MESTRE, DE QUEM?
Sinésio Cabral
(Da Academia Cearense da Língua Portuguesa)
Não me chamem de Mestre, por bondade,
tratamento que nunca suportei.
Não pretendo ser dono da verdade
nem também mais realista, enfim, que o rei.
Mas...por que, entre os mortais, quanta vaidade,
se somos mesmo iguais perante a lei?
Se existe estardalhaço, alguém há de
querer ser mais que o próximo, bem sei.
Cultor do Idioma e Poeta, sou, porém,
mais de um rastro de luz se evidencia
no Ceará onde apenas sou alguém.
Nunca fui Mestre de Obras nem de Trem.
Atenção, ó leitor, amo a Poesia
e o Vernáculo. Assim, Mestre, de quem?
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