Monólogo
por Chico Anísio
Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras,
mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra
mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio --
maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matumbo
malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior.
Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata
marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria
morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice.
Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas
metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos,
mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados,
militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas,
mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas,
mercenárias mulheres marcadas.
Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore,
mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, mercedes, motorista,
mãos... Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando.
Moradia meiágua, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais,
melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho
merda.
Assunto: ENC: Autor desconhecido
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profunda privação passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: - Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Por que pintas porcarias? - Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitistes, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaus, piabas, piaparas, pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto: Pararei!
E há quem se ache o máximo quando consegue dizer: "O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma."!!!
Assunto: curiosidades populares
No popular se diz:
"Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro"
Correto: "Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro"
Correto: "Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro"
"Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão."
O correto é: " Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão."
O correto é: " Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão."
"Cor de burro quando foge."
O correto é: "Corro de burro quando foge!"
O correto é: "Corro de burro quando foge!"
Outro que no popular todo mundo erra: "Quem tem boca vai a Roma."
O correto é: "Quem tem boca vaia Roma." (isso mesmo, do verbo vaiar)
O correto é: "Quem tem boca vaia Roma." (isso mesmo, do verbo vaiar)
Outro que todo mundo diz errado, "Cuspido e escarrado" - quando alguém
quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correto é: " Esculpido em Carrara ." (Carrara é um tipo de mármore)
Mais um famoso... "Quem não tem cão, caça com gato."
O correto é: "Quem não tem cão, caça como gato... ou seja, sozinho!!!"
O correto é: "Quem não tem cão, caça como gato... ou seja, sozinho!!!"
Vai dizer que tu falavas corretamente algum desses?
Um comentário:
Gostaria de receber pelo e-mail a crônica lida no programa de ontem à noite. O menino do carro vermelho.
Luizcarlosthefranco@gmail.com
Grato
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