Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 8 de outubro de 2013

VÁRIOS TONS DE VIDA

VÁRIOS TONS DE VIDA


Nunca se aproximaram nuvens negras
De tantas direções e fantasmas,
Meu albergue doce, se transforma em espanto com a miséria da dor
Próxima do fim, do fim de quem a sente.

Será o passado a forma de todos os males da frente?
Sim, o é, e de fôrma clara e devotada e firme e verossímil.
Não existem fosseis mortos.
Há a dilaceração do presente pelos fantasmas de outrora,
Não há cadáveres, há sombras em nosso redor, nos tolhendo,
Nos impingindo ao precipício.

Tudo está vivo nesse marasmo, como sempre vivo é o universo,
frio em suas decisões e no “j´acuzzi”
Conduzindo-nos, se desatentos formos
Ao “não valeu nada” da existência.

NÃO HÁ CAMA ETERNA, DE PRAZER E DE SONHOS INDIZÍVEIS,
nem o filme dos mil e um orgasmos, que não tenha, depois,
a melancolia lacônica de solidão a dois,
Sem dúvidas e sem poesia.
Não há ir embora que não traga a profunda solidão,
Decifrável apenas por quem a sente,
O prazer é terrível pois remete ao sofrimento, remete a angustia
a solidão e quem n ão os tem:
E insolúvel ser e não ser, gozar e sofrer
Chorar e depois mais ainda.

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