Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 31 de março de 2015

Queda de braço

> Queda de braço 

> Escrito por Olavo de Carvalho
> | 19 Março 2015 

> Os fatos são patentes e
> inegáveis:
> 1.
> O PT é filiado a uma organização estrangeira, o Foro de
> São Paulo, que ele reconhece como “coordenação
> estratégica da esquerda na América Latina”
> (sic) e cujas resoluções, unanimemente assinadas
> nas suas assembléias anuais, ele acata e cumpre.
> Consultem-se, a respeito, o vídeo do III Congresso do
> partido (https://www.youtube.com/watch?v=OI8C-vKe6sw), as atas das assembléias do
> Foro de São Paulo (http://www.midiasemmascara.org/attachments/007_atas_foro_sao_paulo.pdf)  e o discurso comemorativo
> pronunciado pelo sr. Luís Inácio Lula da Silva, então
> presidente da República, no décimo-quinto aniversário da
> entidade – discurso publicado na própria página oficial
> da Presidência, depois comentado e linkado no meu artigo
http://www.olavodecarvalho.org/semana/050926dc.htm).
> As provas não poderiam ser mais abundantes nem mais
> inquestionáveis.
> A
> Lei dos Partidos Políticos (Lei número 9.096 de 19 de
> setembro de 1995) determina que o STF casse o registro desse
> partido, por violação do artigo 28, alínea II: “estar
> subordinado a entidade ou governo estrangeiros”.

> A
> violação independe de o partido ter ou não recebido
> fundos dessa entidade, o que é crime suplementar a ser
> investigado.
> 2.
> O PT tem sob o seu comando e alimenta com vultosas verbas
> públicas uma entidade paramilitar, armada, clandestina e
> sem registro legal, treinada por técnicos estrangeiros para
> atividades de guerrilha, especializada em invadir e queimar
> propriedades rurais e em bloquear pela força o direito do
> cidadão brasileiro de circular livremente pelo território
> nacional, e não hesita em convocar essa entidade,
> chamando-a mui apropriadamente de “exército”, a mostrar
> o seu poder e interferir na política nacional como
> instrumento de pressão e intimidação.

> Isso viola a alínea IV da Lei dos
> Partidos Políticos (“manter organização
> paramilitar”), obrigando o STF a cancelar o registro do
> partido, mediante “denúncia de qualquer eleitor, de
> representante de partido, ou de representação do
> Procurador-Geral Eleitoral”. 
> O
> PT é portanto um partido ilegal, cuja possibilidade de
> existência continuada só é garantida por um conluio
> criminoso, regado a dinheiro público, do qual participam
> políticos, juízes e altos funcionários das estatais, tudo
> sob a proteção da “grande
> mídia”.
> 3.
> O governo Dilma Rousseff concedeu empréstimos ilegais a
> várias nações comunistas, violando o artigo 49 da
> Constituição Federal, segundo o qual assinar tratados e
> compromissos internacionais que impliquem despesas para os
> cofres públicos “é de competência exclusiva do
> Congresso Nacional”.  Reconhecendo cinicamente que esses
> empréstimos são inconstitucionais e ilegais, o governo
> Rousseff ainda os tornou secretos, roubando ao Congresso e
> à nação a mera possibilidade de
> investigá-los.
> Não poderia haver prova mais
> patente de crime de improbidade administrativa, tornando o
> impeachment da Sra. Rousseff não apenas legal, mas
> obrigatório, mesmo sem Mensalão, Petrolão e demais crimes
> coadjuvantes que esse governo jamais se eximiu de
> praticar.
> Para maiores informações, v.
http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/15501-2014-10-22-21-30-10.html.

> 4.
> A sra. Rousseff deve o seu segundo mandato à fraude
> eleitoral maciça e ostensiva da apuração secreta dos
> votos, que nega o mais elementar princípio de
> transparência sem o qual nenhuma eleição é válida ou
> legítima à luz da razão e do Direito. Para dar
> viabilidade ao truque sujo, colocou na presidência do
> Tribunal Eleitoral, após tê-lo feito passar pelo STF, um
> advogado do seu partido e homem notoriamente desprovido das
> qualificações para cargos superiores da magistratura.
> Nessas condições, proclamar, como o faz praticamente a
> totalidade da classe política e da mídia, que a sra.
> Rousseff governa o país com base num mandato legítimo e
> democraticamente instituído é atitude de uma mendacidade e
> de um cinismo que raiam a raiam a amoralidade psicopática
> pura e simples.
> Cansados de esperar e implorar que o
> Congresso e as autoridades judiciárias fizessem cumprir a
> lei, dois ou três milhões de cidadãos saíram às ruas,
> no maior protesto político de toda a nossa História,
> apenas para ver, no dia seguinte, o governo, auxiliado pelos
> políticos ditos “de oposição” e pela mídia, tentar
> tirar proveito do seu próprio descrédito e da sua própria
> torpeza, utilizando-se da ira popular como pretexto para
> vender, de novo, a fraudulenta proposta da “reforma
> política” bolivariana.
> Com
> toda a evidência, a elite política e midiática deste
> país entrou num pacto calculado para impor a autoridade do
> PT acima da Constituição e das leis, incondicionalmente e
> sem possibilidade de discussão.
> No
> tempo de Collor e FHC, qualquer passeata de umas dezenas de
> milhares de manifestantes, convocados e dirigidos por
> organizações políticas, era glorificada como “clamor
> popular” e alegada como razão iminente para um
> impeachment. Dois milhões de pessoas clamando
> espontaneamente nas ruas pelo simples cumprimento das leis
> não bastam para demover essa elite da sua firme e
> inabalável decisão de vender como “democracia” um
> ritual grotesco de legitimação do crime e da iniqüidade.

> A
> ruptura entre o povo e a elite mandante é hoje profunda,
> radical e insanável. Não há diálogo nem conciliação
> possível. A vida política nacional tornou-se uma queda de
> braço entre os happy few e a massa indignada,
> entre a palhaçada de cima e a realidade de baixo.

> Mais dia, menos dia, a realidade
> vencerá, mas quanto sofrimento isso ainda vai custar aos
> brasileiros? 


> (Publicado no Diário do
> Comércio.)

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