e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
AJUDE-ME !!!
AJUDE-ME !!!
Em casa ninguém me nota,
Fedorento e encrenqueiro,
A vergonha da família,
Sou um reles cachaceiro.
Eu sempre fui um mau filho,
E um pai muito pior,
Um marido rancoroso,
E no trabalho -tem dó!
Escorado no balcão,
Sempre sou só eu que falo,
Logo alguém me dá farofa,
Só assim é que me calo.
Vivendo no botequim,
Esqueci o meu morar,
E ganhei pencas de chifre,
Da rainha do meu lar.
Ganhei muitos apelidos,
Copo Seco, "mói", meiota,
Cú de cana e "salga carne",
Joelho d'água e quartota.
Sou amarelo e inchado,
Pareço o "cão de espora",
Quando passo na calçada,
Dizem: Valha-me Nossa Senhora.
Vou tocando esta vida,
Sempre bambo, sempre torto,
Não sei se sou "morto-vivo",
Ou se sou um "vivo-morto".
Me ajudem, peço socorro,
Deve haver uma saída,
Não quero chegar ao Pai,
Saído "bebo" da vida.
(KIM)
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