UM POEMA DE EDMILSON SOUSA LIMA
(Saudoso professor de Fortaleza. Foi membro da
Academia Cearense da Língua Portuguesa).
Que importa a mim e a tí que o mundo todo,
Toda a fúria dos néscios em cauda!
Trua sobre nós vendaval,
Como um flagelo turco ou visigodo?
No meu jardim em tudo há musgo e lodo,
A indiferença muda de um pombal
abandonado aos frios do outonal,
se alguém tomar meus versos com apodo.
Desfaça-se meu trono... eu já fui rei
Que importa a mim ser cinzas... eu que amei,
Se amando eu fui divino entre os mortais?
Dos homens eu só quero que inda exista
um só que nos meus versos deite a vista
e chore como seus meus próprios ais.
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