FIM DE TARDE
Vicente Alencar
(Do Instituto Cearense de Cultura Portuguesa).
Fim de tarde,
sexta-feira,
o mundo continua dando voltas.
Ninguém contenta ninguém,
muitos estão sozinhos
na grande multidão.
Os apelos são grandes,
as mãos que cumprimentam
nem sempre estão quentes.
Frias,
elas desafiam nervos e pensamentos.
Mas estou vivendo a emoção
de um fim de tarde,
absolutamente só.
Nestas horas é preciso.
Depura-se a alma,
estuda-se os sentimentos.
Lembramos pessoas,
amores,
feridas ainda abertas.
Minhas mãos estão quentes,
meus olhos vêem
e meus ouvidos escutam.
O som da vida é grandioso.
O coração está aberto
numa ilha de saudades e lembranças.
Fim de tarde,
sexta-feira,
quedo-me as emoções.
03.04.2013.
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