Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

segunda-feira, 21 de março de 2022

A Bela Música Brasileira - Gonzaga Mota Prof. aposentado da UFC

 



A Bela Música Brasileira

 

Muitos são os bons compositores brasileiros cuja importância ultrapassa os limites da música popular. Alguns, porém, revelam-se de tal maneira talentosos que se incluem na galeria dos nossos grandes poetas, pela indiscutível qualidade literária dos versos que escreveram. Fica difícil para qualquer brasileiro apontar os melhores compositores e também as melhores composições, sem correr o alto risco de cometer injustiças. Na realidade, são muitos os músicos e letristas que com suas canções enchem as nossas vidas de amor e de alegria. Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Mário Lago, Orestes Barbosa, Ataulfo Alves, Ary Barroso, mais ainda Chico Buarque, Edu lobo, Tim Maia, Roberto Carlos, Vinícius, Tom, Erasmo, Gonzaguinha, tantos, tantos, tantos... Com certeza fico constrangido quando me perguntam os três nomes de minha preferência e digo: Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues e Paulinho da Viola. Peço desculpas a todos os outros. Se há uma manifestação valorosa neste querido país, é a música brasileira. Não citei Pixinguinha, mas sei que “Carinhoso” é um clássico da música mundial. Não destaquei Cartola, cruel engano, pois “as rosas não falam simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti”. Não citei Dorival Caymmi, uma vez que ficaria com saudades da Bahia. Esqueci o Lua, lamentável, já que sua "Asa Branca" é o hino do nosso Nordeste. Não escolhi Orestes Barbosa, companheiro de Silvio Caldas com quem assinou algumas das mais belas páginas do cancioneiro nacional. "Tu pisavas nos astros distraída", em Chão de Estrelas; segundo Manuel Bandeira, uma das mais altas criações da poesia em língua portuguesa. De Noel, Lupicínio e Paulinho lembro-me, dentre outras, de meu “Último Desejo”, de “Nunca” pensar em “Vingança” e ter “Argumento” para imaginar que "Foi um Rio que passou em Minha Vida". Sinceramente, não entendi até hoje porque as grandes e os grandes poetas, do passado e do presente, adeptos da música, não tiveram e não têm a oportunidade de ingressar na ABL. P.S. Lembro “Canção de Amor”, belíssima composição do cearense Elano de Paula e do Chocolate, interpretada pela divina Elizeth Cardoso.

     

Gonzaga Mota

Prof. aposentado da UFC

luizgmota@yahoo.com.br


Nenhum comentário: