Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A MORTE TEM NOVO NOME Vicente Alencar


A MORTE TEM NOVO NOME
Vicente Alencar
(Da Academia Cearense de Retórica)

    A violência não é mostrada ou apresentada, mais ainda, vivida, numa cidade, num município qualquer, numa Capital, apenas, com assassinatos à bala ou por arma branca, ou seja, os crimes à faca. Não, não se traduz apenas (apenas, para tanta violência é demais) com bala e faca. A violência chega a muito mais, no trânsito, nas drogas, na falta de emprego que se chama de desemprego – às vezes.
    No Brasil, falando melhor, no nosso torrão, no nosso pedaço, aqui no Ceará, a morte tem um novo nome: moto. Um transporte chamado moto. Um feixe de ferros, que corre pelas ruas, chamado moto. É isso mesmo, a morte tem um novo nome: moto.
    Se você ainda não prestou atenção, se você ainda não se apercebeu, se você ainda não observou, em face da correria do dia a dia, pare e pense um pouco: temos uma Dama de Preto, chamada moto. A moto é uma das maiores agenciadoras da morte dentro da vida.
    Diariamente – para quem acompanha o noticiário policial e não liga para as próprias notícias que ouve, vê ou escuta – os jornais, o rádio e a TV nos trazem um enorme número de acidentes, onde as mortes são registradas, minuto a minuto. Os “pilotos” coitados pensam que são imortais e, a cada dia, temos no Ceará uma média de 10 mortes – dia. Se somarmos os acidentes em Fortaleza, Limoeiro do Norte, Tianguá, Juazeiro do Norte, Iguatu, Viçosa do Ceará, para citar apenas algumas cidades, o balanço é cruel.
    Há alguns dias estive no Hospital Dr. José Frota, para uma visita a uma pessoa conhecida de um amigo, que pediu-me o acompanhasse. Fui. O repórter sentiu a importância de ir até lá para constatar, com os próprios olhos, o que estou apresentando aqui: a morte tem um novo nome.
    Pois bem, na visita pude verificar que enfermarias e corredores lotados, registravam, em sua grande maioria, a presença de acidentados, vítimas de acidentes de moto. Indagando, perguntando, assuntando, pude verificar: em nível de morte, pelo menos uns 20. Para serem liberados com sequelas, mais de 70.
    É uma realidade dura, absurda. Insofismável. Não se pode colocar panos mornos ou tampar o sol com uma peneira, quando encaramos, de frentes, a realidade.
    Dito tudo isso, apenas uma coisa podemos sugerir: a proibição da venda de motos. A moto é um veículo que está matando milhares e milhares de brasileiros e, deixando outro tanto com sequelas para o resto da vida. Tratamento caro para muitos, apenas túmulos para serem visitados e rosas a serem ofertadas, para superar a imensa saudade.
    No final da década de 40, o então presidente Dutra fechou, oficialmente, centenas de Cassinos no Brasil. Os jogos de azar levavam milhares de pessoas para jogar na roleta, no bacará, em tantos outros.
    Muitos disseram: vai prejudicar quem trabalha no jogo. Não, não prejudicou. Garçons, garçonetes, motoristas, músicos, cantores, auxiliares, cozinheiros, enfim, uma gama de muitos profissionais trocaram de ramo e foram escapar noutra freguesia.
    A moto também deve desaparecer. É um dos maiores agentes de morte do Brasil. Tiremos a moto das ruas, das avenidas, das estradas. Vendedores, entregadores e todos aqueles que dependem da moto estarão escapando da morte e melhorando suas vidas. Não é utopia, é verdade!

TAPAR O SOL Por FERREIRA GULLAR


outubro 1, 2012
Publicado ontem pela “FOLHA”, o texto magnífico de Ferreira Gullar, que, diga-se de passagem, é de esquerda, talvez seja o que melhor definiu o presidente Lula nos últimos tempos. Quase uma minibiografia.
Leitura obrigatória para quem, de fato, quer conhecer a verdade, escrita por alguém que foi testemunha ocular da história.
 
                  TAPAR O SOL
                                             Por FERREIRA GULLAR
“O julgamento do STF realiza-se à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração”
GOSTARIA DE deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido, com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido político, o que poderia levar o leitor àquela suposição.
Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e especificamente a certas declarações que emite,sem qualquer compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho como um líder político importante, capaz de influir no destino do país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que desfruta, importa a todos nós.
E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que ele diga, seja o que for.
Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do “New York Times”, quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.
Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de políticos e jornalistas irresponsáveis?
E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar, como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer, implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande farsa.
Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para levar o entrevistador do “NYT” a crer na sua versão, disse que não precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a maioria dos deputados federais.
Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91 deputados; o PSB, 24,; o PL, 26, o PC do B, 12, num total de 153 deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara Federal.
Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los. Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou. Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar ao poder ou o mantiver nele.
Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o procurador-geral da República declarou que, se os dados se confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.
Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart, como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de militares golpistas.
O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que não está no poder?
O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo, após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula, nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um manifesto, seja um mensalão.

Mensagens Poéticas 31/10/201



<<< Uma Trova de Ademar >>>
Quem o livre-arbítrio prega
caminha contra a verdade.
Pois eu não creio em quem nega
a si mesmo...a Liberdade!
Ademar Macedo/RN
 
<<< Uma Trova Nacional >>>
Andei sempre como um monge
e não sei se estava certo.
Às vezes buscamos longe
o que nós temos tão perto. 
Clênio Borges/RS 
 
<<< Uma Trova Potiguar >>>
A fauna sofre os horrores
das ações irracionais,
desses cruéis caçadores
exterminando animais.
Djalma Mota/RN
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
2012 > Caxias do Sul/RS
Tema > UVA > 4º Lugar
Sobre a parreira, o luar
no sereno te retrata...
E os teus olhos a brilhar:
“Duas uvas”... cor de prata...
Roberto Tchepelentyky/SP
 
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Na trova, mais que ornamento,
eu quero crer que adivinhas,
as flores do pensamento
em buquês de quatro linhas.
Miguel Russowsky/SC
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Visitando os mocambos do sertão
vi um sítio com traços de abandono,
uma casa ruída, outra sem dono
desertada por causa do verão.
vi ferrugem nas trempes de um fogão
avisando que a fome é coisa séria,
lagartixas zombando da matéria
numa concha de quenga pendurada;
vi a boca da fome escancarada
jejuando na casa de miséria.
Hélio Crisanto/RN
 
<<< Soneto do Dia >>>
             COVA.
 
                            –Antônio Roberto Fernandes/RJ
 
Cova é palavra que, naturalmente,
lembra morte, mistério e nos espanta
pois cova tanto é o lar de uma serpente
como, na Iria, foi o altar da santa.
 
Na cova o lavrador deita a semente
pra que ela morra e gere nova planta.
Sempre uma cova espera pela gente
e quem se deita lá não se levanta.
 
Mas na lavoura da felicidade
somos a terra, o fruto e a semente
– mistério da humaníssima trindade –
 
pois se louco de amor seu corpo enlaço
penetro em sua cova e, de repente,
deliro... e morro... e me sepulto... e nasço!

A Era de Ouro da MPB


    Na última 4ª feira do mês de outubro de cada ano, desde 2008,
volta ao  cenário artístico cearense mais uma edição (5ª) de
   A Era de Ouro da MPB  
     em  megashow  musical 
recordando o período mais luminoso da MPB
(décadas: 20, 30 e 40), oferecendo aos presentes,
beleza rítmica, musical e poética, com os seus fatos
históricos ilustrativos, para atender às finalidades!

Dia: 31 de outubro de 2012 - 4ª feira    
Hora: 19 h 30 min
Local: Espaço de Eventos Aldeota
          [antigo Centro Cultural Oboé]
Endereço: Rua Maria Tomásia, 571- Aldeota
Entrada: Franca
Produção: Rose & Maurício Benevides / Tania Gurgel
Apresentação: Nelson Augusto (da Rádio Universitária);
                       e Tania Gurgel (promoter)
Música a cargo dos Serenatistas:
Saraiva (bandolim) / Francisco (cavaquinho) /
Márcio Ramalho e Pedro Ventura (violões 7 e 6 cordas)
Eduardo (pandeiro)
Convidado: Dinho (sax e flauta)

Elenco de Cantores:
(do Programa Noite de Serenata da Rádio Universitária FM):
Maurício Benevides / Rose Espíndola
Fernando Hugo / Vânia Hissa

Ministério da Cultura e Correios realizam “Por dentro da Filatelia”


Ministério da Cultura e Correios realizam “Por dentro da Filatelia”

Acontecerá em Fortaleza de 30 de outubro a primeiro de dezembro a exposição temática Por Dentro da Filatelia, iniciativa do Ministério da Cultura e  dos Correios numa realização da Sociedade Numismática e Filatélica Cearense. No evento haverá  mostra filatélica, ação cultural e aprendizado com interatividade e será  aberto  à visitação pública gratuita de segunda à sexta-feira, das 8 às 17 horas e, aos sábados, das 8 às 12 horas.
A presidente da SNFC, Júlia Geracita, organizadora da exposição, diz que visitas agendadas para estudantes de escolas públicas e privadas e outros grupos interessados  poderão ser solicitadas no local ou através dos telefones (85) 3234.2596 e 8843.2808. Ela também ressalta a importância do evento para o desenvolvimento da filatelia na capital cearense. A exposição estará montada no Espaço Cultural dos Correios (Rua Senador Alencar, 38) no centro de Fortaleza.

15.10.2012

Mensagens Poéticas 30/10/2012



<<< Uma Trova de Ademar >>>
O papel que eu desempenho
na poesia, não tem preço;
pelos amigos que eu tenho...
Ganho mais do que mereço!
Ademar Macedo/RN
 
<<< Uma Trova Nacional >>>
É no momento da prece
que o seu coração perdoa…
Quem assim age, merece
viver feliz, pois se doa.
Cidinha Frigeri/PR
 
<<< Uma Trova Potiguar >>>
São José, mão carpinteira,
pai terreno de Jesus;
fez tanta obra em madeira,
mas nunca fez uma cruz!
Zé de Sousa/RN
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
2005 > C.E João B.de Mattos/RJ
Tema > ECOLOGIA > 3º Lugar
Defender a Ecologia
de forma séria e decente,
é preservar a harmonia
da própria casa da gente.
Wandira Fagundes Queiroz/PR
 
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
A estrada em que me confino
pelo destino é traçada...
Sei que não mudo o destino,
mas posso mudar de estrada!
José Maria M. Araújo/RJ
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Mãe tirana e vaidosa
e o pai que não auxilia,
na hora da gestação
se gera com alegria;
é pai na hora que gera
depois esquece e não cria.
Waldir Teles/PE
 
<<< Soneto do Dia >>>
UMA HISTÓRIA DE AMOR.
 
                       –Gilson Faustino Maia/RJ
 
Dois corações singelos, com ternura,
são visitados pela luz do amor.
Da pureza do olhar encantador,
nasce um sonho de paz e de ventura.
 
Dois anjos de inocente formosura,
tentando neste mundo enganador
construir um jardim, plantar a flor
de uma vida feliz e de candura.
 
O tempo passa, o vento da maldade
tenta encobrir com pó aquela história,
impedir, do namoro, a liberdade.
 
Pode, a renúncia, ser obrigatória,
vitoriosa ser a crueldade...
Será eterna a história na memória.

SE EU MORRER ANTES DE VOCÊ Chico Xavier

SE EU MORRER ANTES DE VOCÊ

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
-"Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!"
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
"Ser seu amigo, já é um pedaço dele..."
Chico Xavier

MENSAGENS POÉTICAS





<<< Uma Trova de Ademar >>>
Como quem faz sua escolha,
disfarçando o desatino,
alterei folha por folha
do livro do meu destino!
–Ademar Macedo/RN–

<<< Uma Trova Nacional >>>
Ao passar por mim, nem para...
sou a sombra de ninguém!
Que espaço enorme separa
meu amor de seu desdém!
–Wanda de Paula Mourthé/MG–

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Caminha em rota invertida,
sem um sonho promissor,
quem, nos outonos da vida,
não colhe um fruto de amor!
–José Lucas De Barros/RN–

<<< Uma Trova Premiada >>>
2012 > Cantagalo/RJ
Tema > ESPAÇO > 2º Lugar
Neste planeta avarento,
onde o "ter" é o ditador,
que triste é ver o cimento
roubar o espaço da flor!
–A. A. de Assis/PR–

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Um dedo contra os pilares...
murmúrios...silêncio! Tédio...
É a fome subindo andares
pelo interfone do prédio!
–Paulo Cesar Ouverney/RJ–

<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Quando eu partir desta vida,
irei coberto de paz;
e chegando lá em cima
nas mansões celestiais;
eu vou logo organizando
e num cartaz anunciando:
"Primeiro Jogos Florais"!
–Ademar Macedo/RN–

<<< Soneto do Dia >>>
     ROGATIVA.

                                –Thalma Tavares/SP–

Senhor, que olhas os antros, as vielas,
os homens sem trabalho, o lar sem pão,
que a minha fé não morra como as velas
que ao mais leve soprar se apagarão.

Ante a ganância atroz, cujas mazelas
nos põem em sobressalto o coração,
eu venho Te pedir pelas favelas
que ora clamam por paz e proteção.

O pobre, da miséria anda cansado
e pensa, em sofrimentos mergulhado,
que Tu, ó meu Senhor, lhe deste as costas.

E é tanta, neste mundo, a violência
que não querendo crer na Tua ausência
eu ando pela vida de mãos postas.

sábado, 27 de outubro de 2012

“TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO”

LANÇAMENTO DE LIVRO
“TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO”, que será lançado no próximo dia 09 de novembro, em Fortaleza, na sede da Procuradoria Geral do Ministério Públicos, na Rua assunção nº 1100.  Este livro já foi lançado formalmente em 17 de setembro passado, na Bienal de São Paulo, maior evento literário do país.
 
A escritora Grecianny Carvalho Cordeiro convida os integrantes do Ministério Público do Ceará, assim como a sociedade, e, especial os membros das diversas acadêmicos de letras e de cultura para o lançamento de seu quarto livro, TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO. Nesta e obra, Grecianny faz uma viagem pelo mundo de Homero e pela Guerra de Troia, percorrendo os bastidores de uma guerra que durou dez anos, desencadeada pelo rapto da bela Helena pelo príncipe troiano Páris.
 
Esse romance coloca a Ilíada e vários clássicos gregos ao alcance de todos, numa trajetória onde fatalmente é encanta pelos mitos, pelos deuses e pelos heróis gregos e troianos. Portanto, uma viagem ao mundo da imaginação, ou seja, mundo de Homero - mundo da Guerra de Tróia e dos eventos que se sucederam ao fim da sangrenta batalha.
 
Grecianny promete levar o leitor a um mundo de aventura, fantasia, mitologia, suspense, ação, O romance - TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO é sem dúvida um livro envolvente, segundo a autora.
 
Grecianny Cordeiro renova convite para o lançamento de “TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO”, a ocorrer na sede da Procuradoria Geral do Ministério Público, Rua Assunção 1100, agradecendo, antecipadamente aos que comparecerem e que venham embarcar, no que chama de maravilhosa viagem aos clássicos gregos: TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO

ARENA – UM INCENTIVO À VIOLÊNCIA Vicente Alencar

ARENA – UM INCENTIVO À VIOLÊNCIA
Vicente Alencar
(Da Academia Fortalezense de Letras)
 
                Gosto de futebol! Há muito tempo, desde criança, quando ainda não era cronista esportivo, atividade que iniciei aos 14 anos de idade. Uma criança, dirá você.
                Pois bem, acompanhei o futebol nas décadas de 60 e 70, sem tanta violência – a não ser os lances normais dentro de campo, coisas da profissão entre atletas – ou mesmo, uma ou outra briguinha aqui e ali, bate boca entre torcedores.
                Se algum dos nossos leitores se der trabalho de pesquisar, nas duas décadas, encontrará pouca coisa, pouquíssima a registrar, em se tratando de violência.
                Os torcedores do Fortaleza e do Ceará; do Flamengo e do Fluminense; do Bahia e do Vitória; do Santa Cruz e do Sport; do Grêmio e do Internacional; do Atlético e do Curitiba; do CRB ou do CSA; do Sergipe e do Confiança; do River e do Flamengo; do Sampaio Correia e do Moto Clube; do América e do ABC, para citar, apenas, alguns clássicos, sempre seguirem para os estádios em paz, com tranquilidade e com amizade.
                Hoje não, são verdadeiros inimigos. E, ainda, foram criados as indesejáveis torcidas organizadas, que não trabalham para o bem do futebol, mas, contrariamente provocaram o mal.
                Agora, chegam os corneteiros do futebol, verdadeiros inocentes úteis, para chamar os estádios – os maiores, em milionárias reformas – de Arena.
                Lamentavelmente, estamos voltando a mais de 2 mil anos passados. Estamos retornando ao tempo das lutas em locais fechados e especializados, caldeirões da violência, como por exemplo o Coliseu. Ali, onde matava-se tanta gente chamava-se de Arena.
                Arena do Castelão, Arena do Maracanã, Arena não sei de onde é um passaporte à violência. Grande parte da crônica esportiva embarcou nesta canoa furada. Não se tem certeza de onde surgiu a denominação. Mas, sabemos que foi da mente suja de alguns dirigentes que, na contra mão da paz, desejam que os estádios se transformem em cemitérios, com a turba se matando a partir dali, seja qual seja o resultado do jogo que se dispute.
                Autoridades do Ministério Público da Justiça Brasileira, bem que poderiam impedir estas denominações que levam apenas à violência, pois, a falta de conhecimento de quem colocou o “apelido” é grande, tenha sido quem for.
                Se desejam transformar o futebol numa carnificina que continuem com esta denominação. Depois, vocês sentirão o problema dentro de suas casas, em suas famílias, em seu trabalho, em sua realidade. Arena não é sinônimo de bom futebol, é sinônimo de violência. 

CAMINHOS DO AMOR Vicente Alencar


CAMINHOS DO AMOR
Vicente Alencar

Nos caminhos do amor
todos nós queremos andar,
chegar,
desfilar, passear, enfim, amar.

Te amo com pompa e circunstância.
Desde o primeiro, desde o início.
Sempre foi assim. E continuará.

Os caminhos do amor
são incríveis e indescritiveis,
sejam montanhosos ou  deserticos.

Estamos juntos, sempre, 
mesmo que as diferenças existam.
Mesmo
que existam distâncias.

Os caminhos do amor
são nossos,
desfrutamos a vida.
Alguns intervá-los não contam.

SAUDADES Vicente Alencar


SAUDADES
Vicente Alencar

Muitas saudades, muitas,
pois sendo bela,
       educada,
       culta, 
       amiga,
       capaz, 
       tranquila, 
       suave,
       feminina,
e acima de tudo, gente.
Faz falta.
Muitas saudades, muitas.

Mensagens Poéticas 27/10/2012


<<< Uma Trova de Ademar >>>
A lua, de vez em quando
fica um pouco sem brilhar,
para ficar “espiando”
dois pombinhos namorar!
Ademar Macedo/RN
 
<<< Uma Trova Nacional >>>
Urge a esperança de um dia
ver a criança cantar,
hino de democracia,
declinando o verbo amar.
Agostinho Rodrigues/RJ
 
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Passeando pela praça,
admirando o jardim,
nem notei que ela sem graça
passou sem olhar pra mim.
José Alencar/RN
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
2005 > ATRN - Natal/RN
Tema > INSPIRAÇÃO > 1º Lugar
Inspiração, não me deixes
neste mundo imerso em dor!
– Sem ti, sou rio... sem peixes...
Sou coração... sem amor...!
Marisa Vieira Olivaes/RS
 
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Foi por falta de carinho
que errei e perdi meus passos,
mas bendigo o “mau caminho”
que me levou aos teus braços...
Nádia Huguenin/RJ
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Eu queria voltar pro meu sertão
pra enfrentar outra vez a seca brava
pra de novo comer preá com fava
por a sela e montar meu alazão,
colocar minhas botas, meu gibão
campear e viver com liberdade,
desfrutar da maior felicidade
que na rua eu pelejo e não desfruto;
se eu nasci lá no mato e sou matuto
nunca irei ser feliz numa cidade!

Carlos Aires/PE
 
<<< Soneto do Dia >>>
      O PROFESSOR.
 
                 –António Barroso/PRT
 
É sacerdócio, não é profissão,
É um dar-se, a si próprio, por amor,
Com prazer de ensinar, o professor
Sempre se entrega de alma e coração.
 
A sua vontade e a sua ambição
É ultrapassar todos os escolhos
E, aos alunos, fazer abrir os olhos
P’ra vida, para o sonho e p’ra razão.
 
O professor só pensa que é mais nobre
Ensinar tanto o rico como o pobre
Com a força da fé, por si, sentida.
 
Sem nunca se cansar ou esmorecer,
Seu destino será, até morrer,
Sempre a preparar homens para a vida.

SÍNTESE DA HISTÓRIA DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO


SÍNTESE DA HISTÓRIA DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

BREVE RESENHA HISTÓRICA DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO POR QUEM PARTICIPOU E FOI TESTEMUNHA OCULAR DELA

Publicado em 15/10/2012 no blog de  Roberto Moreira

Por Cássio Borges
O Projeto da Transposição de Águas do Rio São Francisco para a Região Setentrional do Nordeste Brasileiro obedeceu, pelo menos, a cinco fases distintas até a sua elaboração definitiva, além daquela que coube ao cearense Marcos Antônio de Macedo, em 1847, visando perenizar o Rio Jaguaribe. Na década de 60, havia uma voz isolada do então deputado estadual Wilson Roriz, do Crato. Ele defendia a construção de um túnel de 242 quilômetros de extensão saindo de Lagoa Grande, em Pernambuco, até atingir Farias Brito, no Estado do Ceará. Segundo parecer do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), as tecnologias existentes à época inviabilizaram esta solução.
A segunda fase foi quando o DNOCS, na década de 70, promoveu dois seminários para discutir a questão dos recursos hídricos da região nordestina, nos quais um dos temas centrais daqueles encontros foi a viabilidade técnica, econômica, social e ambiental daquele projeto. Nesses dois eventos, a ideia de trazer água do Rio Tocantins também foi vista como uma alternativa. Naquela época, não se levava em consideração a possibilidade da utilização da energia ociosa (offpeak) da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que somente passou a ser considerada a partir de um trabalho de minha autoria publicado no Boletim Técnico do DNOCS (Fortaleza, 39(2):127 a 144, jul/dez. 1981) sob o título “Subsídios aos Estudos e Transposição de Vazões dos Rio São Francisco e Tocantins para o Nordeste”.
No “Resumo” desse trabalho, assim me expressei para caracterizar o aproveitamento “offpeak” (horário de tarifas reduzidas das 20:00 horas de um dia, até às 7:00 horas do dia seguinte) da energia produzida pela Chesf para realizar o processo de bombeamento das águas da transposição: “Em fevereiro de 1978, o DNOCS, preocupado com o problema das secas no Nordeste e, sobremodo,sensível aos problemas da escassez de água, numa visão futura, resolveu trazer a lume o velho sonho da ligação das bacias hidrográficas nordestinas, já que as técnicas neste domínio tendem a receber novos impulsos”. Sobre essas inciativas do DNOCS, a Revista Interior do Minter –Ministério do Interior, ano IV, Nº 24, mai/jun de 1978, na seção Atualidades, assim se expressou:
“Uma antiga e promissora ideia, por muitos considerada utópica, volta a repercutir entre técnicos em hidrologia de todo o País: a da transferência de águas entre bacias hidrográficas vizinhas. A possibilidade foi novamente discutida durante o Seminário de Recursos Hídricos, promovido pelo DNOCS no início deste ano, e deverá ser efetuada em profundidade a partir de 1979”.
A terceira fase da história desse importante empreendimento foi por iniciativa do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), que, em 13 de janeiro de 1981, lançou os Editais de Concorrência para a realização dos “Estudos de Pré-Viabilidade para a Transposição de Águas dos Rios São Francisco e Tocantins para a Região Semiárida do Nordeste”. Segundo os termos de referência dessa licitação, a vazão a ser transposta do Rio São Francisco era da ordem de 800 m3/s durante os quatro meses de enchentes normais desse rio, retiradas do Reservatório de Sobradinho, o que daria um volume global anual de 8,294 bilhões de m3/ ano. Posteriormente, o DNOS resolveu reduzir a vazão a ser transposta para 280 m3/s, valor este que ficou na pauta das (acirradas) discussões no período de 1983 a dezembro de 1994. Portanto, durante quase dez anos, a única crítica que os estudiosos faziam ao mesmo era quanto à exagerada vazão de 280 m3/s que seria desviada do Rio São Francisco.
A quarte fase da história desse projeto ocorreu no segundo semestre de 1994. Na sede do DNOCS, em Fortaleza, durante quatro meses, segundo foi divulgado, foi elaborado um novo “Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco”, o qual consta de 228 volumes, sendo uma das principais alterações do projeto original do DNOS a redução da vazão de 280 m3/s para 150 m3/s.Também foi eliminada a construção do Açude Aurora, que barraria o Rio Salgado, afluente principal do Rio Jaguaribe por sua margem direita, o qual teria uma acumulação de 800 milhões de m3. O Açude Castanhão (6,7 bilhões de m3) foi indicado como uma opção ao Açude Aurora, previsto pelo DNOS em substituição ao Açude Castanheiro (2 bilhões de m3), em Lavras da Mangabeira.
Em todas essas discussões, eu era uma voz isolada que defendia a adução do Rio São Francisco de uma vazão de apenas 70 m3/s, que eu dizia nos meus artigos e no livro que escrevi “ser equivalente à vazão regularizada de cinco açudes do porte do Açude Orós”. O tempo, o Senhor da Razão, mostrou que eu estava correto, conforme o leitor verá na sequência da leitura desta história.
A quinta fase da etapa evolutiva da elaboração definitiva do Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco surgiu no primeiro mandato do Presidente Lula da Silva, tendo como Ministro da Integração Nacional o ex-governador do Estado do Ceará, Ciro Ferreira Gomes, que, brilhantemente, defendeu esse projeto e enfrentou, de frente, o forte “lobby” liderado pelo Governador de Sergipe, João Alves, e pelo Senador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, que se opunham, de forma deliberada, à construção desse empreendimento, não lhes faltando os mais descabidos argumentos para justificar, perante a opinião pública, os seus posicionamentos. Graças ao seu extraordinário poder de argumentação, conhecimentos técnicos, sociais e ecológicos de nossa Região, aí incluindo o próprio Vale do Rio São Francisco, o ex-ministro Ciro Gomesconseguiu os louros de uma vitória consagradora a nível nacional, que ficou bem caracterizado no debate, que durou quatro horas e meia, promovido pelo Conselho na Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, no dia 2 de maio de 2005. Diga-se de passagem, o auditório da OAB estava lotado de opositores a esse projeto, sendo o ex-ministro, corajosamente, o único presente defensor do mesmo.
No novo projeto concebido pelo Ministério da Integração Nacional, tendo à frente o ex-ministro Ciro Gomes, o referido empreendimento passou a ter dois eixos: o Eixo Norte e o Eixo Leste, este indo até a promissora cidade de Campina Grande, no Estado da Paraíba. Além desta alteração, na concepção do novo projeto a vazão de transposição passou a ser de apenas 26,00 m3/s com a possibilidade de ser aumentada para 127,00 m3/s, quando o “Reservatório de Sobradinho estiver cheio”. O novo projeto passou a ser denominado de Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional, não se descuidando o ex-ministro de também elaborar um projeto de revitalização da bacia do Rio São Francisco.
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Nota do Blog
Antes de publicarmos este interessante depoimento do engenheiro Cássio Borges, pedimos a ele nos dar uma justificativa para o fato de este projeto da Transposição do Rio São Francisco inicialmente ter uma vazão de 800 m3/s,mas em sua versão final ser projetado para ter apenas 26,00 m3/s “com a possiblidade de ser retirada do Rio São Francisco até um máximo de 127,00 m3/s”. O referido técnico, que é especializado em recursos hídricos pelo Curso de Obras Hidráulicas da Escola Nacional de Engenharia e da Pontifícia Universidade Católica-PUC, ambas do Rio de Janeiro, nos disse que o problema é que os técnicos que lidam com esta questão da água em nossa Região e os dirigentes dos órgãos públicos responsáveis geralmente não têm a formação hidrológica suficiente para lidar com tema desta natureza. E acrescentou: poderemos ter um projeto de irrigação de um determinado açude cuja disponibilidade hídrica seja para 2.000 hectares, mas, por falta de suficiente conhecimento hidrológico dos seus projetistas, foi elaborado para 8.000 hectares. Acredite se quiser. Outro exemplo: um determinado canal pode ter sido projetado para transportar 26 m3/s quando o açude que lhe dá suporte só tem disponibilidade hídrica para, no máximo, 12 m3/s. No caso do Projeto de Integração do Rio São Francisco, o ex-ministro Ciro Gomes, diplomaticamente, para agradar a gregos e a troianos, deu uma solução salomônica para os inflamados e exacerbados debates : ele, que não é especializado em recursos hídricos, reduziu a vazão para 26,00 m3/s e, assim, atendeu aos opositores do projeto, ou, pelo menos, reduziu, substancialmente, a rejeição ao mesmo e decidiu pela construção de um canal para transportar 127,00 m3/s, “quando o Reservatório de Sobradinho estiver cheio”, que, de certa forma, também agradou àqueles que têm uma visão menos conservadora e mais temerária para a solução das questões hídricas de nossa Região. Esta foi a explicação que ouvimos do referido técnico.



Adeus, Lula


Adeus, Lula

Lula foi chamado de deus por Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém chegou a tanto na adulação
A presença constante no noticiário de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente. Dos quatros que estão vivos, somente um não tem participação política mais ativa. O ideal seria que após o mandato cada um fosse cuidar do seu legado. Também poderia fazer parte do Conselho da República, que foi criado pela Constituição de 1988, mas que foi abandonado pelos governos — e, por estranho que pareça, sem que ninguém reclamasse.

Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Continuar na arena política diminui a sua importância histórica — mesmo sabendo que alguns têm estatura bem diminuta, como José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney, ou Fernando Collor. No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Não. Ele quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário.

As reuniões nestes quase dois anos com a presidente Dilma Rousseff são, no mínimo, constrangedoras. Lula fez questão de publicizar ao máximo todos os encontros. É um claro sinal de interferência. E Dilma? Aceita passivamente o jugo do seu criador. Os últimos acontecimentos envolvendo as eleições municipais e o julgamento do mensalão reforçam a tese de que o PT criou a presidência dupla: um, fica no Palácio do Planalto para despachar o expediente e cuidar da máquina administrativa, funções que Dilma já desempenhava quando era responsável pela Casa Civil; outro, permanece em São Bernardo do Campo, onde passa os dias dedicado ao que gosta, às articulações políticas, e agindo como se ainda estivesse no pleno gozo do cargo de presidente da República.

Lula ainda não percebeu que a presença constante no cotidiano político está, rapidamente, desgastando o seu capital político. Até seus aliados já estão cansados. Deve ser duro ter de achar graça das mesmas metáforas, das piadas chulas, dos exemplos grotescos, da fala desconexa. A cada dia o seu auditório é menor. Os comícios de São Paulo, Salvador, São Bernardo e Santo André, somados, não reuniram mais que 6 mil pessoas. Foram demonstrações inequívocas de que ele não mais arrebata multidões. E, em especial, o comício de Salvador é bem ilustrativo. Foram arrebanhadas — como gado — algumas centenas de espectadores para demonstrar apoio. Ninguém estava interessado em ouvi-lo. A indiferença era evidente. Os “militantes” estavam com fome, queriam comer o lanche que ganharam e receber os 25 reais de remuneração para assistir o ato — uma espécie de bolsa-comício, mais uma criação do PT. Foi patético.

O ex-presidente deveria parar de usar a coação para impor a sua vontade. É feio. Não faça isso. Veja que não pegou bem coagir: 1. Cinco partidos para assinar uma nota defendendo-o das acusações de Marcos Valério; 2. A presidente para que fizesse uma nota oficial somente para defendê-lo de um simples artigo de jornal; 3. Ministros do STF antes do início do julgamento do mensalão. Só porque os nomeou? O senhor não sabe que quem os nomeou não foi o senhor, mas o presidente da República? O senhor já leu a Constituição?

O ex-presidente não quer admitir que seu tempo já passou. Não reconhece que, como tudo na vida, o encanto acabou. O cansaço é geral. O que ele fala, não mais se realiza. Perdeu os poderes que acreditava serem mágicos e não produto de uma sociedade despolitizada, invertebrada e de um fugaz crescimento econômico. Claro que, para uma pessoa como Lula, com um ego inflado durante décadas por pretensos intelectuais, que o transformaram no primeiro em tudo (primeiro autêntico líder operário, líder do primeiro partido de trabalhadores etc, etc), não deve ser nada fácil cair na real. Mas, como diria um velho locutor esportivo, “não adianta chorar”. Agora suas palavras são recebidas com desdém e um sorriso irônico.

Lula foi, recentemente, chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente. E ele deve adorar, não? Reforça o desprezo que sempre nutriu pela política. Pois, se é deus, para que fazer política? Neste caso, com o perdão da ousadia, se ele é deus não poderia saber das frequentes reuniões, no quarto andar do Palácio do Planalto, entre José Dirceu e Marcos Valério?

Mas, falando sério, o tempo urge, ex-presidente. Note: “ex-presidente”. Dê um tempo. Volte para São Bernardo e cumpra o que tinha prometido fazer e não fez. Lembra? O senhor disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos. Faça isso. Deixe de se meter em questões que não são afeitas a um ex-presidente. Dê um bom exemplo. Pense em cuidar do seu legado, que, infelizmente para o senhor, deverá ficar maculado para sempre pelo mensalão. E lá, do alto do seu apartamento de cobertura, na Avenida Prestes Maia, poderá observar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde sua história teve início. E, se o senhor me permitir um conselho, comece a fazer um balanço sincero da sua vida política. Esqueça os bajuladores. Coloque de lado a empáfia, a soberba. Pense em um encontro com a verdade. Fará bem ao senhor e ao Brasil.

MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade de São Carlos, em São Paulo

COMO INICIAR UM DISCURSO INTELIGENTE.


COMO INICIAR UM DISCURSO INTELIGENTE.

Um exemplo de oratória e habilidade política, ocorrido recentemente na ONU, fez sorrir toda a comunidade mundial ali presente.
Falava o representante de Israel na ONU:

- "Antes de começar o meu discurso, quero contar-lhes algo inédito sobre Moisés.
... (todos ficaram muito curiosos)
...Quando Moisés golpeou a rocha com seu cajado e dela saiu água, pensou imediatamente":
“Que boa oportunidade para tomar um banho!”.
Tirou a roupa, deixou-a junto da pedra e entrou n´água. Quando acabou de banhar-se e quis vestir-se, sua roupa tinha sumido! Os palestinos haviam-na roubado!!!"
Um representante da Palestina de pronto levantou-se furioso e bradou:
- "Que mentira boba e descabida! ...Nem havia palestinos naquela época!!!"

O representante de Israel então sorriu e afirmou:

- "Muito bem... Então, agora que ficou bem claro quem chegou primeiro a este território e quem foram os invasores!"
"Posso enfim começar o meu discurso..."

Se um discurso semelhante
fosse aplicado ao Brasil,
seria mais ou menos assim:
Em 1.979, os Governos Militares,
depois de salvar o Brasil do comunismo,
e prepará-lo para um futuro brilhante,
com uma grande infra-estrutura governamental,
resolveram iniciar a abertura política
e se retirar totalmente da área política,
preparando inclusive uma Lei da Anistia,
para perdoar até mesmo aos traidores da Pátria, entre eles muitos assassinos, sequestradores e assaltantes.
Mas o PT roubou toda a minuta
desses documentos!!!
Aí, com certeza, uma voz
de um petista, raivosa, diria:
MAS EM 1.979 O PT NEM EXISTIA!!!!
Então podemos afirmar com absoluta certeza
de que o PT nada fez
para a Democratização e Abertura Política do País,
nem para seu desenvolvimento,
muito pelo contrário:
CONDENOU-O AO ATRASO,
À IGNORÂNCIA E À DESONESTIDADE
ENTRE SEUS PARES EM TODO O MUNDO!
Euro Brasílico Vieira Magalhães


APRENDER A LER E LER PARA APRENDER Genuíno Sales


APRENDER A LER E LER PARA APRENDER
Genuíno Sales

O aprendizado da leitura constitui fator da maior importância para construção da pessoa como cidadão. Quando ensinamos uma pessoa a ler, indicamos-lhe o caminho mais próximo para libertação.
Houve época em que a meta da educação básica era “o aprender a ler”; agora a ênfase é dada “ no ler para aprender “. É sabido que aprender é um gesto unilateral de vontade do aprendiz. É por meio da leitura que o educando adquire conhecimentos de todas as matérias. É importante que a leitura seja bem orientada para que o leitor alcance o sentido de suas principais funções relacionadas com o cognitivo, o afetivo e com o estético.
Os antigos afirmavam que mais valia ser corrido do que ser lido. Hoje temos a consciência de que as duas qualidades são importantes .Recebemos a lição do turismo que é modernamente contemplativo e conceptivo.
A aquisição de conhecimentos científicos e de informações variadas, a respeito de todos os fatos relacionados com a vida, contribui para o desenvolvimento da inteligência do ser humano na sociedade em que vive. É a função  social da leitura que engrandece o homem como ser eminentemente comunicativo. O desenvolvimento material e social de um povo depende dos hábitos de leitura por ele praticados.
O hábito da leitura enseja diferenças marcantes que devem ser consideradas. As pessoas que não lêem tendem a ser rígidas em suas idéias e ações e a conduzir suas vidas e trabalho pelo que se lhes transmite diretamente. A pessoa que lê abre o seu mundo, pode receber informações e conhecimentos de outras pessoas de qualquer parte.
É indispensável que o leitor tenha a consciência de que ler não é apenas um procedimento técnico para decodificação das palavras. A leitura é um procedimento lingüístico que se serve da língua como instrumento de realização do pensamento e das idéias. A leitura é, portanto, um meio de garantir o significado para compreensão dos conteúdos lidos. Compreender a leitura é alcançar a relação constante entre o significante e o significado.
Na escola, o ensino da leitura deve ser orientado no sentido de que por meio dela o educando descobrirá que a cultura vive no silêncio das páginas dos livros que representam a garantia de que a leitura jamais será substituída totalmente pela imagem, pela palavra gravada e pelo acúmulo mecânico de informação. O livro será insubstituível na criação intelectual do homem. Castro Alves tinha razão quando afirmou:
“ Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros à mão cheia,
                                                                     É manda o ovo pensar! /  O livro caindo na alma                                                                                                                                   É gérmen, que faz a palma /  É chuva que faz o mar”.

A LUA É VIRGEM Vicente Alencar

A LUA É VIRGEM
Vicente Alencar
(Da Academia Fortalezense de Letras)

Já dizia meu bisavô que se não fossem os bestas não existiam os sabidos. Afirmação correta, insofismável, para este ano de 2012, último trimestre. A propaganda e a publicidade, quando exageradas, geram verdadeiros monstros, que são multiplicados, irresponsavelmente, por uma parte do que hoje se chama mídia. Principalmente, através de voluntariosas e importantes redes de TV que, para muita gente se constitui no Deus atual. Se a TV disse: é Deus quem está falando, através da voz do apresentador e da telinha. Muitos absurdos já foram vistos, registrados e confirmados.  
Alguns pseudos fatos que apareceram na TV mostraram, tempos depois, que se tratavam de enganos. E, não adianta depois desmentir, pois, a grandeza como o fato – mesmo inoportuno – convence totalmente, a quem viu e ouviu e não se interessa, mesmo, pelo desmentido. 
Estou escrevendo assim, observando o artigo do psicanalista Luís Olímpio Ferraz Melo que, por sinal, não conheço pessoalmente, nunca o vi, mas, acompanho seus escritos no DN, aqui de Fortaleza. 
Em um artigo objetivo e bem concatenado ele intitulou “A fraude na História”, o seu escrito. E, sem querer nos dar o poder de convencimento, assim o faz. Há alguns anos em 1969, os EUA bradava ao mundo e transmitia através do rádio e da TV, àquela época bem adiantada em seu país, com o apoio dos países ou nações amigas, como queiram, que o homem tinha chegado à Lua. 
Exatamente, o dia 20 de julho de 1969. E, pelo menos, 90 por cento dos viventes no Globo acreditaram. Mas, São Tomé existiu e, ainda hoje, é tido e havido como um homem inteligente e que  chegou a desconfiar de Jesus Cristo. Mas esta é outra história... embora sirva de ajuda para o que estamos comentando. 
O psicanalista-articulista nos faz – leitores – uma indagação inteligente e convincente: por que os EUA nunca mais foram à Lua? Se descobriram as crateras lunares, se fincaram sua bandeira por lá, qual a razão da segunda viagem nunca ter sido feita? E observem, já se passaram, desde aquele 20 de julho de 1969, nada menos que 43 anos.
Pelo andar da carruagem, como aquele país se intitula um dos maiores do mundo ou, o maior de todos, o que fizeram nestes 43 anos e alguns meses? Por certo que os estudos evoluíram, como também, aqueles que informam que o homem chegará a Marte. O fato foi cientifico? Existem estudos científicos a respeito? Ou tivemos apenas um fato (?) se é que existiu de fato. 
Na minha ótica a Lua continua virgem. Ninguém colocou os pés sobre o seu território. Não houve nenhum pequeno passo para ser grande na história. A cada dia observa-se, mais e melhor, que tudo não passou de uma produção notável de Hollywood, com suas fotomontagens e suas histórias mirabolantes. 
Quem provará, de fato, se o homem pisou na Lua? Fica o mistério. Seria a hora de uma nova expedição ir até lá, enviar fotos coloridas para o mundo de hoje, tão diferente daquele de quatro décadas anteriores. Vamos ao desafio. Vamos esperar que os estadunidenses realizem uma nova excursão. Somente o futuro nos responderá. 
Da mesma maneira que o futuro, agora passado, nos respondeu que não existiu o famoso “Diário de Hitler”. Ele foi desmascarado em 1983. Tudo não passou de uma fraude. O “Diário de Hitler”, assim como a chegada do homem à Lua foram notícias “plantadas”, ilusionariamente bem divulgadas. Sim, a Lua continua virgem!   

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MENSAGENS POÉTICAS 24/10/2012


<<< Uma Trova de Ademar >>>
Mesmo que a paixão desabe
disto eu não sentirei medo,
o mundo inteiro já sabe
que eu sempre amei em segredo!
–Ademar Macedo/RN–
 
<<< Uma Trova Nacional >>>
Este Amor que nos cativa
e que nossa alma acalenta,
é, por vezes, chaga viva
que muito dói, mas contenta.
Clarisse Sanches/PRT
 
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Lindo horizonte desponta
nos meus sonhos de menino,
mas só Deus sabe dar conta
da saga do meu destino.
Zé de Sousa/RN
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
2007 > Ribeirão Preto/SP
Tema > LIVRO > 1º Lugar.
Seria a paz mais presente
e o porvir menos incerto
se na mão do adolescente
sempre houvesse um livro aberto!
Rita Mourão/SP
 
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Amor... Amor que eu conheço
pode ser uma obsessão,
mas persiste a qualquer preço,
nunca sai do coração.
Lívio Barreto/CE
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Alternâncias de alegria
e de tristeza é a meta,
de um coração remendado
por sonhos que o tempo veta.
e o riso com pouco encanto,
esconde as veias de pranto
no coração de um poeta.
Lima Júnior/PE
<<< Soneto do Dia >>>
 ORAÇÃO DE POETA.
 
                         –Miguel Russowsky/SC
 
– Que me darás, Senhor, pela jornada
de dores, privações e misereres?
– Eu te darei a noite salpicada
de estrelas e silêncio. Que mais queres?
 – E para a solidão da madrugada?
– Já fiz o mundo cheio de mulheres.
procura e encontrarás a tua amada.
Faz os mais lindos versos que puderes.
 – Mas como irei, Senhor, reconhecê-la?
– Há no céu, entre todas, uma estrela
que apenas tu verás. Que mais perguntas?
 – E este frio e esta angústia que ora sinto?
– quando ela penetrar em teu recinto
a primavera e a paz hão de vir juntas.