UM DINHEIRO MAL EMPREGADO
DIANTE DE MUITAS DIFICULDADES
Para você refletir:-
-- O que o Brasil está empregando, em dinheiro, nos Estádios de futebol é, praticamente, dinheiro mal empregado. Sou cronista esportivo há 40 anos, mas, não concordo com o Festival de dinheiro gasto com as "reformas" dos estádios, em nosso país, seja o Castelão, o Mané Garrincha, em Brasília, e o Maracanã no Rio de Janeiro, entre outros.
-- UM PARALELO COM A FOME
Levando-se em consideração, por exemplo, um gasto de 567 milhões, dinheiro destinado à recuperação do Estádio CASTELÃO, se o Governo do Estado, com o apoio do Governo Federal, passasse a investir 567 milhões no combate à seca, com a perfuração de poços, no interior do Estado, em apoio ao agricultor e ao homem residente no campo tudo melhoraria.
-- ESTÁ PRONTO
O Estádio Governador Plácido Castelo, o Castelão, está pronto, já foi inaugurado pela quinta vez e, atualmente, está arrendado a um grupo de outro Estado para administrá-lo, não levando-se em consideração, inclusive, as nossas tradições. A IMPRENSA, por sinal, vem sendo tratada de maneira não muito correta, no Estádio Castelão. Está muito aquém, do que merece.
-- E DEPOIS...
Pois bem, depois dos jogos da COPA DAS CONFEDERAÇÕES e da Copa do Mundo, sem querer "ser dono da verdade", como será o Estádio Castelão depois destes jogos? Com os ingressos majorados (já estão vigorando os novos preços), como será a presença de público no Estádio? Será que com os apelos feitos, mesmo o futebol sendo uma das paixões dos cearenses,o torcedor vai conseguir ir aos jogos programados e ajudar ao seu clube?
-- DIFICULDADES
Pelas dificuldades vistas, até agora, nos jogos que ali já foram realizados, tudo se torna muito difícil. São centenas de seguranças - na inauguração trabalharam 4 empresas, cada uma com 100 elementos - e nada menos que 8 seguranças guardam o árbitro da partida, quando ele termina o primeiro e o segundo tempo de jogo.
Pergunta-se: será que alguém vai agredir o trio, entrando em campo com as melhorias que se diz existirem atualmente?
-- IMPRENSA PREJUDICADA
Por sinal, o "Festival de Besteiras que Assola o País" - o FEBEAPA,
criado pelo Jornalista Stanyslau Ponte Preta, continua em grande estilo aqui em Fortaleza.
-- Pelo menos, 8 Emissoras de Rádio em AM e FM, outro tanto Via WEB da Grande Fortaleza transmitem, diretamente, do Estádio Castelão os seus eventos esportivos. Mas não podem desenvolver na plenitude suas atividades.
-- IMPRENSA PREJUDICADA 2
Porém, mesmo com o apoio da ABRACE (Associação Brasileira de Cronistas Esportivos) e APCDEC (Associação Profissional dos Cronistas Desportivos do Estado do Ceará), entidades as quais tenho o prazer e a honra de pertencer, a IMPRENSA, principalmente, a falada está prejudicada.
-- IMPRENSA PREJUDICADA 3
O repórter de campo, também chamado, no passado, de repórter volante, leva ao ouvinte todas as informações em torno do jogo. Proporcionando uma gama imensa de informações. Desde o entorno, desde a bilheteria, as catracas,as entradas, até as arquibancadas, finalmente, os treinadores, preparadores e jogadores, os nossos repórteres são tratados atualmente de uma maneira deselegante e grosseira. Muitos elementos ninguém sabe saidos de onde, tentam prejudicá-los.
-- IMPRENSA PREJUDICADA 4
Há uma determinação imbecil, idiota, castrante, que impede o repórter entrar em campo, para entrevistar os jogadores (a própria razão de ser do espetáculo) que estão dentro de campo, no "tapete verde" ou no "retangulo verde", sob a alegativa idiota de que prejudicarão o gramado.
-- IMPRENSA PREJUDICADA 5
Como se o gramado não fosse de para ser utilizado por 22 jogadores, na verdade 28, pois sempre entram três de cada time, no decorrrer do jogo, e mais cinco árbitros, três dentro do campo e dois nas bordas. Na verdade o "tapete" foi feito para ser pisado, mesmo, chutado, envolvido, esburacado pelas chuteiras e tudo o mais. O repórter não pode pisar neste local, porque?
IMPRENSA PREJUDICADA 6
-- Ficam os repórteres de campo à BEIRA DO GRAMADO, na linha demarcatória, acenando para que os jogadores venham conversar com eles, mendigando informações. Discordo,inteiramente, da idiotice que foi instalada em campo, pela CBF (a seu mando), recebendo as ordens da FIFA "que casa e batiza" em nosso futebol, pois, a entidade "mater" facilita para que tudo ocorra. O fato é profundamente lamentável.
IMPRENSA PREJUDICADA 7
-- Na verdade,somente podem entrar em campo para fazer entrevistas, os profissionais de Empresas que COMPRAM o direito de transmitir,através das imagens, os jogos. Os repórteres de rádio, os repórteres de outras empresas não podem, faze-lo. Tudo bem que os "compradores" dos direitos façam suas entrevistas, mas, os demais não podem ficar prejudicados Não podem ser impedidos de trabalhar. Não podem ser impedidos de cumprir suas atividades e levar a santa informação ao seu público.
-- MINISTÉRIO PÚBLICO
Faço, de público, um apelo ao Ministério Público, para que observe, veja e reveja o assunto que, estou aqui levantando. Ao impedir que os repórteres trabalhem está errada a CBF, uma empresa que não é pública, e a FIFA, que manda em todos, estão indo contra a nossa Constituição, contra o Direito do profissional trabalhar, normalmente.
MINISTÉRIO PÚBLICO 2
-- O Ministério Público deve procurar ouvir os profissionais de rádio prejudicados, bem como as empresas que COMPRAMOS DIREITOS (?) DE TRANSMISSÃO. Isso não pode continuar no futebol brasileiro, pois, é contra o Direito de cada um exercer o seu trabalho.
-- È preciso que o Trabalho, o Direito e as Leis sejam respeitadas no Brasil.
Vicente Alencar, jornalista e radialista profissional.
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