Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 15 de maio de 2018

FOLHETIM UBE RJ - MAIO 2018

FOLHETIM UBE RJ -  MAIO 2018
EDITORIAL
Homenagem às mães - a mulher brasileira de todos os tempos.
 
“Venho do século passado e trago comigo todas as idades”
Cora Coralina.
OFERTAS DE ANINHA
                        (Aos moços)

Eu sou aquela mulher 
a quem o tempo 
muito ensinou. 
Ensinou a amar a vida. 
Não desistir da luta. 
Recomeçar na derrota. 
Renunciar a palavras e pensamentos negativos. 
Acreditar nos valores humanos. 
Ser otimista.
        Creio numa força imanente 

        que vai ligando a família humana 
        numa corrente luminosa 
        de fraternidade universal. 
        Creio na solidariedade humana. 
        Creio na superação dos erros 
        e angústias do presente.
Acredito nos moços. 

Exalto sua confiança, 
generosidade e idealismo. 
Creio nos milagres da ciência 
e na descoberta de uma profilaxia 
futura dos erros e violências do presente.
        Aprendi que mais vale lutar 

        Do que recolher dinheiro fácil. 
        Antes acreditar do que duvidar.
 
Cora Coralina, no livro "Vintém de cobre: meias confissões de Aninha". 6ª ed., São Paulo: Global Editora, 1997, p.145.
 
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cidade de Goiás GO, 20 /8/1889 - 10 /4/1985. Poeta e contista. Passa a infância e adolescência na Cidade de Goiás. É educada em casa por uma mestre-escola, cursando os quatro primeiros anos primários. Aos 14 anos publica contos e poemas em periódicos da cidade, como Cora Coralina. Frequenta o "Clube Literário Goiano", onde conhece Cantídio T. de F. Bretas, e, em 1911, foge com ele para SP; casam-se em 1926. Escreve para jornais de Avaré e Jaboticabal. Com a morte do marido, vai para São Paulo e torna-se vendedora de livros na editora de José Olympio (1902/1990). Na década de 40, volta Goiás, tornando-se doceira. Em 1965, aos 76 anos, publica, pela primeira vez, seus escritos (Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais) pela editora José Olympio. Em 1983 recebe o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás (UFG), e torna-se a primeira mulher a vencer o prêmio Juca Pato, com o livro Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha.
                                                Comissão de Redação 

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