Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 24 de setembro de 2019

E SEMPRE BOM SABER

Prezadas e prezados todos
Compartilho da indignação do sr. Jovino, que muito se remete à famosa frase de Rui Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto". Indignação por vermos traída a confiança depositada em muitos representantes do povo que lá chegaram com nosso voto (d)e confiança, no Executivo e no Legislativo.
Tenho pensado em nossa democracia, num sistema gerador de corrupção ("O poder corrompe", já dizia Bakunin no século XIX, e outro pensador francês, acho que Proudhon, dizia que se elegêssemos  uma assembleia de anjos, logos lhes cresceriam os chifres e as caudas).
Também penso que devamos defender ideias, defender projetos de sociedade, de país, projetos de um mundo onde haja mais justiça social, mais respeito à dignidade do ser humano, igualdade de oportunidade para todas as pessoas, independentemente de sua raça, sexo, credo, menos violência de toda ordem. 
Mas construir um sociedade assim, na esfera da política, não é tarefa para nenhum messias, pois estes não existem. É uma tarefa coletiva. Portanto, penso que devamos avaliar um político, um candidato -  a qualquer cargo político -, em primeiro lugar, se é probo, depois, suas ideias. Mas é igualmente importante considerar com que grupo ele se articula, que grupo ele representa: ele exprime um partido, um movimento social, uma categoria social, um grupo religioso, uma corporação profissional, é ruralista, é da "bancada bbb" (boi, bala, bíblia)? Ninguém é meramente expressão de si mesmo.
Uma vez eleito, com quem ele irá compor para implementar suas propostas? Será um solitário dom Quixote enfrentando moinhos de vento? Será um herói de filme americano, que sozinho dizimará a corja de bandidos? Será um autoritário, um déspota esclarecido, como o Marques de Pombal? Ou será o dr. Fausto, que venderá sua alma a Mefistófeles?
Em nossa democracia representativa, a articulação partidária é importante justamente por isso. Daí também considerar o partido, seu histórico de alianças, suas práticas. E há bons políticos em muitos deles (conheço alguns).
Enfim, li recentemente um excelente artigo do Fernando Gabeira em que ele comentava ser fundamental - e nesse sentido, tempos um déficit de cidadania e prática política - desenvolvermos mecanismos de controlar nossos políticos, seus atos, suas contas.
Pois dom Sebastião não virá...

Um abraço,

Klaus

"O Brasil somente está da maneira como está em virtude da sua maneira de ser. Não espere pelos outros, reaja, esperar pelo (des) GOVERNO  é um erro. Divulgue tudo que existe de sujo destes incompetentes que foram eleitos. Poucos merecem o meu e o seu voto. Não defenda Partidos, defenda nomes, ideias. Não reeleja Vagabundos que continuam mentindo, enchendo a TV de conversa mole. Tenha inteligencia. Reaja."
(Jovino Nunes de Alencar, 88, aposentado as minhas custas, Jornalista e Comerciante, mas ainda vivo e lúcido).

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