Trovas Classificadas nos XVII Jogos Florais de Curitiba: Âmbito Nacional
Trovas Classificadas: Âmbito Nacional/internacional (língua portuguesa, exceto Paraná).
Tema: Justiça (Lírica/Filosófica)
1° Lugar: Mara Melinni de Araújo Garcia (Caicó-RN)
Que a lei, com todo o seu porte,
seja um escudo do bem...
E que a justiça do forte
seja a do fraco também!
2° Lugar: José Ouverney (Pindamonhangaba-SP)
Aprimorar o meu ser
é tarefa que me assusta:
nem sempre a mão do dever,
cumprindo o dever...é justa!...
3° Lugar: Alba Christina Campos Netto (São Paulo-SP)
Se a mão do mundo elimina
justiça, amor e confiança,
vou buscar a mão divina
no outro prato da balança.
4° Lugar: Sérgio Ferreira da Silva (Santo André - SP)
Justiça somente existe,
no combate ao erro e ao crime,
se a mão que julga resiste
com firmeza à mão que oprime.
4° Lugar: Maurício Cavalheiro (Pindamonhangaba-SP)
A lei é bem exercida,
se a justiça não fraqueja:
pena tem que ser cumprida,
por mais comprida que seja.
5° Lugar: Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora-MG)
Que a proteção sempre venha,
com justiça e sem barganha,
da Lei Maria da Penha...
para a Maria que apanha.
Menção Honrosa: (ordem alfabética)
Carolina Ramos (Santos - SP)
Dessa mãe, que tem nos braços
o filho, drogado, morto,
o coração, aos pedaços,
quer justiça... não conforto!
Darly O. Barros (São Paulo – SP)
Por justiça é que eu me empenho:
- Num mundo onde a fome é imensa,
dar um pouco do que tenho,
para alguém... faz diferença...
José Ouverney (Pindamonhangaba – SP)
Justiça é o poder augusto
de aceitar e compreender
que o que eu tenho como justo
pode ser justo...ou não ser...
José Tavares de Lima (Juiz de Fora – MG)
Se você tiver, um dia,
que julgar alheios atos,
não cometa a covardia
da “justiça” de Pilatos!...
Manoel Cavalcante de Souza Castro (Pau dos Ferros – RN)
O barco é movido a remos...
E hoje, pai, longe de ti,
eu só sei dizer: vencemos;
é injusto eu dizer: venci.
Marina Bruna (São Paulo-SP)
Tu voltaste arrependida
e, ao negar-te o meu perdão,
senti a justiça da vida
condenar-me à solidão...
Messias da Rocha (Juiz de Fora – MG)
Meu coração puro insiste
nas razões da ingênua crença
de que a justiça ainda existe
e que o crime não compensa.
Wanderley Rodrigues Moreira (Santos - SP)
Justiça... Pude sentir
desde criança seu valor,
vendo mamãe dividir,
pelos filhos, pão... amor !
Menção Especial (ordem alfabética)
Ederson Cardoso de Lima (Niterói- RJ)
Ó meus senhores togados,
julgai qual Jesus ensina:
Também vós sereis julgados,
pela justiça divina!
Elen de Novais Felix (Niterói – RJ)
Na rua, o guri sem nome
que, da miséria, é refém,
sempre encontra o medo e a fome
mas a justiça não vem.
Izo Goldman (São Paulo – SP)
Justiça de escuridão,
sem uma réstia de luz:
deu liberdade a um ladrão
e a um santo deu uma cruz.
José Tavares de Lima (Juiz de Fora – MG) – (duas trovas)
Lembre-se ao julgar alguém,
que a paz social não viça,
onde o dinheiro detém
maior poder que a justiça...
Siga, em suas atitudes,
a justiça, a todo o custo,
porque no rol das virtudes
também consta a de ser justo!
Maurício Cavalheiro (Pindamonhangaba – SP)
Em meu viver não hesito,
uso as mãos em qualquer liça:
unidas para o infinito
pedem a Deus por justiça.
Renata Paccola (São Paulo- SP)
A imagem que me conduz
vai num sonho se formando:
sob uma auréola de luz,
justiça e paz se abraçando !
Therezinha Dieguez Brisolla (São Paulo – SP)
O idealismo se turva
se o povo de uma Nação
vê que a justiça se curva
entre o poder e a ambição!
Trovas Classificadas: Âmbito Nacional/internacional (língua portuguesa, exceto Paraná).
Tema: Tapa (Humor)
1° Lugar: Wanda de Paula Mourthé (Belo Horizonte – MG)
Chega bêbado... sequer
distingue um rosto ...e malogra:
dá alguns tapas na mulher
e muitos beijos na sogra!
2° Lugar: Pedro Mello (São Paulo-SP)
Na cama apanha o infeliz
se o “dever” não desempenha...
- Sempre que “falha” maldiz
a Lei Maria da “Lenha”...
3° Lugar: Elen de Novais Felix (Niterói- RJ)
Depois que a sua sogrinha
deu-lhe uns tapas, o granjeiro,
descobriu que é uma galinha
quem canta no seu terreiro.
4° Lugar: Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora-MG)
Nhoque, foi esta a razão
da causa morte do Roque:
deu um tapa no leão
e o leão fez nele... nhoque!
5° Lugar: Djalda Winter Santos (Rio de Janeiro-RJ)
Houve muita confusão
quando o morto, no velório,
dando um tapa no caixão,
reclamou do falatório...
Menção Honrosa: (ordem alfabética)
Campos Sales (São Paulo-SP)
Não gostou de ser cobrado,
no velório o Zé pirou,
foi tapa pra todo lado,
até o defunto apanhou.
Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora-MG)
Com ardil muito esquisito,
seu intento não malogra:
manda um tapa no mosquito
para derrubar a sogra.
José Lucas de Barros (Natal-RN)
Marido que à noite escapa
com mulheres e aguardente,
o remédio é chá de tapa,
sem açúcar, forte e quente!
Roberto Tchepelentyky (São Paulo-SP)
Teve engasgo, fez fricote...
Minha sogra é uma frescura!
Dei-lhe um tapa no cangote,
que arranquei-lhe a dentadura!
Thereza Costa Val (Belo Horizonte – MG)
Foi tapa pra todo lado
e confusão, na lambada!
É que um ceguinho assanhado
pôs a mão em perna errada...
Menção Especial: (ordem alfabética)
Edmar Japiassu Maia (Nova Friburgo – RJ)
A bateria onde toco
fez um desfile complexo:
foi tanto tapa no bloco,
que perdi meu tapa-sexo!
Eliana Ruiz Jimenez (Balneário Camboriú-SC)
Cai de tapa a Januária
no traste do maridão,
ao saber que a funcionária
ficou “gorda” de um serão.
Flávio Roberto Stefani (Porto Alegre – RS)
Satisfazendo desejos,
o casal cortou etapas,
pois entre tapas e beijos
eles ficavam nos tapas...
Maurício Cavalheiro (Pindamonhangaba-SP)
Levou só tapas da vida;
e, em seu velório (coitado!),
na homenagem merecida
alguém disse: “Adeus, tapado”.
Messias da Rocha (Juiz de Fora – MG)
Padre Bento bebe tanto...
Bebe dez copos num tapa,
Não joga nada pro santo
E diz que é ordem do Papa!
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