Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Uma boa aula de português...

Excelente!!!!


Uma aula de português...
  

Isso é que é saber português...

- Filho da puta é um adjunto adnominal, quando a frase for: “Conheci um político filho da puta”.
- Se a frase for: “O político é um filho da puta” aí, é predicativo,
- Agora, se a frase for: “Esse  filho da puta é um político”, é sujeito.
- Porém, se o cara aponta uma arma para a testa de um político e diz: “Agora nega o roubo, filho da puta!” – daí é vocativo.
- Finalmente, se a frase for:  “O ex-ministro,  XXX , aquele filho da puta, desviou o dinheiro das estradas .” é aposto.
Que língua a nossa, não?
Agora vem  o mais importante para o aprendizado.
Se estiver escrito: “Saiu da presidência em janeiro de 2011  e ainda se acha presidente”.
O filho da puta é sujeito oculto.....





COLUNA DO VICENTE ALENCAR EDIÇÃO Nº 715

COLUNA DO VICENTE ALENCAR
EDIÇÃO Nº 715
TERÇA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2014.
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL.

IDOSOS
Se eles não existissem você não existiria. Lembrai-vos do seu pai, do seu avô (A.V.Alencar).

TROVADORES EM AÇÃO
Neste sábado às 10 horas da manhã a reunião mensal da UBT - União Brasileira de Trovadores
de Fortaleza, na sede da Academia Cearense de Letras.

ANIVERSÁRIO DA ALMECE
Hoje, sexta-feira, dia 30 de setembro, Sessão Solene da Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará - ALMECE. 

19 e 30 HORAS
A solenidade está marcada para começar às 19 horas e 30 minutos na sede da Academia Cearense de Letras sob a presidência do escritor
Lima Freitas.

RECLAMAÇÕES PARA COELCE: 
LIGUE 0800.285.0196.

SONHOS & LAMENTOS
O poeta Moreira Brito continua lambendo  cria. Foi um sucesso o lançamento do seu livro SONHOS & LAMENTOS no último sábado no Restaurante Caravelle.

Está a venda no Cantinho do Diabético por apenas R$ 25 reais o exemplar.

HELIO LEITE XAVIER
Deixando muitos amigos e sua família enlutada, 
morreu à tarde da última segunda-feira em Fortaleza o Senhor Helio Leite Xavier. Foi sepultado ontem as 11 horas no Cemitério Parque da Paz.

RELAMAÇÕES PARA CAGECE:
Ligue 0800 275 0195.

QUARTO CRESCENTE 
É o título de uma das poesias do livro ILUSÃO
DE UMA GAIVOTA da escritora Déa Campos Frota.

JOSÉ TELLES
O médico José Telles será um dos membros da
Academia Cearense de Médicos Escritores-ACEME.

Reclamações ao Ministério da Saúde. 
Ligue 0800 61 19 97.

FINS D'ÁGUAS
O livro de Contos FINS D'ÁGUA é da autoria de]
Genuíno Sales, membro efetivo da Academia Cearense da Língua Portuguesa.

HOMENAGEM 
O Instituto de Valorização da Música Brasileira prestará homenagem ao Compositor Cearense Aleardo Freitas. Data ainda não confirmada.

LITERAPIA
Mino, Coca Torquato, Lúcio Alcântara e Linhares Filho são alguns dos nomes presentes ao novo número da Revista Literapia, editada por Pedro Henrique Saraiva Leão.

AMBULÂNCIA DO SAMU: ligue 192.

PEDRO SAMPAIO
Recebendo a atenção e o generoso elogio o livro do poetas Pedro Sampaio intitulado Pergunta que não Cala, Resposta que não silencia. Foi lançado com grande público no Náutico Atlético Cearense.

É bom lembrar: não existe "Clube do Náutico". O nome correto é Náutico Atlético Cearense.

PRECISANDO DOS BOMBEIROS? LIGUE 193.

HERCULANO VERÇOSA
Está pronto e acabado o livro DATAS DE SESMARIAS DO VALE DO CURU do escritor 
Herculano Verçosa, da Sociedade Cearense de
Geografia e História.

comunique-se conosco: vicentealencar2@yahoo.com.br

REDE WEB DE RÁDIO CEARENSE.
NÃO É AM NEM FM, É WEB.
No seu computador e no seu celular, ouça:
- Rádio WEB São Gonçalo.
- Rádio WEB Gazeta de Fortaleza.
- Rádio WEB Patacas, de Áquiraz.

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Fortaleza - Ceará.  

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UBT - UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES.
 Reuniões no primeiro sábado de cada mês.
Das 10 às 12 horas.
Local: Academia Cearense de Letras.
(Palácio da Luz - Rua do Rosário, 1)
Centro - Fortaleza - Ceará.
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LIVRO: MEU PERCURSO NA UNIVERSIDADE.
EDITORA: IMPRECE.
AUTOR: ANTONIO DE ALBUQUERQUE SOUSA FILHO.
PROJETO GRÁFICO E CAPA: GERALDO JESUÍNO.
ANO: 2014.

sábado, 27 de setembro de 2014

Os saqueadores

Os saqueadores

Ives Gandra da Silva Martins - O Estado de S.Paulo Ayn Rand (1905-1982) foi uma filósofa, socióloga e romancista com aguda percepção das mudanças que ocorreram na comunidade internacional, principalmente à luz do choque entre o sucesso do empreendedorismo privado e o fracasso da estatização populista dos meios de produção, na maior parte dos países de ideologia marxista. Seu romance A Revolta de Atlas, escrito há mais de 50 anos, talvez seja o que melhor retrata a mediocridade da corrente de assunção do poder por despreparados cidadãos que têm um projeto para conquistá-lo e mantê-lo com slogans contra as elites em "defesa do povo", o que implica a destruição sistemática, por incompetência e inveja, dos que têm condições de promover o desenvolvimento.

No romance, os medíocres ameaçam o governo dos Estados Unidos e começam a controlar e assumir os empreendimentos que davam certo, sob a alegação de que os empreendedores queriam o lucro, e não o bem da sociedade. Tal política tem como resultado a gradual perda de competitividade dos americanos, o estouro das finanças, a eliminação das iniciativas bem-sucedidas e a fuga dos grandes investidores e empresários, que são perseguidos, grande parte deles desistindo de administrar suas empresas, com o que os governantes se tornam ditadores e o povo passa a ter os serviços públicos e privados deteriorados. Não contarei mais do romance, pois o símbolo mitológico de Atlas, que sustenta o globo, é lembrado na revolta dos verdadeiros geradores do progresso da Nação.

O que de semelhante vejo na mediocridade reinante no governo federal do Brasil, loteado em 39 ministérios e 22 mil amigos do rei não concursados, vivendo regiamente à custa da Nação, sob o comando da presidente da República, é a destruição sistemática que, nos últimos anos, ocorreu com a indústria brasileira, abalada em seu poder de competitividade por um Estado mastodôntico, que sufoca a Nação com alta inflação, elevada carga tributária, saldo desprezível na balança comercial, superávit primário ridículo e maquiado, rebaixamento do nível de investimento exterior, desvio em aplicações de capitais que deixam de ser colocados no País para serem destinados a outras nações emergentes, perda de qualidade no ensino universitário e na assistência social. Por outro lado, os programas populistas, que custam muito pouco, mas não incentivam a luta por crescimento individual, como o Bolsa Família (em torno de 3% do Orçamento federal), mascaram o fracasso da política econômica. O próprio desemprego, alardeado como grande conquista - leia-se subemprego -, começa a ruir por força da queda ano após ano do produto interno bruto (PIB), que cresce pouco e cada vez menos, e muito menos que o de todos os países emergentes de expressão.

É que o projeto populista de governo, que o leva a manter um falido Mercosul com parceiros arruinados, como Venezuela e Argentina, sobre sustentar Cuba e Bolívia, enviando recursos que seriam mais bem aplicados no Brasil, fechou portas para o País celebrar acordos bilaterais com outras nações. Prisioneiro que é do Mercosul, são poucos os acordos que mantemos. Tal modelo se esgotou e, desorientados, os partidários de um novo mandato não sabem o que dizem e o que devem fazer. Basta dizer que o "ex-ministro da Fazenda em exercício" declarou, neste mês de eleição, que em 2015 continuará com a mesma política econômica, que se revelou, no curso destes últimos anos, um dos mais fantástico fracassos da História brasileira. Parece que caminhamos para uma estrada semelhante à trilhada por Argentina e Venezuela.

No romance de Ayn Rand, quando os verdadeiros empreendedores, que tinham feito a nação crescer e a viam definhando, decidiram reagir, denominaram os detentores do poder, nos Estados Unidos imaginário da romancista, de "os saqueadores". Estes, anulando as conquistas e os avanços dos que fizeram a nação crescer para se enquistarem no poder, por força da corrupção endêmica, da incompetência, de preconceitos e do populismo, levaram o país à ruína.

À evidência, não estou alcunhando os 39 ministérios e os 22 mil não concursados de integrantes de um grupo de "saqueadores", como o fez Ayn Rand. Há, todavia, na máquina burocrática brasileira - com excesso de regulamentação inibidora de investimentos, assim como de desestímulo ao empreendedorismo, e escassez de vontade em simplificar as normas que permitem o empreendedorismo, apesar do esforço heroico e isolado de Guilherme Afif Domingos, uma gota no oceano -, algo de muito semelhante entre o descrito em seu romance há mais de 50 anos e o Brasil atual. Basta olhar o "mar de lama" da corrupção numa única empresa (Petrobrás). O que mais impressiona, todavia, é que, detectada a ampla corrupção na empresa - são bilhões e bilhões de dólares -, o governo tudo faça para congelar a CPI e não desventrar para o público as entranhas dos mecanismos deletérios e corrosivos que permitiram tanto desvio de dinheiro público e privado. O simples fato de não querer apurar a fundo, de desviar a atenção desse terrível assalto à maior empresa pública privada, procurando dar-lhe diminuta atenção, como se o governo nada tivesse de responsabilidade, torna suspeita a gestão, pelo menos na denominada culpa in vigilando.

Precisamos apenas saber se o eleitor brasileiro está consciente de que, se não houver mudança de rumos, o Brasil de país do futuro, como escreveu Stefan Zweig, se tornará, cada vez mais, o país do passado, vendo o desfile das outras nações passando-lhe à frente, por se terem adaptado às mudanças de uma sociedade cada vez mais complexa e competitiva, em que apenas os países que se prepararem terão chances.

*Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UNIFMU, do Ciee/O Estado de S. Paulo, da Eceme e da ESG. É presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomércio-SP, fundador e presidente honorário do Centro de Extensão Universitária.

O que sei de Lula. José Nêumane Pinto.


Entrevista em Migalhas : José Nêumanne Pinto

Em entrevista exclusiva aos colunistas migalheiros José Marcio Mendonça e Francisco Petros, o jornalista e poeta José Nêumane Pinto comenta o lançamento de sua obra "O que sei de Lula".
terça-feira, 16 de agosto de 2011




Lançamento de obra
Entrevista em Migalhas : José Nêumanne Pinto
Em entrevista exclusiva aos colunistas migalheiros José Marcio Mendonça e Francisco Petros, o jornalista e poeta José Nêumanne Pinto comenta o lançamento de sua obra "O que sei de Lula".


O jornalista, comentarista de rádio e TV, escritor e poeta José Nêumanne Pinto conheceu Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 1975. Desde então, tem mantido contato profissional e pessoal – de início, mais estreito, depois limitado ao noticiário – com o personagem que ele considera o maior líder político do Brasil em todos os tempos.
Nos últimos meses do segundo mandato do ex-dirigente sindical na presidência da República, Nêumanne resolveu escrever seu testemunho, com o qual pretende esclarecer o que fez dele o primeiro representante autêntico do homem do povo no poder mais alto. O que sei de Lula relata episódios inéditos e acompanha a trajetória do menino retirante do sertão de Pernambuco à Praça dos Três Poderes à luz de fatos reais, e não da poeira mitológica com que se tentou cobrir, ao longo dos últimos 36 anos, a verdade histórica, posta a serviço da doutrinação ideológica.
Lançamento
RJ: Terça-feira, 16/8, a partir das 19h na Livraria da Travessa (rua Visconde de Pirajá, 572).
SP: Terça-feira, 23/8, a partir das 19h na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915).

A ignorância de Dilma

Por Ricardo Noblat, em 19 Setembro 2014
 
Guardem este frase de Dilma dita, hoje, em Brasília durante encontro com um grupo de jornalistas:
- Não é função da imprensa fazer investigação e sim divulgar informações.
Era razoável imaginar que uma figura pública, ainda mais um presidente, tivesse o mínimo de conhecimento do que seja jornalismo. E de como funciona a imprensa. Mas, não.
Dilma estava particularmente irritada com jornalistas que perguntaram sobre as revelações feitas por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, a propósito da corrupção na empresa.
Ao dizer que pedira à Polícia Federal acesso às confissões de Paulo Roberto, e que isso lhe fora negado pela Procuradoria Geral da República, Dilma mostrou-se inconformada. Foi quando cometeu a frase.
Quanta ignorância!
Nem Richard Nixon, o presidente dos Estados Unidos que renunciou ao cargo por que mandara espionar um comitê do Partido Democrata em Washington, disse uma barbaridade dessas.
Nem Fernando Collor, que culpa a imprensa por sua deposição em meio ao mandato de presidente. Collor caiu porque seu governo era corrupto.
Jornalismo é investigação. Você não conta como ocorreu um acidente de carro, por exemplo, sem ouvir eventuais vítimas, testemunhas e a polícia, no mínimo. Se é assim com um mero acidente, quanto mais com um escândalo de grande porte.
Um dos papéis da imprensa é vigiar os poderosos e denunciar seus desmandos. Ela existe - ou deveria existir - para satisfazer os aflitos e afligir os satisfeitos.
O sonho de Dilma, e não somente dela, seria ver a imprensa limitada a publicar declarações e anúncios oficiais. Teve com quem aprender.
Em 2003, Lula, o mentor de Dilma, fez um desabafo que se tornou famoso. Disse:
- Eu não gostaria de ver notícia publicada. Gostaria de ver propaganda publicada.
Em outras palavras: Lula não gosta de jornalismo independente. Prefere jornalismo servil. Ele, Dilma, Renan Calheiros, Collor, Eduardo Cunha et caterva.
Quando quer agradar a imprensa, Dilma repete:
- Prefiro o barulho da democracia ao silêncio da ditadura.
Com o que disse hoje, fica claro que não é bem assim. Ela enxerga a imprensa com os mesmos óculos de Lula.
 
 
 

EU QUERO QUE A DILMA DESEMBARQUE NO CALIFADO DO ESTADO ISLÂMICO PARA NEGOCIAR COM TERRORISTAS. SEI QUE ELA ESTÁ PREPARADA PARA ISSO!

A estupidez da política externa brasileira não reconhece limites.
Não recua diante de nada.
Não recua diante de cabeças cortadas.
Não recua diante de fuzilamentos em massa.
Não recua diante da transformação de mulheres em escravas sexuais.
Não recua diante do êxodo de milhares de pessoas para fugir dos massacres.
Não recua diante da conversão de crianças em assassinos contumazes.
A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira, sob o regime petista, não conhece paralelo na nossa história.
A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira tem poucos paralelos no mundo — situa-se abaixo, hoje, de estados quase-párias, como o Irã e talvez encontre rivais à baixura na Venezuela, em Cuba e na Coreia do Norte.
Nesta terça, na véspera de fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ainda presidente do Brasil fez o impensável, falou o nefando, ultrapassou o limite da dignidade. Ao comentar os ataques dos Estados Unidos e aliados às bases do grupo terrorista Estado Islâmico, na Síria, disse a petista:
“Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados. Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas, depois, causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza. Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E, inclusive, acha que o Conselho de Segurança da ONU tem de ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo”.
Nunca a política externa brasileira foi tão baixo. Trata-se da maior coleção de asnices que um chefe de estado brasileiro já disse sobre assuntos internacionais.
A fala de Dilma é moralmente indigna porque se refere a “dois lados do conflito”, como se o Estado Islâmico, um grupo terrorista fanaticamente homicida, pudesse ser considerado “um lado” e como se os EUA, então, fossem “o outro lado”.
A fala de Dilma é estupidamente desinformada porque não há como a ONU mediar um conflito quando é impossível levar um dos lados para a mesa de negociação. Com quem as Nações Unidas deveriam dialogar? Com facínoras que praticam fuzilamentos em massa?
A fala de Dilma é historicamente ignorante porque não reconhece que, sob certas circunstâncias, só a guerra pode significar uma possibilidade de paz. Como esquecer — mas ela certamente ignora — a frase atribuída a Churchill quando Chamberlain e Daladier, respectivamente primeiros-ministros britânico e francês, celebraram com Hitler o “Pacto de Munique”, em 1938? Disse ele: “Entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra e terão a guerra”.
A fala de Dilma é diplomaticamente desastrada e desastrosa porque os EUA lideram hoje uma coalizão de 40 países, alguns deles árabes, e conta com o apoio do próprio secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon.
A fala de Dilma é um sarapatel de ignorâncias porque nada une — ao contrário: tudo desune — os casos do Iraque, da Líbia, da Faixa de Gaza e do Estado Islâmico. Meter tudo isso no mesmo saco de gatos é coisa de uma mente perturbada quando se trata de debater política externa. Eu, por exemplo, critiquei aqui — veja arquivo — a ajuda que o Ocidente deu à queda de Muamar Kadafi, na Líbia, e o flerte com os grupos que se organizaram contra Bashar Al Assad, na Síria, porque avaliava que, de fato, isso levaria a uma desordem que seria conveniente ao terrorismo. Meus posts estão em arquivo. Ocorre que, hoje, os terroristas dominam um território imenso, provocando uma evidente tragédia humanitária.
A fala de Dilma é coisa, de fato, de um anão diplomático, que se aproveita de uma tragédia para, uma vez mais, implorar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança de ONU. O discurso da presidente do Brasil só prova por que o país, infelizmente, não pode e não deve ocupar aquele lugar. Não enquanto se orientar por critérios tão estúpidos.
Ao longo dos 12 anos de governos do PT, muita bobagem se fez em política externa. Os petistas, por exemplo, condenaram sistematicamente Israel em todos os fóruns e se calaram sobre o terrorismo dos palestinos e dos iranianos. Lula saiu se abraçando com todos os ditadores muçulmanos que encontrou pela frente — incluindo, sim, o já defunto Kadafi e o antissemita fanático Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã. Negou-se a censurar na ONU o ditador do Sudão, Omar al-Bashir, que responde pelo assassinato de 400 mil cristãos. O Brasil tentou patrocinar dois golpes de estado — em Honduras e no Paraguai, que depuseram legitimamente seus respectivos presidentes. Endossou eleições fraudadas na Venezuela, deu suporte ao tirano Hugo Chávez e ignorou o assassinato de opositores nas ruas, sob o comando de um louco como Nicolás Maduro.
E, como se vê, ainda não era seu ponto mais baixo. Dilma, nesta terça, deu o seu melhor. E isso quer dizer, obviamente, o seu pior. A vergonha da política externa brasileira, a partir de agora, não conhece mais fronteiras.
Pois eu faço um convite: vá lá, presidente, negociar com o Estado Islâmico. Não será por falta de preparo que Vossa Excelência não chegará a um bom lugar.
Por Reinaldo Azevedo





Escrava cubana que atuava no ‘Mais Médicos’ do governo Dilma teria fugido para os EUA, como já fizeram escravos alugados pelo governo Maduro, na Venezuela. Conheça a verdadeira história do programa do Foro de São Paulo

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/09/24/escrava-cubana-que-atuava-no-mais-medicos-do-governo-dilma-teria-fugido-para-os-eua-como-ja-fizeram-escravos-alugados-pelo-governo-maduro-na-venezuela-conheca-a-verdadeira-historia-do-programa/


Não só os médicos cubanos miseráveis alugados pelo governo de Nicolás Maduro na Venezuela imploram para entrar nos EUA, como eu havia mostrado aqui. Uma médica cubana alugada pelo governo de Dilma Rousseff através daquele programa de transferência de renda para a ditadura dos irmãos Castro conhecido no Brasil como ‘Mais Médicos’ também teria fugido para o Tio Sam. O problema do aluguel de escravos entre governos parceiros no Foro de São Paulo é esse: mais cedo ou mais tarde, eles acabam fugindo para um quilombo onde ainda possam ser realmente livres.
medica3-edit
Yaumara Perez Garriga, de 30 anos, natural da cidade Las Martinas, em Cuba, chegou a São Vicente, no litoral de São Paulo, em novembro do ano passado com outros três cubanos do programa. O G1 informaque Yaumara, conhecida como “bonequinha” por algumas pessoas da Unidade Básica de Saúde (UBS), abandonou o serviço na semana passada, após ter planejado, com bastante antecedência, a fuga do Brasil.
Em fevereiro desse ano, lembra a reportagem, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que 24 cubanos já haviam deixado o ‘Mais Médicos’ e que outros três estavam desaparecidos. Na época, o ministro considerou que o número era “insignificante”, frente ao universo de 9.549 médicos participantes do programa no país, dos quais cerca de 7.400 vindos de Cuba.
Eu entendo o quão “insignificante” é para um governo que aluga escravos perder algumas dezenas deles em deserções. Basta vigiar melhor os outros e poderemos contar com os serviços deles numa boa, não é mesmo?
Naquele mês, Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, desertou, foi perseguida pela Polícia Federal de Dilma (a serviço dos irmãos Castro) e pediu asilo no gabinete do deputado Ronaldo Caiado, do DEM. Ela disse receber o correspondente a apenas US$ 400 (mais ou menos R$ 968, na época). Outros US$ 600 (R$ 1.452) seriam depositados em Cuba e só poderiam ser sacados no seu retorno ao país. Como calculou então Reinaldo Azevedo: “O restante — R$ 7.580 — engordam o caixa dos tiranos (e pode não ser só isso…). Devem atuar hoje no Brasil 4 mil cubanos. Mantida essa proporção, a ilha lucra por mês, depois de pagar os médicos, R$ 30,320 milhões — ou R$ 363,840 milhões por ano. Como o governo Dilma pretende ter 6 mil cubanos no país, essa conta salta para R$ 545,760 milhões por ano — ou US$ 225,520 milhões. Convenham: não é qualquer país que amealha tudo isso traficando gente. É preciso ser comuna!”
No fim de fevereiro, para contornar a situação em pleno ano eleitoral, o governo anunciou que, em vez dos US$ 400, os cubanos passariam a receber, no Brasil, US$ 1.245 (quase R$ 3 mil), mas, mesmo após o aumento, a ditadura cubana continuou recebendo cerca de 70% do valor pago pelo governo brasileiro, que é de R$ 10 mil mensais por médico, sendo que os profissionais de outras nacionalidades do programa recebem integralmente o salário de R$ 10 mil. Veja matéria do Jornal Nacional – aqui; e da Veja.com – aqui.
Em junho, mais dois cubanos deixaram o ‘Mais Médicos’. Raul Vargas resumiu a situação:
“Para qualquer outro estrangeiro, trabalhar aqui não resulta em qualquer tipo de problema, pode se mover para onde quiser, não está preso em nenhum lugar, como nós estamos, pode convidar sua família, inclusive, para vir visitá-los. Nós, médicos cubanos, não podemos fazer isso porque o salário não dá para trazer nossa família.” E completou: “Não nos deixam sair. Para poder sair, precisamos informar ao nosso coordenador e ele vê se autoriza ou não. Penso que todos devemos ser iguais, regidos pela mesma lei brasileira.”
O trabalho escravo, como se vê, continua firme e forte no Brasil de Dilma Rousseff.
Os médicos do Foro de São Paulo
Silvio Grimaldo descreveu as raízes do ‘Mais Médicos’ em setembro de 2013 no Mídia Sem Máscara, no artigo “Os médicos do Foro de São Paulo“, também indicado no meu resumão sobre a entidade. Eis a verdadeira história dessa aberração da esquerda continental:
(…) Com o colapso da URSS, Cuba teve que procurar outras formas de financiar sua ditadura. Sem indústria, sem agricultura, sem capacidade técnica para explorar recursos naturais, Havana fez da exportação de agentes de saúde a sua principal fonte de renda. Em 1999, Fidel fundou a ELAM, uma escola para a produção de médicos em larga escala, cuja primeira turma recebeu nada menos que 1900 alunos, um exército que seria negociado com os governos membros do Foro numa versão “progressista” do tráfico de escravos.
Os médicos formados pela ELAM se viram impedidos de trabalhar em muitos países devido à sua péssima qualificação, o que prejudicava a circulação da maior commodity cubana. O Foro de São Paulo veio então socorrer Havana, determinando, durante seu XII Encontro, que os partidos membros fizessem “esfuerzos y gestiones en sus respectivos países para lograr homologar o revalidar los títulos con el objetivo de reinsertar nuestros jóvenes en nuestros pueblos”.
No Brasil, o PT tem feitos esses esfuerzos pelo menos desde 1999, quando o partido começou a distribuir bolsas de estudo na ELAM para seus filiados. Em 2003, assim que assumiu a presidência, Lula assinou o “Protocolo de Intenções na área de saúde, educação e trabalho entre Brasil e Cuba”, com o objetivo de estabelecer “as condições necessárias para o reconhecimento recíproco dos diplomas de graduação e de pós-graduação stricto sensu na área da saúde“, obedecendo às diretrizes do Foro de São Paulo. No mesmo ano, o PT enviou ao Congresso o projeto de lei 65-A/2003, que proibia a abertura de novas escolas de medicina e a expansão de vagas nos cursos já existentes, alegando que no Brasil havia médicos demais.
Em 2006, Lula celebrou outro acordo com Fidel Castro para garantir a validação dos diplomas dos médicos formados em Cuba, enviando ao Congresso Nacional uma mensagem em que pedia a aprovação do acordo em regime de urgência. Em 2012, o governo anunciou um corte de R$ 5,4 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde, e alguns meses depois Dilma criou a MP 568/12, que previa a redução de 50% nos salários dos médicos federais. A medida, cujo efeito seria esvaziar a área de saúde na esfera federal, afetava 48 mil servidores. A classe médica conseguiu impedir algumas dessas manobras e agora se tornou o bode-expiatório da esquerda, sendo responsabilizada pelos “comissários do povo” por todas as mazelas nacionais, internacionais, naturais, supernaturais, passadas, presentes e futuras.
O que se vê são duas frentes de uma mesma estratégia: a administração ordenada do caos na saúde pública e a criação de justificativas para a importação de médicos cubanos em massa. Essa política, claramente nociva aos interesses nacionais, nada tem a ver com a saúde dos brasileiros e atende somente os objetivos políticos do Foro de São Paulo, do qual nosso governo é um membro zeloso e obediente.
Nota de FMB: Ver também o artigo de Graça Salgueiro, repleto de vídeos, “Contratação dos médicos cubanos: o que há por trás disso?“, com destaque para este trecho: “Depois de juntar e analisar todos esses dados, me parece que algumas coisas ficam claras. A vinda desses médicos cubanos ao Brasil serve a alguns fins: fazer doutrinação marxista e enaltecer a revolução cubana e, de passagem, enaltecer o governo brasileiro angariando votos para as eleições de 2014.” (Entrevista em áudio – aqui.)
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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