Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A VEZ DA IBIAPABA

Antonio de Albuquerque Sousa Filho*
     Situada à distância de 300 km de Fortaleza, a Ibiapaba é uma região composta por oito municípios muito próximos (Viçosa do CE, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Carnaubal e Croatá), dotados de infraestrutura de estradas, eletricidade, comunicações, água, com cerca de 300 mil habitantes. Produz frutas, verduras, flores, café, pimenta do reino, mel de abelhas, cachaça e outros itens agroindustriais.
     É uma região que apresenta forte potencial turístico pelo clima ameno propiciado pela vegetação e altitudes que variam entre 700 a 900 metros, sendo cercada de belezas naturais como a gruta de Ubajara, cachoeiras do Boi Morto e do Frade, Pedra do Itagurussu; formações eólicas como o Castelo de Pedras, Pedra do Machado, sítios com atrações típicas e casarões históricos da Praça Clovis Beviláqua (Viçosa), onde está situada a igreja mais antiga do Ceará.
   A Ibiapaba já teve no passado significativos investimentos governamentais:  asfaltamento da CE-187, bondinho de Ubajara e hotéis (governo Cesar Cals); construção do açude Jaburu (governo Virgílio Távora); adutora da Ibiapaba  (governo Ciro Gomes); plantio de flores para exportação  (governo Tasso Jereissati). O governo de Lucio Alcântara asfaltou a estrada Viçosa-Cocal e o de Cid Gomes a Estrada Granja-Viçosa, além de Escolas Profissionalizantes.
   Em que pese terem sido iniciadas a construção de Policlínica de Tianguá e a ampliação do aeroporto de São Benedito,  falta ao governo ampliar ações que envolvam a coletividade, tais como promover a construção do açude Lontras (dado o esgotamento da capacidade do Jaburu), a duplicação da CE-187, necessárias obras de saneamento, construção de Hospital Regional,  instalação de Campus Universitário, Plano de Desenvolvimento  Integral e a construção de estradas vicinais, de fundamental importância para o escoamento da produção.  É, portanto  urgente que os naturais da terra que se destacaram nas mais diversas profissões e áreas de atuação contribuam para superar uma lacuna que em muito parece se dever à falta de lideranças políticas que trabalhem além de visões paroquiais, com atitudes empreendedoras e pró-ativas.    
*Engenheiro-Agrônomo e Professor da UFC.

(Publicado no jornal O Estado de 27/8/2013)

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