Educação
Concordamos que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de constituir um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações entendam, em primeiro lugar, que a educação não constitui um gasto, mas um investimento. Em segundo lugar, este é um investimento de médio e longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado Democrático, para além das divergências partidárias das forças políticas que momentaneamente ocupam os papéis de governo e oposição, ou seja, a educação não deve ser um programa de Governo, mas de Estado. Ademais, deve-se buscar a articulação dos diversos atores sociais, somando esforços de governos, setores empresariais e trabalhistas e da sociedade em geral. Há uma evidente correlação entre os níveis educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o desenvolvi mento dos países. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Daí a necessidade da educação ao longo de toda a vida. Desta forma, o desenvolvimento passa a ser orientado a uma finalidade: o bem-estar humano. No Brasil, por exemplo, há um grande consenso em prol da educação quando se analisam os discursos das mais diversas lideranças políticas. A sociedade requer que os desafios colocados na educação sejam enfrentados com mais disposição, com ética, com melhor qualidade e com mais recursos financeiros. Resta, pois, o passo mais difícil - transformar a retórica em ações concretas e priorizar os investimentos na educação, nas múltiplas dimensões do acesso, da equidade e da qualidade. Este será o caminho do desenvolvimento democrático e equilibrado, com distribuição de renda.
Gonzaga Mota
Prof. aposentado da UFC
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