Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Sereia de US$ 1 milhão Geraldo Duarte*

Sereia de US$ 1 milhão

Geraldo Duarte*

Um milhão de dólares americanos, quase quatro milhões de reais, a quem se habilitar. Quer melhor em superação de crise? Vamos ao “como” ganhar.

No nascer da navegação, já os marujos noticiavam visões imaginárias e míticas de entes e monstros marinhos. A tradição vocalizada da realidade desses seres viajava pelos mares e portos.

Os babilônicos, em 2000 a.C, idolatravam o deus Ea, representação hibrida de homem e peixe.

Homero (século XVII a.C.), na Odisséia, narra que Odisseu tamponou com cera os ouvidos dos marinheiros e amarrou-se no mastro do navio, para ouvir o cântico das sereias, sem poder delas se aproximar. O poeta, no poema, as referia mulheres dos grandes dragões marinos.

Na mitologia grega, eram filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore e habitavam entre a ilha de Capri e a costa da Itália.

No século I, Caio Plínio Segundo, mais conhecido por Plínio, o Velho (23-79), dedicou literatura sobre as nereidas, ninfas viventes e adoradas dos oceanos.

Lenda da ilha de Guam conta que a mãe de inda jovem amaldiçoou-a a virar peixe. Por intervenção da avó, só a metade do mal ocorreu, a moça tornou-se protetora dos navegantes e tratada por sirene, espécie de sereia.

O “peixe-mulher”, da Guiné, descrito com “cara de besta feia e disforme” e “corpo de mulher” é mito tradicional dos marítimos.

Aborígenes australianos, além de crerem existentes, afirmavam belos e hipnóticos seus cantos.

Cristovão Colombo (1451-1506), navegador italiano, no Haiti em 1493, garantiu ter visto sereias e destacou três formas femininas deparadas nas Caraíbas. E relatou: “Elas não eram tão bonitas como pareciam ser nas pinturas, embora até certo ponto, tinham uma aparência humana na cara.”.

Ulisse Aldrovandi ou Aldrovandus (1522-1605), naturalista italiano, em tomos de história, destinou privilegiado espaço às sereias.

O aventureiro mercante Sir Richard Whitburne (1561-1635), ao descobrir a Terra Nova, em 1610, registrou a visão de uma. E, novamente em 1620, na beira da baia de St. John, outra. Descreveu-a de bonito rosto, “com listras azuis no lugar do cabelo” e cauda “como uma flecha de farpas largas”.

Os documentários “Sereias – A maior evidência de sua existência” e “As Sereias – A nova evidência”, divulgados no Discovery Channel e Animal Planet, exibindo cenas e sons de humanóides aquáticos, feitas por cientistas nos estudos em águas profundas, trazem discussões relativas à temática.

“... uma imagem extremamente convincente da existência das sereias, aparência que têm e por que permaneceram ocultas... até agora.” – registra o primeiro canal.

Há sereiologistas asseverando as evoluções a partir da árvore genealógica humana primitiva.

Submetido o assunto à Administração Nacional dos Oceanos e Atmosfera (NOAA), em face dos vídeos mostrados no site do Serviço Nacional Oceanográfico (NOS), houve negativa quanto à existência de sereias.

Ao pensar dos órgãos, as “lendárias criaturas fazem parte da cultura marinha oral desde tempos imemoráveis”, sendo “questão para historiadores, filósofos e antropológicos”.

Ah! Voltemos ao início do artigo, oferecendo dica aos ledores interessados a embolsar a grana.

Na cidade costeira israelense Kiryat Yam, várias pessoas informaram avistar a “mulher-peixe” no mar, atraindo curiosos.

A emissora TV Sky News divulga e o jornal Israel Nation News, edição de 5/6/2013, publica: “a cidade de Kiryat Yam está oferecendo um prêmio de um milhão de dólares para quem conseguir obter uma imagem da sereia.”.

Ninguém recebeu o desejado prêmio, portanto...



                                    Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

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