Veículo: Diário do Nordeste Cidade: Fortaleza Editoria: Política Coluna: - Jornalista: - Data: 01/12/12 Pág. 13 34 cm/col. Tipo de mídia: Impresso
DNOCS
Deputado quer ação da bancada federal
O deputado Ely Aguiar (PSDC) cobrou da bancada federal do Nordeste iniciativa para lutar contra o esvaziamento do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs). Durante pronunciamento na Assembleia, o parlamentar destacou a manchete veiculada ontem, pelo Diário do Nordeste, em que informa a possibilidade de o Dnocs fechar as portas. Ely Aguiar mostrou-se preocupado, considerando que a bancada nordestina deve sair da omissão e pressionar o Governo Federal.
Na avaliação do parlamentar, falta esforço dos nossos representantes federais em levantar a voz a favor de que o Dnocs seja revitalizado e colocado nas mãos de pessoas comprometidas com o povo nordestino. Ely Aguiar alega que a bancada federal do Nordeste é a maior no Congresso Nacional e, por isso, "é a que decide", mas diz não vê pressão por parte desse grupo.
Conforme informou matéria do Diário do Nordeste, a preocupação com o esvaziamento do órgão aumentou quando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi designada para exercer as funções de Operadora Federal no Sistema de Gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (SGIB).
Obra
Para Ely Aguiar, o Dnocs poderia estar engajado na Transposição, queixando-se que após o governo Tasso, nenhuma grande obra de abastecimento de água para o Ceará foi realizada, acreditando que a bancada federal nordestina poderia exigir também esse tipo de obra. "O que você pode esperar de um Governo Federal ou de uma bancada que não tem os olhos voltados para a nossa Região?", questionou. Enquanto isso, alerta, o êxodo rural está aumentando a cada dia.
O deputado Antônio Carlos (PT) disse que o Dnocs chegou a ser extinto, mas o Governo Federal acabou voltando atrás nessa decisão. Para o petista, trata-se de uma decisão política de tomar as rédeas do processo e decidir o futuro do órgão, lembrando que o nordestino está aguardando ansioso por essa resposta.
Na avaliação do parlamentar, falta esforço dos nossos representantes federais em levantar a voz a favor de que o Dnocs seja revitalizado e colocado nas mãos de pessoas comprometidas com o povo nordestino. Ely Aguiar alega que a bancada federal do Nordeste é a maior no Congresso Nacional e, por isso, "é a que decide", mas diz não vê pressão por parte desse grupo.
Conforme informou matéria do Diário do Nordeste, a preocupação com o esvaziamento do órgão aumentou quando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi designada para exercer as funções de Operadora Federal no Sistema de Gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (SGIB).
Obra
Para Ely Aguiar, o Dnocs poderia estar engajado na Transposição, queixando-se que após o governo Tasso, nenhuma grande obra de abastecimento de água para o Ceará foi realizada, acreditando que a bancada federal nordestina poderia exigir também esse tipo de obra. "O que você pode esperar de um Governo Federal ou de uma bancada que não tem os olhos voltados para a nossa Região?", questionou. Enquanto isso, alerta, o êxodo rural está aumentando a cada dia.
O deputado Antônio Carlos (PT) disse que o Dnocs chegou a ser extinto, mas o Governo Federal acabou voltando atrás nessa decisão. Para o petista, trata-se de uma decisão política de tomar as rédeas do processo e decidir o futuro do órgão, lembrando que o nordestino está aguardando ansioso por essa resposta.
Veículo: Diário do Nordeste Cidade: Fortaleza Editoria: Cidade Coluna: - Jornalista: - Data: 01/12/12 Pág. 4 112 cm/col. Tipo de mídia: Impresso
DNOCS
Dirigentes dizem que falta maior valorização
Servidores do órgão discordam do repasse de atribuições para a Codevasf e destacam os últimos trabalhos
Repercutiu negativamente ontem, em Fortaleza, entre os defensores do fortalecimento do Departamento Nacional de Obras (Dnocs) a notícia da designação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para exercer as funções de Operadora Federal no Sistema de Gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (SGIB).
O diretor-geral do órgão, Emerson Daniel, discordou "daqueles que falam em esvaziamento do Dnocs" e destacou que, atualmente, o órgão vem fazendo, por exemplo, a recuperação de grandes barragens FOTO: KID JÚNIOR
Para o diretor-geral do Dnocs, Emerson Daniel, é preciso, antes de mais nada, esclarecer informações de que essa atribuição teria sido retirada do órgão. "Não se retira o que não se tem", declarou, explicando que a gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco vinha sendo executada pelo Ministério da Integração Nacional.
A determinação de que a Codevasf irá operar o SGIB está na portaria 603, do Diário Oficial da União, de 14 de novembro passado, assinada pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Contudo, a expectativa dos ex-dirigentes e de alguns profissionais da área tecnológica cearenses era de que o SGIB fosse repassada ao Departamento.
"Certamente, num segundo momento seremos incorporados a essas atividades de integração dos recursos hídricos do São Francisco nos estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba", disse Emerson Daniel, afirmando que o Dnocs, ao longo de sua existência, já executou e continua fazendo projetos fundamentais para a região semiárido nordestina.
Foi enfático ao discordar "daqueles que falam em esvaziamento do Dnocs" e destacou que, atualmente, o órgão vem fazendo, por exemplo, a recuperação de grandes barragens. "Estamos atuando na recuperação de equipamentos para possibilitar a transposição das águas do Rio São Francisco, recuperando comportas e fazendo a limpeza do entorno", comentou, acrescentando que o orçamento para esse trabalho chega a cerca de 200 milhões de reais.
"Tudo isso será destinado às obras tocadas pelo Dnocs", enfatizou, lembrando que o impacto inicial causado pelo portaria 603 será temporário, "pois logo Departamento será agregado ao processo da transposição".
O diretor geral informou, ainda, que as barragens de Taquara - no município de Cariré- e a de Figueiredo - em Alto Santos - estão praticamente prontas para serem inauguradas. "Também logo estaremos começando uma terceira barragem, a de Fronteira, em Crateús", citou, dando ênfase ao empenho em grandes obras em perímetros irrigados e em adutoras. "Temos executado os mais diversos projetos e sempre observamos critérios técnicos", frisou.
Reestruturação
"Um programa de reestruturação do Dnocs para evitar o seu esvaziamento", foi o que propôs o engenheiro civil e ex-diretor regional do órgão do Distrito do Ceará, Godofredo Chaves Queiroz. Alertou, ainda, para a necessidade de concurso público destinado a renovar o quadro de servidores. Para ele, é preciso que os novos cheguem para assumir os projetos do Dnocs e que os mais antigos repassem sua experiência.
Sobre isso, o atual diretor-geral informou ter sido solicitado ao governo autorização para a realização de concurso público há cerca de dois anos. E até mesmo esclareceu que o pessoal prestes a se aposentar representa hoje quase 90% do quadro.
Um defensor ardoroso do Dnocs, o ex-diretor geral e engenheiro civil, Cássio Borges, enfatizou que a experiência centenária e internacionalmente reconhecida do Departamento deveria ser melhor utilizada pelo governo federal. Segundo ele, o teor da portaria 603 "não passa de insensatez", pois repassa à Codevasf atribuições que deveriam ser executadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
MOZARLY ALMEIDA
REPÓRTER
Repercutiu negativamente ontem, em Fortaleza, entre os defensores do fortalecimento do Departamento Nacional de Obras (Dnocs) a notícia da designação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para exercer as funções de Operadora Federal no Sistema de Gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (SGIB).
O diretor-geral do órgão, Emerson Daniel, discordou "daqueles que falam em esvaziamento do Dnocs" e destacou que, atualmente, o órgão vem fazendo, por exemplo, a recuperação de grandes barragens FOTO: KID JÚNIOR
Para o diretor-geral do Dnocs, Emerson Daniel, é preciso, antes de mais nada, esclarecer informações de que essa atribuição teria sido retirada do órgão. "Não se retira o que não se tem", declarou, explicando que a gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco vinha sendo executada pelo Ministério da Integração Nacional.
A determinação de que a Codevasf irá operar o SGIB está na portaria 603, do Diário Oficial da União, de 14 de novembro passado, assinada pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Contudo, a expectativa dos ex-dirigentes e de alguns profissionais da área tecnológica cearenses era de que o SGIB fosse repassada ao Departamento.
"Certamente, num segundo momento seremos incorporados a essas atividades de integração dos recursos hídricos do São Francisco nos estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba", disse Emerson Daniel, afirmando que o Dnocs, ao longo de sua existência, já executou e continua fazendo projetos fundamentais para a região semiárido nordestina.
Foi enfático ao discordar "daqueles que falam em esvaziamento do Dnocs" e destacou que, atualmente, o órgão vem fazendo, por exemplo, a recuperação de grandes barragens. "Estamos atuando na recuperação de equipamentos para possibilitar a transposição das águas do Rio São Francisco, recuperando comportas e fazendo a limpeza do entorno", comentou, acrescentando que o orçamento para esse trabalho chega a cerca de 200 milhões de reais.
"Tudo isso será destinado às obras tocadas pelo Dnocs", enfatizou, lembrando que o impacto inicial causado pelo portaria 603 será temporário, "pois logo Departamento será agregado ao processo da transposição".
O diretor geral informou, ainda, que as barragens de Taquara - no município de Cariré- e a de Figueiredo - em Alto Santos - estão praticamente prontas para serem inauguradas. "Também logo estaremos começando uma terceira barragem, a de Fronteira, em Crateús", citou, dando ênfase ao empenho em grandes obras em perímetros irrigados e em adutoras. "Temos executado os mais diversos projetos e sempre observamos critérios técnicos", frisou.
Reestruturação
"Um programa de reestruturação do Dnocs para evitar o seu esvaziamento", foi o que propôs o engenheiro civil e ex-diretor regional do órgão do Distrito do Ceará, Godofredo Chaves Queiroz. Alertou, ainda, para a necessidade de concurso público destinado a renovar o quadro de servidores. Para ele, é preciso que os novos cheguem para assumir os projetos do Dnocs e que os mais antigos repassem sua experiência.
Sobre isso, o atual diretor-geral informou ter sido solicitado ao governo autorização para a realização de concurso público há cerca de dois anos. E até mesmo esclareceu que o pessoal prestes a se aposentar representa hoje quase 90% do quadro.
Um defensor ardoroso do Dnocs, o ex-diretor geral e engenheiro civil, Cássio Borges, enfatizou que a experiência centenária e internacionalmente reconhecida do Departamento deveria ser melhor utilizada pelo governo federal. Segundo ele, o teor da portaria 603 "não passa de insensatez", pois repassa à Codevasf atribuições que deveriam ser executadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
MOZARLY ALMEIDA
REPÓRTER
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