A taxa de câmbio é um indicador econômico extremamente relevante para a fixação de políticas, principalmente nesta época de globalização. Define-se como o preço da moeda estrangeira em termos de moeda nacional. Por exemplo, real e dólar (R$/ US$). Assim, para raciocinar, atualmente no Brasil 1 dólar custa em torno de 4 reais. Um exportador brasileiro ao vender mercadorias equivalentes a US$1.000 no mercado dos EUA, deveria receber internamente R$4.000; ou então, o importador brasileiro ao desejar comprar um produto americano por US$1.000 deveria dispor de R$4.000. Por isso, as desvalorizações do real em comparação com o dólar, estimulam as exportações do Brasil e desestimulam as importações. Todavia, quem elabora a política econômica precisa ficar atento aos efeitos colaterais negativos (inflação, crescimento instável, redução de produtividade, desemprego, indicadores sociais, dentre outros). Cremos ser a política cambial, em razão de variáveis endógenas e exógenas, uma das vertentes mais complexas na formulação de diretrizes para o desenvolvimento de um país. Por sua vez, por trás da demanda de divisas, fluxo representativo da saída de recursos para o exterior, citam-se: importação de bens e serviços, pagamentos financeiros, empréstimos concedidos, amortizações pagas, etc. Já a oferta de divisas, fluxo referente à entrada de recursos evidenciado por operações como: exportação de bens e serviços, empréstimos obtidos no exterior, amortizações recebidas, etc. A taxa de câmbio pode ser analisada em três casos básicos: 1. taxa flutuante, determinada pelas forças de procura e oferta no mercado de divisas; 2. taxa fixa, tendo-se em conta o compromisso do Governo de estabilizar o câmbio e 3. taxa intermediária, entre a flutuante e a fixa, ou seja, as chamadas bandas cambiais (cotações mínima e máxima para a taxa).
Gonzaga Mota
Prof. aposentado da UFC
Nenhum comentário:
Postar um comentário