e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Menino Só
Menino Só
Aquele menino tão triste e solitário,
Olhava os carros passarem,
Sentado na calçada via a chuva cair,
E sentia os pingos molharem sua roupa já encharcada.
Seus farrapos estavam a se desfazer,
Mas o que ele poderia fazer?
Não tinha roupas que prestassem,
E tinha fome, mas vontade mesmo era de parar de sofrer.
Na rua abandonado,
Sem pai, mãe ou um irmão,
Apenas os mendigos da rua,
Traziam um pouco de calor ao seu coração.
O que será que ele havia feito de tão ruim,
Para ficar jogado nesta situação,
Sentir fome e frio sem fim,
Sequer um pedaço de pão?
Teria ofendido ao criador,
Sem nunca o haver conhecido,
Ou seria a própria ofensa,
O fato de ter nascido?
Porquê tamanho sofrer?
Porquê havia nascido?
Porquê a fome e o frio?
Porquê tudo não fazia sentido?
Apenas queria da vida,
Poder com um pouco de dignidade viver,
Não ter que cheirar cola,
Nem de fome ficar a gemer.
Ganhar um dia um brinquedo,
Sentar e poder comer,
Tomar um banho e
Abraçar pai e mãe,
E quem sabe também um irmão?
Sentir o calor de braços amigos,
A rodear todo o seu ser,
Ser gente, e não um excluído,
Ter a decência de poder como um ser humano algum dia viver.
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