Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Acidentes com pedestre Celina Côrte Pinheiro

Acidentes com pedestre
Celina Côrte Pinheiro
médica
Os acidentes de trânsito têm ocupado repetidamente a mídia em nosso País. O tema é sempre oportuno, pois milhares de vidas são ceifadas anualmente, bem mais do que nas guerras. No Ceará, não é diferente e, entre as vítimas, encontram-se os pe destres, em segundo lugar nas estatísticas relativas aos acidentes.
Vários fatores estão envolvidos como: aspectos culturais (hábito de andar na rodovia); calçadas irregulares e inseguras ou ocupadas por veículos obrigando o pedestre a utilizar a rodovia; falta de educação do pedestre em relação às regras de trânsito; falta de respeito e gentileza por parte dos condutores, negligentes em relação à direção defensiva; velocidades excessivas; falta de medidas protetivas para os pedestres de responsabilidade da engenharia de tráfego etc.
Em 2012, o Detran-CE contabilizou 413 pedestres mortos no trânsito, correspondendo a 17,19% entre os óbitos.
Acima deste valor, apenas os motociclistas que corresponderam a 36,91%.
De janeiro a setembro de 2013, já foram contabilizados 736 atropelamentos de pedestres, o que corresponde a uma média de três ao dia.
A vulnerabilidade do pedestre não pode ser subestimada. Seu corpo encontra-se totalmente exposto à violência no trânsito.
O risco de morte do pedestre atropelado aumenta conforme a velocidade do veículo que o atinge. Aos 40 km/h, o risco de morte é de 30%, eleva-se a 85% aos 60 km/h e é praticamente 100% aos 80 km/h.
A intervenção da engenharia de tráfego é importante, contudo, a educação no trânsito, de motoristas e pedestres, é fundamental.
Embora a responsabilidade do atropelamento possa ser atribuída, em algumas situações, ao próprio pedestre, temos que considerar sua fragilidade natural.
Assim, é importante a conscientização dos motoristas de diferentes veículos, automotores ou não, em relação à direção defensiva.
Sejamos menos afoitos e mais gentis no trânsito, respeitando a fragilidade das pessoas que caminham nas ruas.
Sem cordialidade e respeito no trânsito, em pouco tempo, uma verdadeira guerrilha estará instalada, com esta tísticas cada vez mais assustadoras.

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