Caros amigos,
>
>
> Quando vejo o DNOCS
> morrendo à míngua pela incúria dos
> nossos políticos e a pretensão inconfessável de uma
> pequena elite de técnicos
> cearenses, os quais desde a década de
> 80, com o advento do Açude Castanhão, assumiram o
> comando da política de recursos hídricos do
> Estado do Ceará com o propósito de aqui criar um núcleo
> embrionário
> vinculado a interesses privados, visando manter sob o seu
> comando o controle da
> política da água no Ceará e em nossa Região;
>
> Quando vejo o
> desapreço e a indiferença das autoridades e
> políticos em relação à cerca de 15.000 pessoas de quatro
> municípios, Jaguaribara, Alto Santos, Jaguaribe e
> Jaguaretama que foram reassentadas para
> dar lugar a construção do Castanhão, sem que esse
> empreendimento tenha
> correspondido ao sacrifício de cunho
> social, moral e sentimental para atender a totalidade do
> povo cearense;
>
> Quando vejo técnicos
> que apoiaram e promoveram a construção
> da Barragem do Castanhão apregoando aos quatro ventos para
> a população cearense
> que esse empreendimento iria beneficiar não só o Ceará
> como o Nordeste e hoje
> se vê a cidade de Jaguaretama, praticamente dentro de sua
> bacia hidráulica,
> clamando por água, sabendo-se que 125 casas no seu
> perímetro urbano foram
> desapropriadas e 1450 pessoas deslocadas de sua área
> rural;
>
> Quando descobri que
> esse pessoal, o mesmo que advoga a
> extinção do DNOCS, manipulou os índices de evaporação
> no projeto desse
> controvertido açude, visando aumentar, artificialmente, sua
> vazão regularizada
> e, desta forma, justificar técnica e economicamente a sua
> construção, um
> procedimento deplorável, cujas consequências estão
> ficando à mostra no quarto
> ano consecutivo de seca, pois a alardeada
> vazão de 30 m3/s foi penas um enganoso sonho de
> verão.
>
> É
> oportuno lembrar que dois ex-secretários de Recursos
> Hídricos do Ceará das décadas de 80/90, não souberam
> responder a uma pergunta
> feita pelo jornalista Arnaldo Santos em seu programa de
> televisão Visão Política,
> do dia 10.05.2014: “Qual a vazão regularizada do Açude
> Castanhão?”. Ambos
> ficaram calados, enquanto uma técnica do DNOCS, que também
> fazia parte da
> entrevista, respondeu monossilabicamente: “30 m3/s” e
> ambos continuaram
> calados, como se estivessem concordando. Como se pode falar
> em gestão de
> recursos hídricos no Estado do Ceará se a vazão
> regularizada do seu maior açude
> é incerta e desconhecida? Fala-se, agora, em 10 m3/s.
> Será?
>
> Por estes
> e muitos outros motivos, acho que realmente o
> Estado do Ceará não tem motivos para comemorar o Dia
> Mundial da Água. Comemorar o quê? Há tempos que,
> onde se falar
> em água no Ceará, é proibido pronunciar o nome do DNOCS.
> É como se ele já
> estivesse morrido. Em anexo o artigo, de minha autoria,
> intitulado “AMNÉSIA
> HÍDRICA”, publicado no Blog da Academia Cearense de
> Literatura Jornalismo. Peço o leitor tirar suas
> próprias
> conclusões... Atenciosamente, Cássio.
>
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