/
De muitos e muitos descobrimentos,/
Bravos feitos, conquistas e vitórias,/
Que enaltecem todos os sentimentos.

Quando todo o mundo forte galopa,
Buscando o maior desenvolvimento
Não se admite essa história confusa./

Querem aniquilar toda a Europa,
Impondo ao povo muito sofrimento,
Desafiando assim a bravia lusa!