Ana Paula Medeiros
Minha imagem no espelho
Reflete uma figura disforme
Um misto de dor e desespero.
Vejo pétalas pisadas
Espinhos retorcidos
Manchas de sangue
Petrificadas na areia.
Vejo vendavais
Um céu cinza
de nuvens de aço
Sinto de novo o cheiro da solidão
a atormentar os meus sentidos.
Tenho tanta dor na alma
Saudades tantas...
À beira do precipício
eu abro o meu peito
e entrego-me aos vendavais.
E, então, não serei mais nada
que valha a pena ser.
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