Democracia plena
A ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o entendimento, de um lado, e gera desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais, de outro. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social, nos países socialistas e capitalistas. Crises, desemprego, miséria, endividamento e violência decorrem de movimentos radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista sócioeconômico e político. Segundo Shakespeare, “A política está acima da consciência”. A hipocrisia é a chaga maior dessa atividade. A coerência programática, baseada em princípios cristãos, é o único remédio capaz de combater com eficácia essa doença. De acordo com Jacques Maritain: “O Cristianismo ensinou aos homens que o amor vale mais do que a inteligência”. Como sabemos, a democracia é a forma de governo em que o povo exerce a soberania, comprometendo-se com a liberdade e a igualdade social. A luta democrática não pode ser eventual, mas permanente. Ademais, democracia não significa apenas colocar um voto na urna ou digitar um número. Trata-se de um processo bem mais amplo, em que a participação popular, a recusa ao fanatismo, a necessidade da educação, a defesa das minorias e da pluralidade, o respeito aos dispositivos constitucionais são atitudes fundamentais. Dessa forma, é importante que façamos a nossa parte, mediante o exercício da atividade política, no seu sentido amplo, não apenas no aspecto eleitoral. Viva a democracia!
Gonzaga Mota
Prof. aposentado da UFC
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