Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 17 de julho de 2013

DIVULGANDO A POESIA CEARENSE

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE JORNALISTAS POETAS

Divulgando os nossos valores:

TARDE DE OUTONO

J. B. SOTERO
(Da Academia Camocinense de Ciências, Artes 
e Letras - ACCAL).

Tarde de outono! Merencória tarde
em que tristes lembranças vêm a eito
eum velho sentimento, sem alarde,
toma conta de tudo, não tem jeito!

No céu, aquele sol que já não arde
e as nuvens que semelham triste leito,
então me enrosco feito um cão covarde
nas cinzas da saudade do meu peito.

O vento varre as folhas pelo chão,
como varre em meu peito as ilusão,
vaga lembrança num regresso dela...

Dobra o sino o tristíssimo mistério:
são meus sonhos descendo ao cemitério, 
no compasso do bronze da capela!


QUEM SOU
Maria Luísa Bomfim
(Da Academia Cearense da Língua Portuguesa)

Sou 
ave cantante, 
lua azul,
fogo no frio.
Sou mistério!
Sou
verão ardente
chuva copiosa, 
primavera fecunda.
Sou mulher!
Sou
mar e terra,
estrela cadente
arco-iris multicor.
Sou poeta.

LER É PRECISO.
PRESTIGIE A LÍNGUA PORTUGUESA.

UMA TROVA:

O linho que Stela fia
É custoso de fiar.
A Lia nem desconfia
que esse linho é de luar.
Francisco Carvalho (+)


TODO PRIMEIRO SÁBADO DE CADA MÊS:
REUNIÃO DA UBT-FORTALEZA, ÀS 10
HORAS DA MANHÃ NO PALÁCIO DA LUZ
(Rua do Rosário, 1, sede da Academia
Cearense de Letras).

Administração: Jornalista Vicente
Alencar (2013-2014).


ORAÇÃO
José Valdez Castro Moura
(Da Universidade de Taubaté/SP, médico 
e escritor nascido em Limoeiro do Norte
e radicado em São Paulo)

Ser qual ave que voa inocente
entre os trigais e os frutos da semente...
andar entre promessas de colheita
vivendo a esperança rarefeita.

Doar ao sol como um gentil presente
a espiga que em milho se apresenta...
E, ao luar, compor, como em receita,
Cantigas de um amor que a vida enfeita...

Pisar a terra firme, e, em mesma trilha,
co'a natureza fazer a partilha,
despojada de orgulho e vaidade...

Em troca desta minha incerteza,
Deus meu, dai-me esta paz, esta riqueza
que se resume na simplicidade.

Pindamonhangaba, 03/10;2004.

PS. Poema lido por ocasião do
V Encontro da família de Luiz Alves
de Freitas na Vivenda "Maria José de 
Freitas", dia 11/12/2004, por Maria da 
Glória de Freitas e Silva, geógrafa, filha 
do Jornalista Meton Maia e Silva.

Nenhum comentário: