Rompimento de Cunha com o governo é “pessoal”, diz PMDB em nota
17/7/2015 14:21
Por Redação, com agências de notícias - de Brasília
Por Redação, com agências de notícias - de Brasília
O PMDB divulgou nota, no início da tarde desta sexta-feira, sobre o anúncio do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha de rompimento com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Em nota, o comando do partido diz que o rompimento do peemedebista é “pessoal”.
Na nota, o partido diz: “A manifestação de hoje do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB. Entretanto, a Presidência do PMDB esclarece que toda e qualquer decisão partidária só pode ser tomada após consulta às instâncias decisórias do partido: comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional”.
Durante o anúncio, Cunha disse que defenderá no congresso do PMDB em setembro que o partido também vá para a oposição. O deputado repetiu diversas vezes que seu rompimento com o governo é uma posição pessoal e que não fala pela bancada do PMDB ou pelo partido. Ele disse, no entanto, que defenderá no congresso da legenda a ida do PMDB para a oposição a Dilma.
– Vou pregar que a minha posição pessoal possa vir a ser a posição do partido – disse.
Cunha disse ter comunicado sua decisão ao vice-presidente da República, Michel Temer, que é presidente do PMDB e articulador político do governo. Segundo o deputado, não há rompimento com Temer, que disse que “respeita” sua decisão.
Governo
O governo federal disse em nota nesta sexta-feira esperar que a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de romper com o Executivo não se reflita em suas atividades como presidente da Casa e afirmou que atua com “total isenção” em relação às investigações realizadas pelas autoridades competentes.
Mais cedo, Cunha anunciou seu rompimento com o governo e sua ida para a oposição por conta do que, segundo ele, é uma ação conjunta do governo com o procurador-geral da República para constrangê-lo nas investigações da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
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