Pesquisa aponta métodos eficazes contra infertilidade feminina
Uma pesquisa sobre infertilidade feminina feita pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará traz resultados animadores para mulheres com dificuldade de engravidar. Após utilizarem métodos simples indicados pelo estudo, oito das 28 participantes (28%) consideradas inférteis conseguiram conceber. O efeito positivo foi atingido através de intervenções que podem ser facilmente adotadas no setor de atenção básica da rede de saúde pública: acompanhamento da temperatura corporal basal e do muco cervical da mulher, bem como a prescrição de cuidados voltados à eliminação de fatores que interfiram no depósito de sêmen ou que dificulte a migração espermática no trato genital feminino.
“Nossa intenção é encorajar enfermeiros e médicos da atenção básica para essa prática, bem como gerar credibilidade entre esses profissionais e a clientela, que acredita obter resultados apenas nos serviços terciários ou de alta complexidade”, explica a autora da pesquisa, Rebeca Pinho Romero Vieira.
Apesar de o tema da infertilidade ser abordado com ênfase nas políticas públicas voltadas à saúde da mulher, as recomendações de tratamento ainda são pouco implementadas por enfermeiros e médicos da atenção básica ou da Estratégia Saúde da Família (ESF), mesmo sabendo-se que 70% dos casos de infertilidade podem ser solucionados nesse nível, com procedimentos de baixo custo. Estima-se que, em 72,9% dos municípios brasileiros, não há atendimento sobre o problema na ESF.
METODOLOGIA – Participaram da pesquisa mulheres com idade entre 18 e 30 anos. Prevaleceram o tipo de união parceria fixa e a escolaridade de ensino médio completo. A média de renda per capita foi de R$ 617,04. Inicialmente, 39 mulheres compareceram ao primeiro dia de intervenção (ensino do uso da temperatura corporal basal) e 31 participaram da segunda etapa (ensino do uso do muco cervical). Destas, 28 participaram do primeiro retorno. Nesse grupo, oito pacientes que se queixavam de dificuldades de gravidez conseguiram engravidar em até 90 dias pós-intervenção. As orientações foram oferecidas com apoio de um folheto educativo elaborado pela autora da pesquisa.
A leitura do folheto era realizada com acompanhamento da pesquisadora, que oferecia explicações e estimulava as participantes a fazer perguntas. Cada mulher recebeu um kit contendo formulários para registro do uso dos métodos, um termômetro digital, lápis, borracha, apontador e uma prescrição dos cuidados facilitadores da concepção. O trabalho é intitulado “Intervenção de Enfermagem voltada à queixa de infertilidade na atenção básica” e foi orientado pela Profª Escolástica Rejane Ferreira Moura.
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFC – fones: 85 3366 8464 / 3366 8455
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