TEM QUE TER SALÃO
(Para o Carnaval 2018).
Letra e música: Paulo Roberto Cândido
Aonde foi parar a Colombina?
aonde foi dançar o Pierrô?
no carnaval não tem mais serpentina
meu coração de saudade sente dor
Os bailes sumiram dos salões
inventaram um tal de Abadá
colocaram na rua os foliões
e as marchinhas ninguém quer mais cantar
Assim não dá, assim não dá,assim não dá,
não só na rua que a gente quer pular
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
tem que ter salão que eu preciso recordar
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
não só na rua que a gente quer pular
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
Tem que ter salão que a nostalgia quer brincar
No tempo do baile da vovó
ela agarrava na cintura do vovô
no rosto de arroz era só pó
e se cantava alalaô alalaô
agora tem um tal de mela-mela
e a maisena se esparrama pelo chão
a folia não é igual àquela
que se dançava por todo o salão
Assim não dá, assim não dá,assim não dá,
não só na rua que a gente quer pular
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
tem que ter salão que eu preciso recordar
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
não só na rua que a gente quer pular
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
Tem que ter salão que a nostalgia quer brincar
A máscara não cobre mais meu rosto
e a fantasia já perdeu o seu valor
Rei Momo está quase deposto
ai que horror, ai que horror, ai que horror
As águas pararam de rolar
Taí, ninguém quer mais meu coração
mamãe não me deixa mais mamar
estou na rua me lembrando do salão
Assim não dá, assim não dá,assim não dá,
não só na rua que a gente quer pular
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
tem que ter salão que eu preciso recordar
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
não só na rua que a gente quer pular
Assim não dá, assim não dá, assim não dá,
Tem que ter salão que a nostalgia quer brincar
Paulo Roberto Cândido
Membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza-AMLEF e
Presidente da Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos
Cegos-ALASAC
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