Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

sábado, 13 de abril de 2013

Maria Preta


Pedro Henrique Saraiva Leão
(Médico e Presidente da Academia Cearense de Letras)
Não o arbusto comum na serra de Guaramiranga, da família das Borragináceas (In Dicionário de Termos Populares - Registrados no Ceará), do médico e escritor Florival Serraine (Organização Simões Editora, Rio, 1959). Nem o carbúnculo, furúnculo, infecção estafilocócica de um folículo piloso. Refiro-me ao primeiro estúdio cinematográfico do mundo, aquela casa coberta com uma lona, em New Jersey (EUA), criado e assim apelidado (Black Maria) pelo genial inventor americano Thomas Alva Edison (1847–1931), em fevereiro de 1982. Curiosamente, Thomas Edison acreditava pouco nas possibilidades comerciais do cinema, mas profetizou que o mesmo substituiria os livros de texto.
Em verdade, a história do cinema como método audiovisual no ensino forma, remonta, pasmem, ao século XVII, quando o educador alemão J. Amos Comenius, em 1658, já sugeria o emprego de técnicas sensoriais 
de ensino. Isto se lê no seu livro Orbis sensualium pictus, pouco conhecido mas hoje clássico, ou seja, obra famosa que poucos leram! O precursor trabalho de Comenius sobreviveu em grandes mestres da Pedagogia, como o inglês John Locke (1632-1704), o franco-suíço Jean Jacques Rousseau (1712-1778) e outro helvécio famoso, John Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Fontes confiáveis (Encyclopaedia Britannica, 1966) referem o nascimento oficial do cinema como meio de entretenimento em 23 de abril de 1896 em New York, com Thomas Edison; outras citam o dia 28 de dezembro de 1895, na França, com os irmãos Auguste e Louis Lumière. 
Entre 1900 e 1920 películas norte-americanas comprovaram sua eficácia também acadêmica em filmes ensinando como controlar doenças venéreas. 
O cinema vem sendo admirado como a sétima arte desde 1895, entre 11 outras, iniciando-se com a música, e, pela ordem, a dança, a pintura, a escultura, o teatro, a literatura, a fotografia, as histórias em quadrinhos, os jogos de computador, de vídeo, terminando com a décima primeira, a arte digital. Isto é, Wikipedia dixit. 
Saiba o prezado leitor nunca ter sido o cinema minha praia preferida, pois sempre me seduziram a música, as artes plásticas, sobremaneira, a literatura. Entre nós pontificou um grande cinéfilo: Darcy Costa, aliás meu primeiro (e ótimo) professor de inglês, no Instituto Brasil Estados Unidos no Ceará (Ibeu). Hoje contamos com vários especialistas, como João Soares Neto, L.G. Miranda Leão, Regis Frota, (Ensaios de Literatura e Cinema, Editora ABC, Fortaleza, 2012), Walter Filho (Cinema, Gráfica LCR/Edições Poetaria, Fortaleza, 2010), F. Alequy, Fred Miranda.
A propósito, o premiadíssimo filme O Jardineiro Fiel, dirigido por Fernando Meirelles, baseado em conhecido romance do inglês John Le Carré, será exibido na próxima terça-feira, 29, às 18h30min, na Universidade Unimed, avenida Santos Dumont, 1058, 1º andar. Será a segunda edição do Unimedcine, ali iniciado em 6 de março. Com direito às tradicionais pipocas!

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