A poesia apoderou-se da maturidade do médico José Telles da Silva. O início, em 1996, no Iate Clube, com o livro “Conversando”. Depois, no restaurante do Ideal Clube, criou-se a “Sexta (Cesta) Literária” com Pedro HS Leão, José Telles, Airton Monte, Luciano Maia, César Montenegro, Barros Pinho, Carlos Augusto Viana, Lúcio Alcântara, Juarez Leitão, César Montenegro, Ubiratan Aguiar, Sérgio Braga, JSN e outros.
O grupo trouxe densidade cultural ao clube. Sua área leste, a partir do restaurante e demais dependências, tornou-se ponto de encontro de intelectuais, como extensão refinada do “Clube do Bode”, anárquico enclave.
Dezenas de vates foram se juntando a essa prática, incentivados por Telles, já Diretor de Cultura do Ideal, a gerar livros de bolso, “Poemas de Mesa”. O Prêmio Ideal Clube de Literatura passou a ter maior dimensão, com o apoio de Ubiratan Aguiar. Depois, Telles convocou Juarez Leitão para escrever o ilustrado livro alusivo aos 80 anos de fundação do Ideal, surgido no bairro Damas e, em seguida, fundeado nas areias claras da Praia do Meireles.
Telles escreveu: Conversando, Poemas Estivais, Sermões de Pradaria, Lacre do Silêncio, O Solo das Chuvas, A Palavra Descalça e A Silhueta das Areias. Aliou sensibilidade de anestesista, afinco de tenista, a arrojo cultural, aprimorado, livro a livro. Era integrante, entre outras, das Academias Fortalezense e Cearense de Letras. Ontem, aconteceu a homenagem de despedida, no salão nobre da ACL-Palácio da Luz, com palavras de Augusto Bezerra, Juarez Leitão, suas filhas Melina e Mirela Telles, e Amarílio Cavalcante.
“The rest is silence”, Shakespeare.
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