Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SONETO PARA MEU PAI Giselda Medeiros

SONETO PARA MEU PAI
 Giselda Medeiros
 (à memória de meu pai, Jorge Francisco de Medeiros)

 Era pequena, pai, mas te recordo
 A voz bondosa como me falasse...
 Ah, com que gosto, ainda, quando acordo,
 Tua carícia sinto em minha face.

 Não me viste crescer, ó pai! Não viste
 Em minha vida a primavera abrir-se...
 Te foste muito antes, e foi triste
 Crescer sem teu amparo definir-se.

 Cresci, é bem verdade, e, hoje, poeta
 Da lágrima, do amor abençoado,
 Quero fazer-te um verso. E, assim, repleta

 De inspiração, de amor, de suavidade,
 Genuflexa, te entrego, ó pai amado,

 Este meu verso cheio de saudade!

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