Esta semana, muitos recordaram a I Grande Guerra, a propósito do 9 de Abril, Batalha de La Lyz. Também se evocou o Cristo das Trincheiras…Porém, prezado Amigo, o Mosteiro da Batalha merece-me um interesse muito especial ainda por outros motivos:
1 – Aí repousa D. João I, que, quando era apenas Mestre de Avis, num momento de crise muito grave, entrou no palácio onde se acoitava a corte, devoradora descarada dos valores de Portugal, e eliminou o Conde Andeiro. Deste modo, começou a libertar a Pátria dos que punham em risco a nossa independência.
Que bom seria que D. João I ressuscitasse imediatamente e entrasse nas cortes atuais e eliminasse todos os andeiros que ali se repimpam em regalias escandalosas à custa da miséria do nosso povo…
2 – Aí jaz D. João II, cujo lema era PELA LEI E PELA GREI. Esta deveria ser a divisa praticada por todos os governantes. Governar é servir o povo, é sacrificar-se pela Nação. Mas o que vemos e sentimos? A Nação a ser sacrificada, a ser empobrecida pelos abusos desumanos dos que nos têm desgovernado há muitas décadas…
A LEI é uma ordem em conformidade com o bem comum. A antítese da LEI é tudo quanto for contra o bem comum. Ora o que vemos nós? Ordens e mais ordens contra o bem comum, para favorecer os senhores do poder. Faltam-nos leis verdadeiras, porque não tem havido legisladores com autoridade, mas com autoritarismo, visto não se desprenderem do seu egoísmo para legislar a favor da GREI.
Governantes que não dão exemplo ao povo, comungando dos sacrifícios do povo, não têm direito a gerir a Nação, nem a viver nesta Nação, nem em nenhuma parte do mundo.
Que bom seria que D. João II ressuscitasse imediatamente e limpasse as cortes atuais de todos os maus legisladores que sugam a GREI, porque não redigem a LEI em conformidade com o bem comum, mas atendendo apenas aos seus escandalosos benefícios.
3 – Aí está sepultada a ÍNCLITA GERAÇÃO, que teve na mãe e no pai a escola do exemplo, com que aprenderam valores mais altos e, assim, engrandeceram a Pátria e deram novos mundo ao mundo.
4 – Aí imortaliza-se D. Duarte, o rei culto e dos consensos, que, num breve reinado de 5 anos, reuniu 5 vezes as cortes, para que, ouvindo os representantes da Nação, governasse na defesa dos interesses de todos.
5 – Aí honra-se o Soldado Desconhecido, recordando a Grande Guerra de 1914-1918, onde também os portugueses, sofreram dias horríveis em trincheiras de miséria e de morte, acabando muitos por sucumbir sob a crueldade de combates sanguinários, nascidos sempre de abutres insaciáveis, que se refastelam em tronos de egoísmo feroz, procurando dominar o mundo à custa de soldados e populações inocentes.
6 – Aí patenteia-se a arte de pedreiros livres e não de maçónicos. A maçonaria ainda não tinha sido fundada.
São de aplaudir os pedreiros livres que nos deixaram na pedra admiráveis obras de arte. São de evitar quase todos os maçónicos, porque estes se fecham em clubes privilegiados, promovendo apenas os interesses dos associados.
Felicitam-se os pedreiros livres do Mosteiro da Batalha, porque a liberdade criativa deles eterniza-se na sua obra.
Mosteiro da Batalha exibe o que de mais artístico se há produzido em Portugal. Talvez seja o monumento onde o gótico atingiu o apogeu, nas suas mais diversas variantes, dado que a sua construção se prolongou ao longo de muitos reinados. Aí encontram-se responsáveis acolhedores e compreensivos, que facilitam o aprofundamento dos estudos a quem, movido por verdadeiros intuitos culturais, visita este monumento inigualável, cheio de muitas memórias e iniciado no reinado do REI DE BOA MEMÓRIA.
O Mosteiro da Batalha recorda como se venceu uma crise e, depois, se ampliou a Pátria.
Um grande abraço e votos daquela paz que se tinge de alegria, tornando a vida cada vez mais bela.
Elias Moreira
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