O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) e a Comissão Nacional da Verdade (CNV) decidiram exumar o corpo do ex-presidente João Goulart, que governou o País entre 1961 e 31 de março de 1964.
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Embora a decisão já tenha sido tomada pela comissão, há diversas situações a serem esclarecidas antes de se afirmar que a exumação será mesmo feita, adverte a procuradora federal Suzete Bragagnolo. "Estamos estudando os procedimentos adequados", diz ela. "Se o pedido será feito à Justiça ou se será administrativo (ao responsável pelo cemitério, a prefeitura de São Borja). Isso porque existe esta possibilidade", aponta a procuradora do Ministério Público Federal. Ela acrescenta: "Também precisamos nos cercar do máximo de rigor técnico possível, com consultas a peritos, para sabermos quais as chances de o resultado ser conclusivo".
A procuradora admite que há uma forte possibilidade de que a exumação, feita tantos anos depois da morte de Goulart, seja inconclusiva, mas acredita que com as técnicas e reagentes hoje disponíveis a possibilidade de um bom resultado é maior. "Havendo essa hipótese, vamos apostar nela."
A família de João Goulart, que já tornou pública a autorização para exumação, ainda desconhecia a decisão da CNV e do MPF/RS. O advogado Christopher Goulart, neto do ex-presidente, disse que vai tomar informações nesta sexta-feira, 3.
"Indícios (de envenenamento) existem muitos", admitiu. "(A exumação) produziria a prova material para comprovar ou não a causa da morte e poderia corrigir a história oficial informando que um presidente da República morreu assassinado". Lembrou ainda que o esclarecimento do mistério poderá coincidir com os 50 anos do golpe militar, em 2014. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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