Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

HELENO DE FREITAS, O COBRA.


HELENO DE FREITAS, O COBRA.
Texto de Vicente Alencar.

Eu não ví Heleno de Freitas em ação. Mas com base nas leituras do Esporte Ilustrado, Revista do Esporte, Manchete Esportiva - revistas já desaparecidas - lí muito sobre sua brilhante carreira e também nas conversas com Alfredo Sampaio "O Homem Enciclopédia do Futebol Cearense" , com meu pai, com meu avô e outros desportistas como Valdemar Caracas,  a quem fui apresentado pelo
saudoso Paulino Rocha "O Campeão de Audiência".

Pois bem, HELENO DE FREITAS foi um inesquecivel goleador do futebol brasileiro, integrando o famoso ataque arrasador da Seleção
Brasileira de 1945. 

Aquela "linha de frente" contava com Tesourinha, Zizinho, Heleno, Jair e Ademir Marques de Meneses.

Heleno jogava tanto e tão bem, que Ademir, então ponta de lança nato (daí o apelido) teve que perder a posição para ele e ser deslocado pára a ponta esquerda. 

Para quem não lembra, Ademir que foi campeão carioca pelo Vasco da Gama e pelo Fluminense foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1950 (Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico, o ataque).

Mas voltemos a Heleno.

A data de hoje, 12 de fevereiro, marca a data de nascimento do notável atleta, que também foi Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais formado pela Universidade do Brasil, no Rio.

A importância de Heleno de Freitas foi tão grande, que 30 anos depois de sua morte foi tema de peça de teatro e filme no Rio de Janeiro.

Heleno de Freitas nasceu em São João Nepomuceno, em Minas Gerais, em 12 de fevereiro de 1920, portanto há 93 anos.

Bem que poderia continuar vivo nos dias de hoje.

Porém sua vida de boêmio e galã (teve inumeros casos com lindas mulheres da Sociedade Carioca) lhe fez feliz, mas prejudicou sua saúde. Morreu em 8 de novembro de 1959, internado com problemas de saúde em Barbacena, MG.

Embora mineiro passou a maioria dos seus 39 anos (não é idade para morrer) no Rio de Janeiro.

Sua notável carreira começou no Mangueira (clube já desaparecido no Rio de Janeiro) nos anos de 1927 até 193l.

Depois passou ao Madureira, entre 1931 e 194, quando o Profissionalismo (1933) já chegara ao futebol carioca.

Defendeu ainda o Botafogo das Praia (não confundir com o atual)  em 1935 e 1936, passando ao Fluminense ainda em 1936, onde ficou até 1939.

Brilhante estrela ingressou no Botafogo de Futebol e Regatas onde destacou-se de 1940 até 1948, ano em que foi campeão pelo time da estrela solitária.

Pelo Botafogo, Heleno atuou em 209 partidas (naquela época cada time jogava uma, as vezes duas partidas por semana no Campeonato
Carioca, bem diferente de hoje) assinalando nada menos que 235 gols.

Depois de tanto tempo no clube carioca foi para o Boca Juniors, da Argentina, onde ficou em 1948 e 1949, marcando 7 gols em 17 jogos, sofrendo varias contusões.

Ainda em 1949 voltou a Rio e defendeu o Clube de Regatas Vasco da Gama. Marcou 19 gols em 24 jogos.

No final de 1949 transferiu-se para o Junior, de Barranquilla, na Colômbia onde ficou até 1950, registrando 14 gols em 47 jogos.

Em 1951 voltou ao Brasil, atuando pelo Santos,até 1952. Voltou ao futebol carioca em 1953, encerrando sua carreira no América e já mostrando sinais de grande perturbação, face a doença que o molestou.

Jogando pela Seleção Brasileira marcou 15 gols em 18 jogos em que participou.

Heleno de Freitas não atuou em nenhuma Copa do Mundo. Explica-se: Nas Copas de 1930 e 1934 as brigas politicas no esporte, deixaram muitos nomes de fora. Em 1938 não foi lembrado. Depois
no auge da carreira, a II Guerra Mundial não permitiu as Copas que seriam realizadas em 1942 e 1948 que não foram realizadas.

Em 1950 não estava jogando no Brasil e a época não se convocava atleta que estivesse no exterior.

Numa homenagem a memória de Heleno de Freitas, O Cobra, nosso texto no dia que ele completaria 93 anos se vivo estivesse.

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