Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

MARTELANDO São Paulo, 22 de janeiro de 2021 PAULO Fernando Torres VERAS

 

MARTELANDO

 

Bem cedo acordei

da rede pulando

já fui matutando:

É fato ou sonhei?!

Eu só sei que sei

e trago ainda quente

brilhando na mente

essa longa estória

que vou de memória

martelando urgente.

 

Eu quase me esqueço

dessa tradição:

Pedir proteção

antes do começo;

sei que não mereço

mas Deus me ilumine

suplico me afine

o verso e a viola

e lá na cachola

meu Cordel vacine.

 

 

 

 

 

 

 

Eu tava num bar

tomando garapa

no bairro da Lapa

ou noutro lugar...

Não sei precisar

se em março ou abril

que um ‘cupim’ surgiu

do tipo Oriental

espalhando o mal

por todo o Brasil.

 

TVs e jornais

pelo mundo inteiro

divulgam ligeiro

notícias fatais

falsas ou reais

mas, sempre ruis!!!

De pronto estopins

vão logo acendendo

e a todos dizendo:

Eis o fim dos fins!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Safado e ladrão

vê-se em toda parte...

No Brasil essa arte

é de estimação!

Político, então,

ratazana e cobra

aqui tem de sobra

roubando a miúde

da Escola à Saúde

e em tudo que é Obra.

 

Governos de Estado

mais Municipais,

famintos chacais,

no vírus malvado

viram um ‘achado’:

Nas compras de urgência

não tem concorrência.

Caixa dois se faz!

Morre um, põe lá mais

citando a ‘ciência’.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pra Ideologia

que nunca perdoa

quando alguém destoa

da sua magia;

que tudo desvia

pro lado sinistro;

e junta o anticristo

no mesmo Partido,

‘País dividido’

é sempre bem-visto!

 

E tome pendenga

na justiça cega

que topa e escorrega

nessa lenga-lenga.

Com mentira e arenga,

no grito e ameaça

tomaram a praça

do povo infeliz;

lançando o País

na crise e desgraça.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No meio do sonho

que aqui vai narrado

eu tinha encontrado

um gênio risonho.

Cantador medonho

no Palácio ou feira,

sem eira nem beira,

sua viola trina.

Mostra a Cloroquina

que traz na algibeira.

 

Viola afinada,

cachete na mão,

enche o matulão  

com água filtrada.

Subindo a calçada

da Delegacia

mijou na bacia...

Serra do Teixeira

mandou Zé Limeira

e o povo aplaudia!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eis que se aproxima

o bom Zé Camundo (*)    

que é largo e profundo;

gozando de estima

não por fazer rima,

pois não é poeta.

Mas, sim, um profeta

de imensa valia

e ali pronuncia

com garbo a sua meta.

(*) Protagonista do meu Cordel

“UM HEROI VERDADEIRO CONTRA

EXCELÊNCIAS MENTIROSAS”.

Os dois personagens

da Mitologia

que o povo aprecia

por suas vantagens

fizeram viagens

por todo o universo!

Um fazendo verso

já o outro lutando,

prendendo ou matando

bandido perverso.

 

 

 

 

 

 

 

Camundo convida

então Zé Limeira:

Façamos fileira

pra logo em seguida

tomar a Avenida,

que jaz no abandono,

devolvendo ao dono.

E cada ladrão

meter na prisão,

que é seu justo ‘trono’.

 

Dormi, acordei

dormindo de novo

sonhava que o povo

entronara um rei:

Certo Zé Sarney

lá no Maranhão.

- Arre égua, essa não!

Gritou Zé Dirceu.

Esse trono é meu

Vai ter confusão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Lula ressurge.

Berra: Companheiro,

eu tasquei primeiro!

Nesse ruge-ruge

a Dilma se insurge.

Temer concilia

diz que sê-lo-ia

seu Vice se for.

Mas, logo o trator

do Ciro explodia!

 

É guerra em Sobral...

Mal fala o Congresso.

Já o Supremo imerso

na zorra total

faz Lei Federal...

Juiz agressivo

cala o Executivo.

O povo é trancado,

sem pão, mascarado...

De um vírus cativo!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

País que sustenta

time tão maldito

mil pragas do Egito

um nada acrescenta.

Deitado aguenta

porrada e sangria,

qualquer putaria

aceita e adormece;

até já se esquece

da fome e agonia.

 

A imprensa amestrada

faz mais confusão

mantendo o povão

sem saber de nada;

a boca amarrada

olho arregalado

e ouvido colado.

Incapaz de crítica,

só espera a política

trazer resultado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Poder domina

e o povo domado

só espera coitado

que chegue a Vacina!

Ninguém sabe ainda

se já foi testada

porém a abestada

dessa pobre gente

da morte temente

quer ser vacinada.

 

Na infame cobiça

internacional

alastra-se o mal

qual verme em carniça;

o comércio atiça

no mercado a intriga...

Ganha mais na briga

quem chegar ligeiro

vendendo primeiro

a tal ‘cura amiga’.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agora, leitor amigo,

meu Cordel apressa o passo...

Para vencer o cansaço,

vamos lutar lado a lado.

Se o povo for despertado

todos teremos bonança!

Fé em Cristo e confiança,

da Catedral ao Terreiro,

pois do povo brasileiro

a profissão é a esperança!

 

A política do cão

os olhos do povo arranca

para “dar” bengala branca

quando é tempo de eleição...

Mas, não só nesta Nação,

também no plano global

a desordem infernal

clama por um julgamento

que virá no seu momento

com o Juízo Final.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto Jesus não vem

Na Sua segunda vinda,

apressemo-nos que ainda

podemos fazer o bem!

Partilhando o que se tem,

mostrando aos Céus gratidão...

Povos vivendo a união

co’a Mãe Terra em harmonia!

Quem sabe, da Pandemia

POSSAMOS COLHER LIÇÃO.

 

 

São Paulo, 22 de janeiro de 2021

PAULO Fernando Torres VERAS

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