Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 24 de abril de 2013

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE JORNALISTAS POETAS 24/04/2013


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE JORNALISTAS POETAS
     
Divisão Musical:


SORRIS DA MINHA DOR

Valsa de Paulo Medeiros.  Gravação original
de Sílvio Caldas, feita em 18  de agosto de 1938, pela RCA Victor. 

Sorris da minha dor
mas eu te quero ainda
sentindo-me feliz
sonhando-te mais linda.

Escravo eterno teu
serei o que quiseres
tens para a minha alma
eterna das mulheres.

No meu jardim viceja 
a flôr da esperança
Meu pranto é meu amigo
e a minha fé não cansa

Nas rimas dos meus versos
cheios de saudade
és a flôr que se abriu
para o meu amor.

Aos teus braçoas, querida, ainda um dia
Terei o teu amor e os teus carinhos;
e os dois, aureolados de alegria, seremos um, casal de passarinhos.

Tranquilos e felizes sonharemos
uma porção de sonhos venturosos
e aos beijos de eterna felicidade
Há de ser a nossa vida um rosal de
                                        ansiedade.


TEUS OLHOS CASTANHOS

Composição de Bonfíglio de oliveira e Lamartine Babo. Gravação original de Augusto Calheiros, feita em abril de 1934 na Odeon.

Teus olhos
são dois astros pequeninos
que brilham nos meus olhos peregrinos
castanhos, são os teus olhos cismadores,
que até parecem dois amores
tão cansadinhos de chorar.
                            Chorar!...
Teus olhos
dos meus olhos são parentes.
São tristes, nossos olhos são dolentes
Se acaso os trocássemos um dia
talvez ninguém descobriria
os olhos teus dentro dos meus.

Se algum dia tu souberes
pela voz de outras mulheres
que de amor só tive escolhos,
É porque talvez eu visse
outros olhos coma meiguice
do castanho dos meus olhos.

Muito embora tu zombasses
E os meus versos não cantasses
Aumentando os meus abrolhos,
Eu quisera, por vingança, 
ver teus olhos de criança
na tristeza de outros olhos.

EU SONHEI QUE TU ESTAVAS TÃO LINDA
Valsa de Lamartine Babo e Francisco Martins. Gravação de Francisco Alves feita em 1942, na Odeon. 

Eu sonhei que tu estavas tão linda
numa festa de raro esplendor
Teu vestido de baile - lembro ainda
Era branco, todo branco, meu amor!

A orquestra tocou umas valsas dolentes,
tomei-lhe nos braços, fomos dançando, ambos silentes
E os pares, que rodeavam entre nós,
Diziam coisas... trocavam juras, à meia voz...

Violinos enchiam o ar de emoções
e de desejos uma centena de corações;
Prá despertar teu ciúme, tentei flertar alguém,
mas tu não flertaste ninguém!

Olhavas só para mim
vitórias de amor cantei!
Mas tudo foi um sonho, acordei...

PS. Dos arquivos do Jornalista Vicente Alencar.

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