Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

M E N S A G E N S P O É T I C A S



<<< Uma Trova Nacional >>>              
Apesar desta certeza
de que somos tão iguais,
alma gêmea, que tristeza,
chegaste tarde demais!...
–Ercy Mª Marques de Faria/SP–

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Sem saber o que fazer,
a prostituta, perdida,
vende prazer p’ra viver,
mesmo sem prazer na vida...!
–Manoel Cavalcante/RN–

<<< Uma Trova Premiada >>>
2007 > UBT-Natal/RN
Tema > TEMPO > M/H.  
Chora, entre as pedras, um rio,
seu pranto cheio de mágoas
porque o tempo, em desvario,
foi manchando as suas águas...
–Marina Bruna/SP–

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Encenados ao relento,
eu vi, sem contemplação,
os “atos” de sofrimento
nos teatros do sertão!
–Ademar Macedo/RN–

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
O receio  que me alcança,
ao ver inverno chegar,
é que, perdida  a esperança,    
eu  já nem possa sonhar!...
–Maria Dolores Paixão/MG–

<<< Simplesmente Poesia >>>
                 MOTE:  
“É mais feliz a velhice
Que é por alguém amparada.”
                
       GLOSA:   
Distante da meninice,
Nos remansos da saudade,
Havendo fraternidade
É mais feliz a velhice;
Há mais encanto e meiguice
Sobre a fronte esbranquiçada...
Mais branda se torna a estrada
Que é pisada com amor,
Como dói menos a dor
Que é por alguém amparada.
–José Lucas de Barros/RN–

<<< Estrofe do Dia >>>
Eu que sempre fui robusto,
forte que nem um lajedo,
de nada sentia medo,
hoje com tudo me assusto;
até pra dormir eu custo,
achando a noite comprida,
a alma desiludida
e o corpo cheio de dor;
todo dia muda a cor
do quadro da minha vida...
–Zé de Cazuza/PB– 

<<< Soneto do Dia >>>
UM OLHAR SOBRE SOROCABA.

                                    –Dorothy Jansson Moretti/SP–

Em pleno ciclo de tantas tropeadas,
quer de mulas, ou quer também de bois,
Sorocaba levanta as mãos armadas...
Mil oitocentos e quarenta e dois.

Passa o século. A poeira das estradas
vai-se apagando e vão florir, depois,
as lindas laranjeiras carregadas...
Mil novecentos e quarenta e dois.

Os ciclos vão-se de outros distanciando...
Do bandeirante ao têxtil se afastando,
a indústria abre, imponente, o seu roteiro.

E hoje, aos ventos do tempo e seus avanços,
Sorocaba levanta os braços mansos
e torna irmãos... filhos do mundo inteiro.

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