MARTELANDO
Bem cedo acordei
da rede pulando
já fui matutando:
É fato ou sonhei?!
Eu só sei que sei
e trago ainda quente
brilhando na mente
essa longa estória
que vou de memória
martelando urgente.
Eu quase me esqueço
dessa tradição:
Pedir proteção
antes do começo;
sei que não mereço
mas Deus me ilumine
suplico me afine
o verso e a viola
e lá na cachola
meu Cordel vacine.
Eu tava num bar
tomando garapa
no bairro da Lapa
ou noutro lugar...
Não sei precisar
se em março ou abril
que um ‘cupim’ surgiu
do tipo Oriental
espalhando o mal
por todo o Brasil.
TVs e jornais
pelo mundo inteiro
divulgam ligeiro
notícias fatais
falsas ou reais
mas, sempre ruis!!!
De pronto estopins
vão logo acendendo
e a todos dizendo:
Eis o fim dos fins!
Safado e ladrão
vê-se em toda parte...
No Brasil essa arte
é de estimação!
Político, então,
ratazana e cobra
aqui tem de sobra
roubando a miúde
da Escola à Saúde
e em tudo que é Obra.
Governos de Estado
mais Municipais,
famintos chacais,
no vírus malvado
viram um ‘achado’:
Nas compras de urgência
não tem concorrência.
Caixa dois se faz!
Morre um, põe lá mais
citando a ‘ciência’.
Pra Ideologia
que nunca perdoa
quando alguém destoa
da sua magia;
que tudo desvia
pro lado sinistro;
e junta o anticristo
no mesmo Partido,
‘País dividido’
é sempre bem-visto!
E tome pendenga
na justiça cega
que topa e escorrega
nessa lenga-lenga.
Com mentira e arenga,
no grito e ameaça
tomaram a praça
do povo infeliz;
lançando o País
na crise e desgraça.
No meio do sonho
que aqui vai narrado
eu tinha encontrado
um gênio risonho.
Cantador medonho
no Palácio ou feira,
sem eira nem beira,
sua viola trina.
Mostra a Cloroquina
que traz na algibeira.
Viola afinada,
cachete na mão,
enche o matulão
com água filtrada.
Subindo a calçada
da Delegacia
mijou na bacia...
Serra do Teixeira
mandou Zé Limeira
e o povo aplaudia!
Eis que se aproxima
o bom Zé Camundo (*)
que é largo e profundo;
gozando de estima
não por fazer rima,
pois não é poeta.
Mas, sim, um profeta
de imensa valia
e ali pronuncia
com garbo a sua meta.
(*)
Protagonista do meu Cordel
“UM HEROI VERDADEIRO CONTRA
EXCELÊNCIAS MENTIROSAS”.
Os dois personagens
da Mitologia
que o povo aprecia
por suas vantagens
fizeram viagens
por todo o universo!
Um fazendo verso
já o outro lutando,
prendendo ou matando
bandido perverso.
Camundo convida
então Zé Limeira:
Façamos fileira
pra logo em seguida
tomar a Avenida,
que jaz no abandono,
devolvendo ao dono.
E cada ladrão
meter na prisão,
que é seu justo ‘trono’.
Dormi, acordei
dormindo de novo
sonhava que o povo
entronara um rei:
Certo Zé Sarney
lá no Maranhão.
- Arre égua, essa não!
Gritou Zé Dirceu.
Esse trono é meu
Vai ter confusão.
O Lula ressurge.
Berra: Companheiro,
eu tasquei primeiro!
Nesse ruge-ruge
a Dilma se insurge.
Temer concilia
diz que sê-lo-ia
seu Vice se for.
Mas, logo o trator
do Ciro explodia!
É guerra em Sobral...
Mal fala o Congresso.
Já o Supremo imerso
na zorra total
faz Lei Federal...
Juiz agressivo
cala o Executivo.
O povo é trancado,
sem pão, mascarado...
De um vírus cativo!
País que sustenta
time tão maldito
mil pragas do Egito
um nada acrescenta.
Deitado aguenta
porrada e sangria,
qualquer putaria
aceita e adormece;
até já se esquece
da fome e agonia.
A imprensa amestrada
faz mais confusão
mantendo o povão
sem saber de nada;
a boca amarrada
olho arregalado
e ouvido colado.
Incapaz de crítica,
só espera a política
trazer resultado.
O Poder domina
e o povo domado
só espera coitado
que chegue a Vacina!
Ninguém sabe ainda
se já foi testada
porém a abestada
dessa pobre gente
da morte temente
quer ser vacinada.
Na infame cobiça
internacional
alastra-se o mal
qual verme em carniça;
o comércio atiça
no mercado a intriga...
Ganha mais na briga
quem chegar ligeiro
vendendo primeiro
a tal ‘cura amiga’.
Agora, leitor amigo,
meu Cordel apressa o passo...
Para vencer o cansaço,
vamos lutar lado a lado.
Se o povo for despertado
todos teremos bonança!
Fé em Cristo e confiança,
da Catedral ao Terreiro,
pois do povo brasileiro
a profissão é a esperança!
A política do cão
os olhos do povo arranca
para “dar” bengala branca
quando é tempo de eleição...
Mas, não só nesta Nação,
também no plano global
a desordem infernal
clama por um julgamento
que virá no seu momento
com o Juízo Final.
Enquanto Jesus não vem
Na Sua segunda vinda,
apressemo-nos que ainda
podemos fazer o bem!
Partilhando o que se tem,
mostrando aos Céus gratidão...
Povos vivendo a união
co’a Mãe Terra em harmonia!
Quem sabe, da Pandemia
POSSAMOS COLHER LIÇÃO.
São Paulo, 22 de janeiro de 2021
PAULO Fernando Torres VERAS
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