Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

SOLENIDADE DE INAUGURAÇÃO DA BARRAGEM FIGUEIREDO DE PROPRIEDADE DO DNOCS EM ALTO SANTOS-CEARÁ

Caros amigos
Fico grato em ter recebido este e-mail do engenheiro Getúlio Maia, um  técnico que honra as tradições de competência do nosso Departamento. O Açude Figueiredo faz parte do planejamento do DNOCS da década de 50. Ele, finalmente, foi construído e já está mostrando a sua finalidade em plena seca. Sobre isto, faço a seguinte reflexão:
Se em vez do Açude Castanhão, pontual, gigantesco, próximo do mar, com enorme espelho de evaporação,  construído numa seção do Rio Jaguaribe já perenizada pelo Açude Orós (pasmem!), se em vez dele tivessem sido construídos nestes últimos 28 anos os 10 ou 12 açudes (de porte médio) que fazem parte do planejamento do DNOCS da década de 50, para o Vale do Rio Jaguaribe, com certeza, o Estado do Ceará não estaria, como se encontra agora,   numa perspectiva sombria e preocupante caso se configure uma nova seca no próximo ano. Sacrificou-se, inutilmente, 15.000 habitantes de Jaguaribara e seus Distritos  e impôs-se uma situação de vexame, e até mesmo criminosa para os  6 milhões de habitantes que vivem nos sertões deste Estado. Erro de engenharia? Não acredito. Foi proposital mesmo para atender a  interesses outros que não os da população desta sofrida parte deste país. Deus permita que não, mas se houver uma nova seca em nossa região no próximo ano, que ninguém deseja,  os senhores irão ver que o Estado do Ceará vai ter no referido reservatório “um oceano de água” sem possibilidade de sua utilização por razões topográficas (altitudes) e sua  população sertaneja morrendo de sede. Isto é criminoso e envergonha a engenharia nacional. Os responsáveis por essa tragédia anunciada há 28 anos têm que  ser identificados e responsabilizados. Parabenizo o DNOCS, seus técnicos e seus funcionários pela construção do Açude Figueiredo, pois assim deveria ter continuado a sua brilhante trajetória  sem a interferência de quem quer seja que contrarie os seus princípios éticos e morais. O que acabo de lhes dizer está no livro de 325 páginas que escrevi em 1999 sobre esta obra que foi construída na cota 50m do Rio Jaguaribe quando em nos Inhamuns, por exemplo, temos cotas de até 500/600 metros de altitude. Doa a quem doer. É em nome e em respeito à Engenharia Nacional que relembro estes fatos que se pretende colocar na lata do lixo. Cássio

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