Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

segunda-feira, 23 de julho de 2018

ROTA DO SOL SEMANAL 20/07/2018


Amigo leitor, aí está a nossa edição "Rota do Sol". Contamos como sempre com sua ajuda e sugestões.
Um abraço
José Carlos
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COMEMORAÇÃO DOS 60 ANOS UBE RJ UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES RJ IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENCONTRO DAS AMÉRICAS UBE RJ 2018

COMEMORAÇÃO DOS 60 ANOS UBE RJ
UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES RJ
IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL
ENCONTRO DAS AMÉRICAS UBE RJ 2018
SNA - 8, 9 e 10 de agosto, na SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA
Av. General Justo,171, 2º andar, Auditório, Centro,Praça XV,  Rio de Janeiro/ RJ
Das 9:00 às 19:00


PROGRAMAÇÃO

QUARTA-FEIRA - DIA 8/ 8 / 2018 - MANHÃ
9:00 INSCRIÇÕES - IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENCONTRO DAS AMÉRICAS UBE RJ 2018  
SECRETARIA - CREDENCIAMENTO 
Lydia Simonato, Nina Fernandes, Edilde Cândido, Angela Carrocino, Silvio Ribeiro de Castro, Chaja Finkelzstain, Zilda Pires, Renata Barcellos, Cristina Peribanez, Dalva Fraulich, Eliana Calixto, Fátima Almeida, Rosa Melleu. 
Inscrições com:
Exposição de Fotografia - apoio Alcina Moraes, Ana Maria Tourinho e Fátima Almeida
Exposição de Fotopoemas - apoio Lydia Simonato, Eliana Calixto e Juçara Valverde
Exposição de Artes Plásticas - apoio Dalva Fraulich, Silvia Souza e Rosa Melleu
Exposição de Poemas - Varal Poético - apoio Marcia Barroca, Angela Carrocino e Edilde Candido.
Lançamentos Literários - Ana Maria Tourinho, Franci Darigo, Edir Meirelles.
Microfone Aberto - apoio: Angela Guerra/ Nina Fernandes  
9:10 - Montagem dos Fotopoemas e do Varal Poético e das mesas de lançamento de livros, no salão de entrada do auditório da SNA.
Microfone Aberto - apoio: Angela Guerra, Nina Fernandes, Dyandreia Portugal.  
10:00 - ABERTURA - Juçara Valverde e Diretoria
Recepção dos Representantes Internacionais e inscritos no IV SEMINARIO Angela Guerra
10:40 - PALESTRA: Memória UBE RJ - Edir Meirelles
11:20 - Homenagem aos Fundadores da UBE RJ - Zélia Fernandes
11:50 - MICROFONE ABERTO
12:00 - MICROFONE ABERTO 
12:10 - LANÇAMENTOS LITERÁRIOS
12:30 - PALESTRA: A UBE RJ amanhã? - Claudio Murilo Leal 
13:00 às 14:50 - Tempo livre

DIA 8 DE AGOSTO DE 2018, QUARTA-FEIRA - TARDE
14:50 - Informes Gerais
15:00 - PALESTRA: Carlos Drummond de Andrade - Antonio Carlos Secchin 
15:45 ÀS 17:30 - SEMINÁRIO DAS UBEs
MESA REDONDA: PRESIDENTES das UBEs   
Coordenação da Mesa Redonda dos Presidentes das UBE’s, Srs. Vice-Presidentes, Cláudio Murilo Leal e Luiz Gondim Angela Guerra
Será gravada e consolidada em documentação do evento.
Presidentes: tragam fotos de suas reuniões, em pendrive. 
Memória da UBE no seu Estado? As metas da UBE no seu Estado? O que estão fazendo pelo escritor de seu Estado? 
UBE CE – Vicente Alencar/ José Maria Chaves
UBE GO – Edival Lourenço
UBE PE – Alexandre Santos
UBE RJ – Juçara Valverde 
UBE RS – Iara Almansa Carvalho
UBE SP – Levy Bucalem Ferrari          
18:00 - Microfone Aberto
18:15 - LANCAMENTOS LITERÁRIOS   
18:30 - PALESTRA: O rumor invisível das palavras - Gilberto Mendonça Teles
19:00 - HOMENAGEM SNA / Entrega TROFÉU RIO ANTONIO ALVARENGA, Presidente SNA.
SALÃO
EXPOSIÇÕES: FOTOGRAFIA, ARTES PLÁSTICAS,
FOTOPOEMAS, VARAL POÉTICO.
COQUETEL
Reserva/ Venda Medalha 60 Anos UBE RJ - R$ 80,00; Livro Memória 60 Anos UBE RJ – R$ 150,00
Jantar dançante UBE RJ 60 anos - Clube Monte Líbano - Convite – R$ 150,00

DIA 9 DE AGOSTO DE 2018, QUINTA-FEIRA - MANHÃ
9:00 INSCRIÇÕES - IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENCONTRO DAS AMÉRICAS UBE RJ 2018  
CREDENCIAMENTO
10: 00 – ABERTURA: Juçara Valverde, Dyandreia Portugal e Rachel Levkovisk   
10:10 - PALESTRA: INTERCÂMBIOS CULTURAIS - Dyandreia Portugal
RECEPÇÃO DOS REPRESENTANTES INTERNACIONAIS E INSCRITOS NO IV SEMINARIO.
10: 40 - LANCAMENTOS LITERÁRIOS   
11: 20 - Livro Memoria 60 ANOS UBE RJ - Juçara Valverde
11: 40 - Microfone Aberto  
11: 50 - MINI PALESTRA: A pioneira da poesia - Celi Luz
12: 10 - MINI PALESTRA: A poesia de Gibran Kalil Gibran - Samyr Badouy
12:20 - PALESTRA: Reflexões - Luiz Gondim
12:40 - Microfone Aberto  
12:50 - PALESTRA: VI Ricardo Reis no Rio de Janeiro certa vez - Raquel Naveira/ MS   
13:10 às 14:50 - Tempo livre

DIA 9 DE AGOSTO DE 2018, QUINTA-FEIRA - TARDE
15:00 – PALESTRA: A língua portuguesa no cenário do século XXI Ricardo Cavalieri
15:30 – PALESTRA: Gullar e os metapoemas - Marcus Vinicius Quiroga
16:00 - MINI PALESTRA:  
16:20 - MINI PALESTRA: A poesia de Florbela Espanca - Maristela Lima
16:40 - PALESTRA: UBE RJ e suas historias - Thiago De Menezes
17:30 - PALESTRA: Nélida Piñon - Dalma Nascimento 
18:00 - MINI PALESTRA: O humor na literatura - Antonio Gutman                                  
18:20 - MINI PALESTRA: A farmácia de Jorge Amado - Angela Guerra
18:40 - MINI PALESTRA: A ABRAMES e a literatura  - Leslie Aloan   
18:50 - Microfone Aberto 
19:00 - Microfone Aberto 
INFORMES, LIVRO MEMÓRIA e JANTAR DANÇANTE UBE RJ. 60 ANOS DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES RJ UBE RJ

DIA 10 DE AGOSTO DE 2018, SEXTA-FEIRA - MANHÃ
IV Seminário Internacional Encontro das Américas UBE RJ.
10:00 INSCRIÇÕES - IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENCONTRO DAS AMÉRICAS UBE RJ 2018  
CREDENCIAMENTO
MANHÃ
10:30 - Mini palestra - A poesia hoje -  Marcelo Mourão
11:00 - MINI PALESTRA: AJEB no Rio de Janeiro - Dyandreia Portugal
11:30 - Roda ABERTA  - Juçara Valverde 
12:00 - Microfone Aberto  
12:10 - Microfone Aberto
12:20 - A Poesia de Fernando Pessoa - Zara Paim
12:40 - Microfone Aberto  
13:00 às 14:30 - Tempo livre
14:00 - MINI PALESTRA: A Poesia de Portinari - Sandra Lopes
15:00 - MINI PALESTRA: A Poesia Luso-Brasileira - Maria Amélia Palladino
15:20 - MINI PALESTRA: As escritoras Margarida Finkel e Stella Leonardos - Teresa Cristina Meireles
15:40 - A música popular brasileira - Hilton Abi Riban
16:00 - Literatura fantástica de Jorge Amado - Cláudio Murilo Leal
16:30 - MINI PALESTRA - Jose de Alencar - Alcmeno Bastos 
17:00 - Premiação das entidades parceiras com a medalha comemorativa dos 60 anos UBE RJ.
17:50 ENCERRAMENTO - Luiz Gondim de A. Lins, 2ª Vice-Presidente, Cláudio Murilo Leal, 1º Vice Presidente e Juçara Regina V. Valverde, Presidente.
19:30 - JANTAR COMEMORATIVO 60 ANOS UBE RJ, no Clube Monte Líbano
Confirmar presença: Angela Guerra angela_gdeandrade@ yahoo.co.uk


CONTATOS: Juçara Valverde, presidente UBE RJ - jucvalverde@gmail.com; Marcia Barroca UBE RJ - mbarroca10@gmail.com; Rachel Levkovits, 2ª Secretária UBE RJ - rachel.levk@hotmail.com;
Dyandreia Portugal UBE RJ/ Jornal Sem Fronteiras/ AJEB RJ, dyandreia@gmail.comContato - Angela Guerra angela_gdeandrade@ yahoo.co.uk

Locais
Dias 8, 9 e 10 de agosto de 2018 - SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, Av. General Justo, 171, 2º andar, Centro.

Dia 10 de agosto de 2018 – JANTAR DANÇANTE NO CLUBE MONTE LÍBANO, Av. Borges de Medeiros, 701 - Leblon, Rio de Janeiro - RJ,
 CEP: 22283-040
RESERVA - Telefone(21) 2512-8833

RESERVA/ VENDA 
Livro Memória 60 Anos UBE RJ – R$ 150,00
Medalha 60 Anos UBE RJ – R$ 80,00
  Jantar dançante UBE RJ 60 anos
  Clube Monte Líbano - Convite – R$ 150,00
Dyandreia Portuga UBE RJ/ Jornal Sem Fronteiras/ AJEB RJ - dyandreia@gmail.com

O ESTADO DAS INSTITUIÇÕES - Rui Martinho Rodrigues


O ESTADO DAS INSTITUIÇÕES

Democracia é uma forma de institucionalização do poder político soberano. A separação das funções do Poder e demais disposições constitucionais devem ser a base do ordenamento jurídico nas democracias. Agremiações políticas devem ser canais pelos quais fluem as ideias e os projetos de Poder. O Estado deve manter o controle do território e o monopólio da violência, para a segurança física dos cidadãos.
As nossas instituições vivem uma crise aguda. O sistema presidencialista está vivendo situação inusitada: o Executivo tornou-se refém do Parlamento e estes dois encontram-se sob a tutela do Judiciário. O Pretório Excelso legisla positivamente, arvorando-se a condição de constituinte permanente. A separação dos poderes da República foi esfacelada. As disposições constitucionais tornaram-se letra morta. O significado delas é um mistério que só o STF sabe decifrar, interpretando-as conforme o seu entendimento, que muda com muita frequência.
Os nossos partidos políticos não tem sido os canais pelos quais deveriam fluir ideias e propostas de soluções para os nossos problemas, depois de amadurecidas no debate interno destas agremiações, cujo papel deveria ser também de foro de discussão dos nossos problemas. Todos eles têm programas – talvez bem escritos – por algum profissional contratado para tanto. Mas, na realidade, os ditos programas nada significam. Lideranças regionais aglutinam aliados em verdadeiras cooperativas de poder. Falta a tais cooperativas um traço de união formado por ideias e propostas. Os seus integrantes se reúnem em torno de interesses particularistas. Aliados são arregimentados nos termos da velha forma patrimonialista: a velha troca de favores, tendo a lealdade relativa como reciprocidade. O projeto de poder presente nestas instituições é o único traço que elas têm em comum com o que devem ser os partidos. A diferença está na falta de legitimidade, por falta de democracia interna da própria organização.
O Estado deveria ter controle sobre o território e manter o monopólio da violência, como dito. Facções criminosas, porém, controlam territórios, chegando a despejar famílias para fazer uso de suas moradias. Quem usa bens imóveis com animus definitivo tem o controle do território. Os índices de homicídio desmentem o exercício do monopólio da violência pelo Estado. Os requisitos da ordem democrática, vale repetir, são a institucionalização do poder político; a separação das funções do Estado; a existência de garantias constitucionais; partidos políticos são instituições de natureza privada, cuja contribuições para o funcionamento do sistema democrático é indispensável; e o Estado deveria manter o controle do território e o monopólio da violência. Mas nada disso se verifica no Brasil de hoje.
A solução para os impasses políticos, nas democracias, deve vir das eleições. Estamos próximos de um certame eleitoral. A nossa esperança que as urnas nos tragam algum alívio.
Porto Alegre, 18 de julho de 2018.
Rui Martinho Rodrigues

RAZÃO DE VIVER-ARTIGO PUBLICADO NO DIARIO 20/07

Razão de viver

A vida é um dom de Deus. A forma de agradecermos é mediante a solidariedade para com o próximo. Fazendo este feliz, com certeza, encontramos a nossa verdadeira felicidade. De um lado, procurando ajudá-lo nos momentos de dificuldades e, de outro, abraçando-o, sem inveja, com sinceridade e alegria nas ocasiões exitosas. Tal comportamento permite o florescimento do amor. Assim disse Goethe, “O mais belo estado da vida é a dependência livre e voluntária: e como seria ela possível sem amor?” Conforme esta linha de raciocínio, tomamos a liberdade de apresentar ao leitor, para reflexão, de nossa autoria, um soneto(Sentido da Vida) e um poema(Sugestão) com quatro estrofes, tendo três versos cada uma. “Sentido da Vida”: 1. A solidão cresce, Poucos estão a pensar, Não existe entendimento, O amor desaparece./ 2. A verdade está escondida, Irmã gêmea da virtude, Diminui o interesse na vida, Daqueles sem atitude./ 3. Faltam bons sentimentos, A inveja se fortalece, O orgulho impede o pensamento./ 4.Quanta dor, quanta tristeza, Não se busca o sentido da vida, Mas, a vida sem sentido. “Sugestão”: 1. Abra a janela do seu coração, Veja o próximo com afeto, Não lhe negue o perdão./  2. Busque o sentimento da solidariedade, Não procure a vaidade e a ambição, Para encontrar a  felicidade./ 3. Mergulhe no seu interior, Não precisa chorar, mas sorrir, Como forma de reduzir a dor./ 4. Não fique de peito vazio, Entregue-se ao SENHOR, A vida é bela quando existe amor. Convém lembrar, por fim, frase de Santo Agostinho: “A medida do amor é amar sem medida” e um conhecido proverbio latino: “Amor vincit omnia” (O amor tudo vence).
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC

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sexta-feira, 20 de julho de 2018

DEPRESSÃO CÍVICA - Gonzaga Mota / Professor aposentado da UFC

 DEPRESSÃO CÍVICA

Quando ocorreu a crise do Banco Lehman Brothers, em 2008, nos EUA, os efeitos se propagaram de forma perversa por outras economias  levando descontrole a vários países em razão da tendência natural do processo de globalização. Na época, particularizando a situação brasileira, alguns especialistas disseram que era um “tsunami” econômico; outros afirmaram que estávamos enfrentando uma “marolinha” e, na nossa modesta opinião, ressaltamos algumas vezes que se tratava de uma “marola”. Como se diz, “nem tanto ao mar nem tanto à terra”. Não obstante, o risco em virtude do início do problema ter sido nos EUA, principal parceiro econômico do Brasil, ocorreu relativa acomodação motivada por indicadores econômicos satisfatórios, tais como, taxas de inflação, de desemprego, de crescimento, de câmbio, bem como as contas externas apresentando resultados aceitáveis, em razão das exportações de “commodities”, principalmente, para a China expansionista. Diante deste prisma de referência, ao longo do tempo, o Governo passou a se afastar do chamado tripé macroeconômico(metas de inflação, equilíbrio fiscal e câmbio flutuante), como também não buscou outros mercados na Europa e na Ásia, por exemplo, ficando preso ao Mercosul, notadamente, à Argentina e à Venezuela, dois países com dificuldades significativas. Não procuramos a Aliança do Pacífico. Some-se a isto, as deploráveis consequências motivadas, lamentavelmente, por desvios de conduta, com destaque para os conhecidos escândalos do mensalão e do petrolão. O quadro atual não é nada animador. As estatísticas oficiais estão mostrando.
Gonzaga Mota
Professor  aposentado da UFC

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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Crato imperial - Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

Crato imperial

Geraldo Duarte*

Décadas de sessenta e setenta do século passado. Ruas e praças centrais da terra do Padre Cícero. Nova monarquia fazia-se diuturnamente noticiada e ansiosamente aguardada por dois intransigentes defensores.

Garantiam que forças militares organizavam-se e eram planejadas intensas e ferrenhas batalhas. Datas chegaram a ser aprazadas. O Crato seria invadido e tropas combatentes instalariam um competente e boníssimo imperador no trono.

Soldados fortemente armados e em expressivo número marchariam pela cidade, objetivando a tomada do poder e a pacificação dos revoltosos. Ordens superiores do levante chegariam a qualquer instante. O desejado e esperado era não haver derramamento de sangue. E a população não se opor a invasão.

Assim pensavam, anunciavam e preparavam o povo, que homenagearia as majestades do futuro império, Compadre Chico e o subalterno Frutuoso. Semelhanças com o engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha, acompanhado do fiel escudeiro Sancho Pança da obra de Miguel Cervantes Savaavedra (1547-1616).

Chico, sempre empunhando um cacete, como cetro fosse, mostrava-se pessoa tranquila, sem vícios, conversador e divulgador único do reino cratense. Expunha suas ideias ao público, inclusive explicando-as e trocando-as com quem desejasse.

Enquanto isso, o devotado Frutuoso, seu acompanhante de todos os momentos, defendia-o e ao regime monárquico para a felicidade caririense. Tornara-se sombra daquele que adotara como líder.

Vários foram os personagens míticos que enriqueceram as narrações dos contadores de histórias, de causos e, até, de tratados universitários relacionados ao viver desses indivíduos merecedores de especiais assistências públicas.

Aqui, informe-se terem, nas mesmas épocas, além de Compadre Chico e Frutuoso, vividos Maria Caboré, Pernambucana, Tandôr, Dona Joaquina, Dona Isabel Baixeirinha, Moipen, Pedro Cabeção e Antônio Corninho. Cada deles com suas manias, trejeitos e reações diversas quando instados ou desrespeitados nos modos vivenciais.

As doutoras Cleide Correia de Oliveira, Francisca Bezerra de Oliveira, Maria Luzinete Furtunato e Antônia Oliveira Silva, professoras da Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB) uniram-se num estudo sócio-histórico acadêmico deveras importante, talvez inédito na forma de abordagem e análise, levando os ledores a compreensões bem humanistas e solidárias a aqueles nossos relegados semelhantes.

“Loucura em Liberdade: Vivências e Convivências em Crato – CE (1930-1970)” é o título deste trabalho, podendo ser encontrado na internet em http://www.redalyc.org/html/2670/267019643005/


           *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

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quarta-feira, 18 de julho de 2018

REPUBLICANDO: O FACTOIDE JURÍDICO / Rui Martinho Rodrigues


O FACTÓIDE JURÍDICO

O Judiciário desorientou-se. O recente episódio do TRF/4 é o exemplo mais notório dos descaminhos da magistratura. Um juiz, em um plantão, decidiu monocraticamente de forma inusitada. Podemos dizer: a decisão foi esdrúxula por encontrar-se além da competência do plantão. Certo. Seria suficiente. Poderia, ainda, alegar que uma decisão monocrática não poderia prevalecer contra um colegiado do mesmo grau de jurisdição (a oitava turma do TRF/4), nem contra tribunais hierarquicamente superiores ao magistrado que assim decidiu, conforme pronunciamentos de desembargadores do TRF/4, de ministra do STJ e uma centena de integrante do MP e da magistratura.
Pode-se, todavia, analisar outro aspecto: os fatores que levaram ao descaminho do Judiciário. Uma análise não conflita com a outra. Nem se trata de estabelecer uma relevância maior ou menor para cada uma delas. O ovo da serpente não está nas competências dos plantonistas. A origem do mal é meta-jurídica. O aparelhamento ideológico do aparato estatal – e do Judiciário em particular – está, ao lado de outros fatores, na origem do mal. Mas este aspecto tem sido muito analisado. A exacerbação dos ânimos políticos, aos quais a dimensão humana dos juízes não é imune, é outro fator, também muito visível.
Menos discutido são os efeitos da Nova Hermenêutica Constitucional e do neoconstitucionalismo, fenômenos ligados à pós-modernidade, que só são discutidos pelos juristas. Historiadores, sociólogos e outros analistas da crise em curso não tratam do assunto. Mas a sociedade precisa ser advertida do que está acontecendo. Um juiz singular, durante um plantão, não ousaria expedir uma ordem teratológica, não fosse a anterioridade cronológica e lógica de certos fenômenos.
A doutrina dominante trocou a subsunção do fato à norma pela argumentação, nos termos da zetética. Negou a justeza da generalidade da norma. Elegeu a suposta singularidade do caso concreto como objeto do Direito. Substituiu a aplicação da lei pela concreção que leva da abstração da norma ao fato supostamente singular. Optou por conceitos indeterminados, positivados nas constituições contemporâneas, confiando ao juiz a tarefa de valorar os fatos, usurpando a função legislativa. A norma ficou no limbo. Isso é pós-modernidade. É relativismo. Troca a supremacia da lei pelo “senso de justiça” dos magistrados. É voluntarismo. A ética subjacente ao aspecto legal é relativizada. É partidarização. A obrigação de fundamentar, como proteção contra o arbítrio, o partidarismo e a corrupção, é argumento risível. A Constituição programática, analítica e rígida e o controle de constitucionalidade difuso e concentrado judicializaram a política. A politização e partidarização são consequências. O jusnaturalismo agora invocado é o clássico. Não passa de um arrimo para a argumentação posta acima da lei, o sonho dos sofistas.
Divergências são naturais. Os confrontos entre ministros do STF são outra coisa. Expressam o que descrevemos. É uma deturpação das garantias do Judiciário. Daí até contaminar toda a magistratura é apenas um passo. Mas tudo começou no magistério e na constituinte.
Porto Alegre, 11/7/18.
Rui Martinho Rodrigues

AGCRJ - 125 anos - seminario (06 a 30.08.2018)

O IDII comprazido, convida para o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro para o seminário "Do Archivo do Distrito Federal ao AGCRJ: 125 anos de trajetória", a se realizar entre 06 e 30 de agosto de 2018, na sede da instituição, em Rua Amoroso Lima, 15, Rio de Janeiro.


CONVITE ENTREGA DE COMENDA

Convite da SCLB para receber a Comenda Joaquim Duarte Baptista do Mérito Literário e Cultural, a mais alta condecoração da Sociedade.

A Comenda será entregue no dia 20 de julho, às 20h, durante o IV ENCONTRO NACIONAL DA SCLB, que acontecerá em São Luís, de 19 a 21 de julho do ano em curso, no Convento das Mercês.

Atenciosamente,

Dilercy Aragão Adler
Presidente

No fio da navalha / Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

No fio da navalha

Geraldo Duarte*

Necessitei de rápido conserto no carro e busquei a SidCar, oficina do velho amigo Sidney Gomes. E quando nos encontramos, mil e tantas conversas não cessam.

No prosear, disse-lhe que iria à barbearia. Daí, surgiu o mote deste artiguete.

Contou-me que, há mais de vinte anos, não aceita que lhe tirem a barba, nem façam o pé do cabelo usando navalha. Mesmo as modernas adaptadas para lâminas de barbear. A meu provocar, explicou o porquê.

Dezembro de 1995. A sobrinha Bárbara concluíra o Curso Normal e exigia-lhe que fosse o padrinho de formatura e com ela dançasse a valsa da festa comemorativa.

Sexta-feira, véspera do evento. Preparou a mala e, depois do expediente, dirigiu-se à estação rodoviária. Embarcou em ônibus destinando-se a Piripiri, Piauí, onde a concludente residia.

Viagem tranquila. Amanheceu na cidade, sendo recebido pelos familiares.

Após as boas-vindas e de instalar-se, solicitou ao sobrinho Paulo Henrique que o levasse a uma barbearia, pois necessitava preparar-se visando à solenidade. Cortados cabelo, barba, bigode e unhas pagou e saíram. Passando em frente ao mercado público, resolveu conhecê-lo.

Ao parar numa banca de artesanatos, ouviu lancinantes gritos de um homem em desabalada carreira, quase nele esbarrando.

“Aquele não é o barbeiro?” – perguntou ao sobrinho, que confirmou. “E você me levou para ficar sob o fio da navalha dele?”.

A explicação foi de ser o melhor profissional do lugar, ter de tempos em tempos igual ataque, mas nunca feriu ninguém. Tudo devido à mulher o haver trocado por um caminhoneiro.

Ao final, indagou-me: “Tenho ou não razão de evitar navalha?”.

             *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

É BOM SABER:18 de julho de 2018

18 de julho de 2018
Por Vicente Alencar


É BOM SABER:

"O Brasileiro não desiste nunca! Vamos Construir um país melhor, custe o que custar! Não podemos continuar no marasmo em que nos encontramos as voltas com um mar de corrupção".

Somente acreditando no Brasil nós venceremos!
(VA).