MEL E POLÍTICA
Muitos políticos brasileiros quando encontram uma boa fonte de mel acabam se lambuzando. Entenda-se como fonte de mel aquela oportunidade não republicana, que aparece embutida ou à embutir nos orçamentos públicos, a tal da propina ou da gorjeta como queiram. Mel fácil, mais abelhas inescrupulosas querendo invadir as colmeias alheias, para se lambuzarem também com a produção dos outros.
Com a chegada de uma operação chamada "Lava-jato", aqueles espertalhões Municipais, Estaduais ou Federais que já estavam acostumados ao lambuzo no mel das falcatruas, foram sendo investigados, cobrados, indiciados e julgados pelo vespeiro do Ministério Público, que os entregava na qualidade de corruptos para que os Magistrados os transformassem em réus, troféus ou inocentes. O problema é que nunca sabemos como estão as colmeias do alto escalão do judiciário brasileiro, que às vezes consideram o lambuzo no mel da corrupção algo cultural no
nosso País e saem decidindo por sentenças que libertam os lambuzados no mel da corrupção e em outras, aplicam a hermenêutica em favor da moralidade, da honestidade e principalmente da punibilidade dos maus
políticos que foram eleitos para legislar em favor da justiça e da
dignidade e não para se lambuzar com a cobiça e a deslealdade.
Como já dizia um dito popular "De bumbum de nenê e cabeça de juiz nunca sabemos o que sai", esperemos que pelo menos as abelhas do Poder Judiciário não façam cera na hora de julgar como manda a Lei e a ética.
Paulo Roberto Cândido
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