Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

sábado, 17 de maio de 2014

Ponto de vista

“Emenda Parlamentar: Um ralo, uma vergonha”
Os senhores já presenciaram a maneira voraz  com que cães famintos disputam um pedaço de carne?
Pois é mais ou menos o que ocorre com a maioria dos nossos deputados  sejam eles estaduais ou federais brigando por um pedaço do bolo do orçamento. A impunidade e a ineficiência dos órgãos fiscalizadores contribuem, sobremodo, para essa prática horrenda desses parlamentares famulentos. Ainda: Essas Emendas Parlamentares são concedidas, na maioria, sem nenhum critério, sem um projeto sério que a justifique.  São, na verdade, uma “dádiva”  para corruptos e corruptores.
Lembram-se dos “Anões do Orçamento”,  “Quadrilha das Ambulâncias”,  “Mensalão”  e dezenas de outros escândalos?  São alguns dos crimes praticados por quadrilhas transvestidas de parlamentares. É o nosso dinheiro esvaindo-se pelo ralo.
Geralmente essa prática abominável tem por finalidade captar apoio político  beneficiando  o município A, B ou C na construção de uma “Ponte Molhada”, de um  Ginásio Coberto”,  reforma de uma praça, etc..etc...
O recurso quando aprovado e antes de chegar ao destino final é, de praxe, rateado percentualmente com aqueles que contribuíram para o seu “êxito”. Dez a quinze por cento para o deputado X (Federal),  outro percentual para o deputado  y (estadual)  e só depois chega ao cofre municipal.
Aí vem o pior. Quando a obra é realizada, pois nem isso às vezes acontece, o seu custo não ultrapassa, sequer, a metade recebida. Ela é superfaturada, de péssima qualidade, descartável e sem qualquer duração.
Chega, por fim, o dia da inauguração.  Ah! É só festa!
São convidados os parlamentares pelos “relevantes serviços prestados ao município”, contrata-se uma banda, superfaturada, claro, e vamos para a praça.
Num palco gigantesco repleto de políticos e pelegos e, após os incansáveis e demagógicos discursos o povo induzido e ignorante grita delirantemente: Viva!  Viva!    
Depois do “teatro”  retiram-se os “atores” para a comemoração.
Uísque, churrasco, risos...
É, infelizmente, a realidade da nossa política e dos nossos políticos. Até quando, não sabemos.
 Observação:
Artigo escrito em Maio de 2006.

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