SONETO DAS HORAS MORTAS.
Quando a noite sossega e o silêncio retoma,
Ponho-me a meditar sobre as coisas do céu e mar.
Onda de pensamento, em mim, de chofre, assoma,
Enquanto, da janela, vejo belo luar...
São nessas horas mortas, de plena quietude,
Que a minh’alma delira e sonha em luz e paz!
Qual um iogue, a escutar o som de terno alaúde,
Viajo as dimensões cósmicas, e isso me apraz!
Longe do burburinho das grandes cidades,
Escuto apenas os sons do mar, em suavidades,
Junto à brisa cantante, que olorosa passa...
As Horas Mortas me são horas redivivas;
Moram em mim, e são sossegadas e ativas,
Porque vêm de Deus, plácidas, cheias de graça!
J. Udine – 25-05-2013.
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