Passo após passo segue, pacientemente,
O corpo velho já de muito maltratado;
Manco carrega um peso que o mantém vergado,
Sujeito ao pedregulho da ladeira ingente...
Em cada pedra aspérrima, incerta e quente,
Vai deixando, o infeliz, seu suor derramado,
Enquanto leva, em si, só desdém encontrado
No desencontro atroz com sua própria gente!
Oh! Mendigo andrajoso, sempre que tu cais,
Aquelas pedras rudes lançam tristes ais...
Um brado que no Céu lembra eternal fadário!
E assim se torna bem-aventurado o pranto,
De quem no seu sofrer, calado, se fez santo
IMITADOR DE CRISTO SUBINDO O CALVÁRIO.
Fortaleza, 14 de abril de 2019
PAULO Fernando Torres VERAS
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