A MORTE E O TEMPO
Quando bater na tua porta (bater
bem forte!) a velha morte traiçoeira,
Cumprindo sua missão de ceifadeira
Nessa espinhosa messe do viver;
Atônito, verás o mal colher
Um fruto bom! A doce companheira;
Tua alma-irmã na lida e na canseira.
Deixando só saudade e padecer...
Hás de encontrar arrimo, lá na frente,
No tempo que passa, indolentemente;
Uma contradição mostrando, embora!
É que enquanto ele passa e, às vezes, traz
No esquecimento alívio, alguma paz...
DA NOSSA MORTE VEM MARCANDO A HORA!
São Paulo, 11 de março de 2020
PAULO Fernando Torres VERAS
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