Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quinta-feira, 12 de maio de 2016

TÍCIAS AUSPICIOSAS SOBRE A 19ª CONFRATERNIZAÇÃO CAMOCINENSE

Prezados Camocinenses e Amigos de Camocim do Grupo Idosos e Vaidosos
 
Saudações
 
Notícias auspiciosas chegaram da esforçada e dedicada Comissão Organizadora de nossos maravilhosos passeios a Camocim. A XIXª confraternização camocinense já foi gerada e sua gestação está em pleno curso. Animem-se, preparem-se para desfrutar, mais uma vez, desse excelente programa anual que nos tem  proporcionado alegrias e emoções sem fim, faz-nos reviver, intensamente, anos inesquecíveis de nossas vidas, transcorridos na bela Camocim,  e sentir, no âmago de nosso ser, tal como ocorreu com o poeta  Casimiro de Abreu que, inspirado, assim se expressou: “Oh! que saudades que eu tenho/ Da aurora da minha vida,/ Da minha infância  querida/ Que os anos não trazem mais!”     Inovadora como tem sido, a Comissão programou uma novidade, para este ano, qual seja, nossa ida à praia de Mundaú, no primeiro dia da viagem, conforme consta do documento anexo.  Precisamos cumprir esta jornada, para que tenhamos, em 2017, a grande confraternização pelos 20 anos da excursão e para ratificar o pensamento otimista vigente de que o Grupo Idosos e Vaidosos continua firme e forte no seu propósito de manter acesa a chama da amizade que une todos os seus membros.    
 
Cordialmente,
 
Orlando Mota Maia
 
 
MEUS OITO ANOS
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
Como são belos os dias
Do despontar da existência !
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis !
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar !
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
Casimiro de Abreu
 

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