Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CRÔNICA MEU BATURITÉ - ( Hugo Moreira Pinheiro)

MEU BATURITÉ
Hugo Moreira Pinheiro
(Especial para o Blog do Jornalista Vicente Alencar).
                              
           O  passeio à serra,  para visitar o belo prédio de pedras, do Mosteiro dos Jesuítas, em Baturité, era maravilhoso, divertido e dificultoso. Na minha adolescência, subi muitas vezes essa  serra, juntamente com amigos, andando a pé,  pela estrada construída com  pedras, cheia de curvas e ladeiras,  que ligava Baturité à vizinha cidade de Guaramiranga, rumo aos Jesuítas, para apanhar a deliciosa fruta regional - a manga - que havia nesse tempo, em grande fartura, no mangueiral do sítio de propriedade dos Jesuítas.
Esse bonito Mosteiro, no início da serra de Baturité,  era sempre visitado aos domingos e feriados,  por pessoas que gostavam de fazer penitência e de participar do Retiro dos Padres Jesuítas.
E,  por falar no passeio dos Jesuítas, lembrei-me, também, dos riachos e olhos d'água, com suas águas límpidas e doce, existentes naquela serra. Ao subir essa maravilhosa serra, lá de cima, no plano situado em frente a esse magnífico prédio construído em 1929, via-se  toda a cidade de Baturité, com
seus bairros,  inclusive o bairro do Putiú, onde  tem  a Estação de Trens da RVC.   No entorno, numa vista panorâmica dessa cidade, via-se também as bonitas paisagens sertanejas, rumo à cidade de Aracoiaba, com a bonita vista da serra da Pedra Aguda e da serra da Tamanca.
Antes, na mesma estrada, rumo aos Jesuítas,  não muito  perto de chegar ao histórico prédio do Mosteiro dos Jesuítas, à beira da estrada, havia uma entrada, por onde se descia, indo por um caminho muito estreito e acidentado,  numa  descida dificultosa, caminhava-se até encontrar um rio que descia da serra.  Logo em seguida, chegava-se a encontrar a cachoeira do Poço da Moça, na qual se tomava banho. Era um recinto agradável,  cheio de ingazeiras, e muito perigoso. Essa cachoeira, com um poço  profundo, era um dos principais atrativos de lazer, que sempre aos domingos e feriados a rapaziada de Baturité gostava de frequentar,  principalmente em tempo de férias escolares, na época passada, dos anos 50.

Nenhum comentário: