PRESENÇA
Genuíno Sales
(Da Academia Cearense da Língua Portuguesa)
Eu gosto de não te ver
Para não sentir em vão
Com tua presença esquiva
O pecado inevitável
Do desejo impossível
Eu gosto de não te encontrar
Para não sofrer a tentação
Do irrealizável.
Mas mesmo sem querer te vejo
E mesmo sem querer te encontro
E sete vejo peco
E se te encontro sofro
Sofro e peco
Porque tua presença onírica
É a volúpia de minha solidão
Na certeza do impossível
Em que pulveriza meu sonho.
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