No dia 2 de julho de 1948, Monteiro Lobato concedeu à rádio Record aquela que seria a última entrevista de sua vida, que encerrou com as palavras: “O Petróleo é Nosso”!
No princípio do século, os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa; Monteiro Lobato tornou-se editor, passando a produzir livros no Brasil e abrindo possibilidade para diversos autores totalmente desconhecidos do público. “Um país se faz com homens e livros”. “Livro não é gênero de primeira necessidade... é sobremesa; tem que ser posto embaixo do nariz do freguês, para provocar-lhe a gulodice.”
Em 1927, Lobato realiza um velho sonho: é nomeado adido comercial nos Estados Unidos. Ao voltar, trará planos grandiosos de salvação econômica para o Brasil. O primeiro deles é a Campanha do Ferro: é preciso “ferrar o Brasil”. A próxima, ainda mais ampla, será a Campanha do Petróleo. Na contramão dos interesses dominantes, fundou a Companhia Petróleos do Brasil, e graças à grande facilidade com que foram subscritas suas ações, inaugurou várias empresas para fazer perfuração, sendo a maior de todas elas a Companhia Mato-grossense de Petróleo.
Em 1941, após acusar Vargas de má conduta na política brasileira de minérios, acabou preso. No Presídio Tiradentes foi confinado por quase quatro meses, na mesma cela do Pavilhão 1, pela qual passariam tantos presos da ditadura militar de 1964.
Monteiro Lobato foi o grande escritor da maior parte das histórias infantis nacionais. “A menina do narizinho arrebitado”, com edição inicial de cinquenta mil exemplares ocorreu no ano de 1921. Lobato criou personagens inesquecíveis, que se incorporaram para sempre ao folclore brasileiro.
Leiam a íntegra de nosso ensaio em: https://www.proust.com.br/post/monteiro-lobato-o-verdadeiro-patriotismo-militante
Carlos Russo Jr.
Espaço Literário Marcel Proust.
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